Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

        — É claro, murmurou o padre. Perdoe-me, se eu impus isso a ela...

         Anahí pigarreou e balançou a cabeça, tentando esconder o sorriso nos lábios. Como era estranho que Alfonso tentasse protegê-la, de um padre e de todas as coisas. Isso beirava ao absurdo.

         Absurdo, mas doce. Deu-lhe totalmente uma certa sensação de segurança.

         Padre Andrew saiu rapidamente, a porta batendo atrás dele. Alfonso permaneceu no local, seu corpo rijo, questionando, e seus olhos se voltaram para Anahí.

        — Eu ouvi que você estava se escondendo aqui, lady. Pensei lhe trazer o jantar, se é a privacidade que deseja. — Ele fez um gesto para o cesto e dirigiu-se para a porta do solar, fechando o trinco atrás dele.

         Ela estudou como ele arrastou uma mesa pequena no canto da sala e produziu dois banquinhos. Ele estava vestido com cores escuras hoje, uma túnica azul-escuro com um colar com uma pedra preciosa esculpida, azul clara, e calças mais escuras. Ela gostou da escolha da cor porque deixava seus olhos verdes mais brilhantes, e eles pareciam quentes quando olhou para ela. Seu cabelo estava um pouco úmido. Ele lhe disse que havia acabado de tomar banho antes de vir visitá-la. Ela o tinha visto no pátio antes, treinando seus homens e tinha notado o trabalho duro que eles estavam fazendo.

         O fato de que ele havia se limpado e banhado apenas para visitá-la a fez sorrir. Era doce que ele haviase  importado com o que ela pensava, mesmo que ela fosse apenas uma convidada sem ser convidada.

        — Eu pensei que você deveria comer, mesmo que você não se sinta bem o suficiente para ser vista com o resto do castelo. — Ele olhou-a enquanto puxava a cesta e colocava em cima da pequena mesa. — Como está seu ferimento?

         Anahí sentou no banco oferecido e apontou o polegar para cima. Ela esquecia que a ferida estava ali a metade do tempo. Ainda doía, mas era um tipo menos agressivo do que a dor das pernas, e ela tendia a esquecê-la.

         Ele tomou o polegar levantado em suas mãos, examinou-a em seguida, deu-lhe um olhar estranho.

        — Será que você esta com dor?

         Opa! Ela tirou sua mão da dele e balançou a cabeça indicando que não.

        — Como está o seu ferimento? Qualquer sintoma de febre? Vermelhidão?

         Ela balançou a cabeça negativamente.

         Ele riu novamente, o que só fez com que sua raiva se intensificasse.

        — Você é estranha. — Ele sorriu e começou a puxar itens da cesta. Um pedaço espesso de queijo, algumas carnes frias, algo que ela não reconhecia. Dois pedaços de pão em forma de tigela, um dos quais ele entregou a ela. — Eu me pergunto como uma moça como você se tornou tão... arrogante. A maioria das mulheres são mansas e silenciosas. Você pode não falar, mas o seu semblante demonstra a sua opinião e não há dúvida de que você está pensando.

         Ele estudou o rosto dela novamente, em seguida, acrescentou:

         — Talvez seja essa sua expressiva boca.

         O homem estava tentando fazê-la corar. Anahí desviou o olhar perturbada.

        — Coma.

         Alfonso sentou-se em frente a ela e quebrou uma boa parte do queijo e colocou-o dentro do seu pão em forma de tigela, e fez o mesmo com uma parte da carne

         Oh! Era um prato.

         Ele puxou outra coisa para fora do cesto, duas taças e uma coisa grande flexível,  que parecia uma espécie de cantil estranho.

         Peço desculpas pela comida, mas se você não vai para a refeição, somente eu posso trazê-la para você e é fácil transportar.