Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

         Eles não iriam trazer sua banheira naquela noite, apesar de suas súplicas chorosas ao Padre Andrew.

         Ele insistiu que ela iria ficar doente, e nenhuma quantidade de súplica silenciosa ou olhares tristes iria influenciar o homem. Ele saiu e trancou a porta do quarto atrás dele.

         Estava escuro no quarto, e ela não conseguia dormir devido à dor nas pernas que palpitava em conjunto com o braço. Ela acendeu a vela fedorenta que tinham deixado para ela e trabalhou em abaixar a barra do vestido cor de ferrugem. Depois de um tempo, o cabelo na nuca arrepiou, e ela se virou para olhar por cima do ombro.

         Muffin sentou-se na beirada da cama assistindo o trabalho Anahí. Ela estava vestida com um longo casaco de pele branco, combinando com um chapéu e os cabelos enrolados em pequenos cachos brancos debaixo da aba difusa.

           — Olá, querida! Como está indo a Inglaterra — Anahí amarrou o fio e, cortou o restante com os dentes antes colocá-lo em sua cesta de bordado.

             — Você quer dizer outra coisa que não seja ser mantida como prisioneira em um castelo medieval por um homem que quer dormir comigo ou me matar, e o fato de que fui atingida por uma flecha? Ou o fato de que não posso chegar ao oceano e minhas pernas estão pegando fogo? E o que mais além de tudo isso?— A fada madrinha olhou surpresa com réplica dura de Anahí.

          — Hum— disse ela, recuperando— se depois de um momento. — Alguém está irritada.

         Anahí imediatamente se sentiu mal por ter sido severa com Muffin.

         — Sinto muito. Minhas pernas doem que é uma merda.

         Quentes, mãos enrugadas se estenderam para acariciar as dela.

        — Eu entendo, minha querida. Por que você não usa a passagem secreta e sai?

         Incrédula, Anahí olhou para os olhos cintilantes de Muffin.

         — Há uma passagem secreta?

        — Na verdade, — disse Muffin, — Northcliffe é positivamente crivado por elas, como Lord Alfonso bem sabe. Duvido que ele conheça a daqui da torre, ou ele não estaria prendendo você por aqui, mas o que ele não conhece não vai machucá-lo, certo?—  Ela deu uma piscadela conspiratória para Anahí e ajeitou o chapéu .— Você quer ir?

        — Claro!— Anahí respirou, deixando de lado o conserto do vestido, sem pensar duas vezes. — Eu não posso acreditar ... é simplesmente incrível, ela murmurou,  enquanto seguia na direção de Muffin para uma das paredes internas.

        — Mais inacreditável do que sereias e fadas madrinhas?— Veio a resposta atrevida.

         Anahí sorriu, andando sobre seus pés doloridos.

         — Bom ponto.— Enquanto ela observava, Muffin se inclinar e apontar. 

        — Vê essa pedra aqui? A terceira de baixo para cima. Aquela com uma parte lascada? Se você empurrá-la, o resto da porta vai para frente.— Ela demonstrou, e Anahí viu surpresa, uma parte da parede de pedra inteira parecia ir para dentro, revelando um corredor escuro forrado com teias de aranha.

        — Caramba!— disse Anahí, dando um passo à frente.—  Parece assustador.

        — Não há fantasmas, eu lhe asseguro, — Muffin disse orgulhosamente, trotando atrás de Anahí e fechando a porta atrás delas. Na verdade, a única pessoa morta aqui é você. — Ela riu de sua própria piada com a porta selada por trás delas. A ponta da varinha de Muffin começou a brilhar intensamente, iluminando a passagem em torno delas com uma luz fraca e fria.

           — Podemos ir? —  As pernas de Anahí latejavam e não aceitariam um não como resposta.

          —  Vamos.

         Ela acompanhou de perto enquanto a pequena mulher levava-a através de um corredor escuro e, em seguida, para baixo, outra passagem escura. A segundo parecia mais longa e muito mais grosseiramente lavrada. O chão era uma mistura de rocha e terra, e Muffin retirava as raízes que se projetavam do chão.

            — Não tem sido usado há muito tempo.