Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

         — Você é uma moça magricela. Esse foi o vestido da minha mãe e ela era uma mulher alta, mas eu posso ver que não lhe cabem.

         Anahí deu de ombros. Ele podia achá-la alta, mas ela era apenas de estatura média. Ela olhou para Ginny, que estava ao lado de Jonas, e percebeu pela primeira vez como a garota era pequena, mesmo pros seus 1,63m. Bem, ela não poderia ser responsabilizada se as mulheres modernas comiam mais cereal do que as medievais. Ela ergueu o queixo num gesto de desafio e encontrou seu olhar.

         Ele riu.

         — Esbelta, mas não sem orgulho. Estou surpreso de que Gurfi não o tirou de você.

         Anahí ficou com o rosto vermelho brilhante e tentou empurrar a mão dele. Ela foi vencida, e viu com desânimo como ele enfiou a mão dela  debaixo do seu braço suado e a levou de volta para o pátio.

        — Eu acredito que você não tenha muita dor esta manhã —  ele se inclinou e murmurou para ela.

        Assustada com o som de seus lábios tão perto de seu ouvido, ela puxou novamente, tentando retirar a mão. Ele sabia que suas pernas doiam? Se ele tivesse visto mais do que ela pensou no banho ontem à noite? Mas ela ainda estava aqui, certo? Então o seu segredo estava seguro?

        Na sua ausência de resposta, ele tirou a mão e gentilmente tocou o cotovelo.

       — Seu braço, senhora. Eu não posso pensar que esteja curado tão rápido quanto você quer que eu acredite.

        Oh. Seu braço.

         Anahí deu  um aceno de cabeça aliviada e sorriu para ele. O seu braço doía menos do que as suas pernas.

         Seu sorriso pareceu detê-lo no caminho, e ela prendeu a respiração quando ele chegou até a tocar sua boca com os dedos.

        — Essa é a primeira vez que eu vi você sorrir, Anahí.

         Aturdida, o seu sorriso vacilou e desapareceu. Não, estúpida, disse a si mesma um segundo depois. Você deveria seduzi-lo! Flertar!

         Ela sorriu novamente, desta vez um grande sorriso, cheio de dentes, artificial.

         Alfonso  deu-lhe um olhar estranho. Recostou-se novamente, com seu rosto suado muito perto dela para seu desconforto.

        — Suas maneiras são estranhas, mas é fácil ver por que Gurfi fez você dele. Talvez eu faça o mesmo.

         Ela fez uma careta para ele e virou-se, apenas para que ele a agarrasse pela mão mais uma vez.

        Puxada de volta ao lado dele, ela olhou-o com raiva quando lhe deu outro sorriso, sensual arrogante e enfiou a mão em seu braço novamente.

        — Eu temo que você não vá a lugar nenhum, Anahí. Como minha convidada, ou melhor, minha propriedade, eu vou controlar onde você vai agora. Não há nenhum lugar que você possa ir que eu não tenha alguém te olhando para relatar para mim. Você entende?

           Seu sorriso era ainda muito fácil, mas a luz da provocação tinha-se ido de seus olhos, substituídos por aço.  As pernas Anahí pulsavam no próprio pensamento.