Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            Quando Ginny a espantou para fora do seu quarto e lhe disse com um sorriso malicioso que Alfonso a esperava no grande salão, ela rumou para o solar.

            A sala parecia a mesma de sempre. A mesa de costura nas proximidades tinha uma pequena agulha sobre ela, e o assento da janela estava nu, a última luz do dia ilumindo a peça.

            Um criado passou, curvando-se a Anahí quando ela se voltou.

            —  Me disseram que você estaria aqui, minha senhora, — disse ele, dando-lhe um sorriso que a fez corar. —  O senhor me deu ordens para trazer isto para abrir o seu apetite.

            O homem colocou uma cesta na mesa, acendeu uma vela, e saiu fechando a porta atrás dele.

            O estômago de Anahí roncou e ela se dirigiu até a mesa, a fome, afastando a melancolia que estava sentindo. A cesta estava cheia de uma variedade de iguarias. Pedaços de carne assada deixados em uma tábua de cortar pão, uns poucos pastéis, e alguns pedaços pequenos de queijo. Havia até mesmo fatias de torta de maçã. Ela saboreou um pastel, com deleite. O sabor era exageradamente forte, desagradável, e ela fez uma careta. Anahí nunca se acostumaria com o costume medieval de pôr pimenta em tudo. Ela comeu mais um e, em seguida mudou para os queijos.Sentando em um banquinho, começou a comer. Não fazia sentido passar fome.

            Poucos minutos depois, houve uma batida rápida na porta e Anahí engoliu seu último bocado, olhando com antecipação cautelosa. E agora?

            Mas foi Alfonso que entrou na sala, seu cabelo escuro desgrenhado e a expressão em seu rosto ilegível.

            —  Anahí? Por que você se escondeu aqui em cima?

            Seu estômago se contorceu com a visão dele. Sentou-se fracamente na mesa e ofereceu-lhe um pequeno sorriso. Como explicar que ela estava se escondendo do mundo, e entregando-se a auto-piedade?

            O olhar no rosto de Alfonso tornou-se sombrio.

            —  O que incomoda você?

            Como ela não olhava nos olhos dele, Alfonso fechou a porta atrás de si indo até ela, e inclinando-se sobre a mesa.

            —  Você não estava chateada na noite passada, Anahí. Não quando estava em meus braços, dando aqueles gemidos, enquanto eu acariciava seu corpo.

            Ela desviou os olhos e colocou o último pedaço de queijo de volta na mesa. Ela ia vomitar, seu estômago estava muito enjoado. Todo o seu corpo ficou tenso e Anahí olhou para ele, sentindo-se ruborizada e desconfortável.

            Alfonso se inclinou-se sobre a mesa, com o rosto em parte furioso e em parte incrédulo. Estava furioso pois ela estava agindo como uma criança. Incrédulo que ela pudesse mudar de idéia depois da noite passada. Seus olhos escuros observavam-na.

            Não era isso que ela queria. Muffin desaprovaria-o conselho que a fada madrinha tinha dado fez com que ela mudasse de opinião completamente, e agora talvez Alfonso não a quisesse mais.

            Anahí balançou a cabeça e enterrou o rosto nas mãos, não sabendo o que pensar.

            Seus braços estavam em volta dela em segundos, os lábios pressionando beijos em seu cabelo.

            —  Anahí, Anahí,— ele gemeu, puxando-a contra ele e embalando-a. —Meu desejo é que você pudesse me dizer o que há de errado para que eu pudesse consertá-lo para você.

             Ele afastou seus cabelos do rosto.

            — Você é minha. Entende? O que quer que tenha irritado você, eu vou corrigir.

            Seu coração começou a bater forte em seu peito, e ela se aconchegou contra ele, sentindo-se sonolenta e animada. Era tão bom estar em seus braços e deixar que ele a consolasse. Muffin estava errada ela não precisava jogar duro para conquista-lo ela só precisava amá-lo tanto quanto pudesse, e se isso não funcionasse, pelo menos teria suas lembranças. Anahí ergueu o rosto molhado de lágrimas para um beijo, sentindo-se lânguida e quente no seu abraço.

            Alfonso beijou sua boca e depois afastou-se abruptamente, aparentemente surpreso com sua falta de reação. Anahí inclinou-se contra ele, seus membros parecendo lentos e cansados. Seu estômago começou a se contorcer em cólicas, e seu coração batia mais rápido do que nunca. Se ela pudesse apenas se concentrar...

            —  Anahí?—, disse Alfonso, e o som era soou alto em seu ouvido sensível.— Você está bem? Anahí?

            Seu último pensamento consciente antes que ela deslizasse para a escuridão era de que talvez não estivesse se saindo tão bem como imaginava.