Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

         Ela queria muito, ela percebeu. O simples roçar da mão contra a pele dela estava fazendo coisas selvagens em sua mente, e quando seus dedos deslizaram ao longo do interior da sua coxa, todo o seu corpo ficou alerta em antecipação. Ela arqueou as costas em direção a ele, indicando que sim, ela gostaria muito de ser tocada. As pontas dos dedos de Alfonso deslizaram até o joelho, então voltaram para sua coxa. Perto, cada vez mais perto chegou ao quente ponto latejante, ela queria que ele a tocasse mais do que tudo, o pensamento a fazia enlouquecer.

        — Você quer, Anahí?

         Ela acenou com cabeça, e deslizou suas mãos por cima de seus ombros, com os olhos fechados ela nadou nas sensações.

        — Então me peça por isto.

         Seus olhos se abriram. Humilhada, ela puxou a saia para baixo em torno de suas pernas, batendo nas mãos dele para longe, então, saltou da cama e empurrou-o. Lágrimas de vergonha e dor correram de seus olhos, mas ela desviou o rosto. Ela não queria que ele visse que ele a machucara. Ele não a seguiu.

        — Se você me quer, Anahí, eu estarei esperando por você. Mas você vai ter que dar o primeiro passo. — A voz Alfonso era invernal em sua arrogância.

         Anahí não olhou para trás. Em vez disso, ela saiu do quarto para o corredor, em busca de refúgio em seu próprio quarto.

            E como ela tinha muita sorte, Lady Claudia estava vindo pelo corredor, acompanhada por uma de suas damas. Ela olhou para Anahí, com os olhos cada vez maior, estreitando quando percebeu de qual quarto Anahí estava saindo.

         Anahí não se importou. Ela correu para seu quarto e bateu a porta atrás dela.

         Depois disso, Claudia parecia perceber que ela tinha a vantagem.

         Anahí ficou escondida em seu pequeno quarto a maior parte do dia. Ela não jantou naquela noite.

        Ela não queria enfrentar o rosto exultante Lady Claudia, e não queria ver os olhos acusadores de Alfonso.

         Alguém bateu à sua porta em algum momento durante a noite, mas ela ignorou, encolhendo-se sob as cobertas e se sentindo miserável.

         Era óbvio. Alfonso não estava apaixonado por ela. Ela não podia fazê-lo apaixonar-se por ela, se ele desconfiava dela. Pior de tudo, ela não podia defender a sua honra, ele suspeitava de sua culpa por causa de seu silêncio. Ele provavelmente estava brindando seu noivado com Lady Claudia mesmo agora.

         Ela estava condenada.

         A fome a fez se vestir na manhã seguinte, embora se sentisse aborrecida e esgotada, apesar das muitas horas de sono. Suas pernas latejavam . Ela não tinha ido à praia de noite, apavorada em ser apanhada, e ela tinha pontadas de dor a cada passo, como resultado.

         Ginny não tinha feito a sua aparição matinal. Com certeza Alfonso ou Claudia não permitiram, então Anahí amarrou o vestido, penteou o cabelo com os dedos, e se dirigiu para o grande salão.

         Foi um erro. A sala estava quase vazia, e quando a sala esvaziava os alimentos eram levados pelos criados. A maioria dos soldados de Alfonso tinham se levantado e saido, e tudo o que restava eram alguns vagabundos solitários, alguns criados, e Lady Claudia e sua comitiva na mesa principal.

         Anahí vacilou ao vê-las. Era só do que ela precisava.

        Um sorriso felino espalhou-se pela feições de Lady Claudia quando notou Anahí. A mulher estava vestida impecavelmente, como de costume, com um chapéu de duas pontas elegantemente empoleirado no topo de sua cabeça, coberto de véus de ouro. Eles faziam seus olhos se destacarem, mesmo quando eles estavam estreitados com ódio.

         A mulher deu uma olhada rápida em Anahí de cima a baixo, como se avaliasse a sua concorrente. O sorriso triunfante que se espalhou pelo rosto dizia que ela encontrou Anahí claramente uma fracassada.

         O apetite de Anahí morreu de novo à esta visão, e ela se virou para sair.

        — Oh, Anahí, venha aqui. Eu tenho algo que gostaria de discutir com você.—  A voz excessivamente doce de Lady Claudia soou em todo o corredor. — Trata-se de sua situação nesta casa. — Essa era a última coisa que Anahí queria discutir. Ela hesitou, dividida entre confrontar Claudia e virar- se e sair da sala. O sorriso afetado no rosto de Claudia disse muito.

          Será que Alfonso havia confirmado seu noivado e ela queria se vangloriar sobre isso? O coração de Anahí gelou com o pensamento.

         Antes que ela pudesse decidir, uma mão deslizou sob seu cotovelo.

        — Anahí, — disse o padre Andrew, ao seu lado. Você tem tempo para aquela conversa que já mencionamos? — Grata pela interrupção, ela deixou que ele guiasse sua mão em seu braço e virou-se com ele, balançando a cabeça. Salva pela bondade do sacerdote, Anahí sorriu para ele, aliviada.

        — Eu me desculpo, Lady Claudia, mas a minha conversa com Anahí não pode esperar. —  Ele falou calmamente para a mulher. Eu tenho assuntos de grande importância que devemos discutir.

        — Veja se você se esforça para salvar sua alma, padre — Claudia respondeu acidamente e mordiscou um pedaço de bolo — Prostituição não é um comércio bem visto.

        — Claro, milady. — Padre André pegou o braço de Anahí e com suavidade a conduziu para fora do salão principal.

         Eles se encontraram com Alfonso na saída, e Anahí se retraiu novamente. Foi realmente para ter certeza que este não era o seu dia. Ela desviou o olhar e não olhou para ele. Tudo o que ele disse foi:

        — Padre, saudações! Espero que você esteja bem.                

        — De fato sim, foi a resposta suave. Se você me desculpar, milorde, Anahí e eu temos negócios a resolver.

        — Entendo.

         Anahí observou Alfonso se afastar, e o padre Andrew começou a guiá-la para a frente novamente.

        — Tudo vai dar certo, disse o padre, batendo na mão dela. Confie em mim. — Pelo menos alguém tinha fé nas coisas.