Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

         Para Anahí cada passo era uma crise nova de agonia, mas, finalmente, viu um lampejo de luz à frente. Enquanto ela observava, a varinha mágica Muffin esmaeceu.

         —  Aqui estamos nós, — Muffin anunciou alegremente. — Agora só precisamos empurrar de lado esta pedra bonita que está bloqueando a porta e nós vamos sair. Ela olhou esperançosa para Anahí.

       Anahí moveu-se para a frente do pequeno túnel e colocou as mãos na rocha grande. Ela empurrou experimentalmente, e grunhiu quando a pedra não se moveu.

       —  Uh, como eu devo fazer isso?

        — Oh, querida— Muffin disse, tocando o lábio com sua varinha.

        — Acho que do lado de fora tudo cresceu ao longo do tempo  Bem, você não fará, mas isso sim. Ela acenou com a varinha para a porta e a rocha deslizou alguns centímetros, nada mais. — Isso deve dar-lhe espaço de manobra suficiente, querida. Simplesmente observe a cintura.

         Anahí manteve seus comentários inteligentes para si e encravou seu corpo completamente através da abertura. Ela raspou seu peito no processo, mas foi capaz de sair. Uma rápida olhada ao redor revelou que ela estava nos bancos de areia rochosos da praia, na base dos rochedos proibidos.

         A praia estava tão perto que os respingos embaçava sua visão. Aliviada, Anahí esqueceu Muffin atrás dela e correu para a areia, pegando suas saias e tropeçando para a frente. Tão perto!

         Desatenta de quem poderia estar por perto, ela tirou o vestido,  a roupa íntima  e jogou-a para baixo na areia, em seguida, correu para a água. No primeiro momento em que os dedos tocaram a água, o seu corpo foi abalado em convulsão, mas congratulou-se com elas sabendo que a dor iria acabar em breve.

         E foi assim. Antes que ela pudesse nadar para o mar, a dor de suas pernas foi embora e ela estava livre de novo, seu espírito iluminado. O riso ondulado sobre a superfície da água com as ondas, o seu coração despreocupado por alguns momentos, pelo menos. Depois de um tempo ela se arrastou de volta a praia e ficou na areia na beira da maré, a cauda sacudindo casualmente na água. Muffin sentou— se perto, dobrando o vestido de Anahí com muito cuidado.

        — É o terceiro dia, disse Muffin. O que você tem feito?

        Anahí apoiou o queixo nas mãos.

         — Em relação ao Alfonso? Não muito. — Os lábios da fada madrinha afinaram com desaprovação.

          — Você está perdendo todo o seu tempo. Eu não estou autorizada a lhe dar uma terceira chance, Anahí Giovanna Portilla. Não bagunce isto.

         Anahí não disse nada, simplesmente ficou passando as mãos na areia e pensando.

         —  Essa coisa toda é tão nova para mim.

         Tranqüilizada pelo tom de desculpas de Anahí, Muffin deu um aceno alegre.

        — É mais parecido com isso, garota. Basta pensar nisso como uma segunda chance que nunca teve em sua própria vida. Faça todas as coisas que queria fazer antes e não podia! Não deixe tudo ir para o lixo agora que você sabe a data de validade, filha.  — Ela se inclinou sobre sua rocha, olhando Anahí com olhos intensos — Você não consegue pensar em nada que você queria fazer antes de morrer, não importa o quão tola seja? Ou egoísta?

         Eu não queria morrer uma virgem patética.   Anahí pensou consigo mesma. Ela nunca iria dizer isso em voz alta. Ela sempre pensou que haveria tempo para namorar sério depois da faculdade.

        — Acho que não.

        — Eu vou levar em conta isso. — A velha balançou a cabeça, seus olhos brilhando alegremente. — Veja o que você faz. Acho que você vai ser muito mais feliz com ele. — Ela olhou para o céu e inclinou a cabeça. — É melhor que você volte logo.

        — Sim, sim, — disse ela, e com relutância, puxou a cauda para fora da água. Hora de ir agitar a minha mercadoria para o rei do castelo.