Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            Suas sobrancelhas estreitaram-se.

            —  Por que eu iria envenenar sua puta? Você não pode se casar com ela, é uma prostituta comum.

            A vontade de dar um tapa nela crescia a cada momento que passava.

            —  Se sabe o que é melhor para você, senhora,  vai deixar este quarto e este castelo imediatamente.

            Ela se empertigou com firmeza, os olhos faiscando de indignação.

           —  Como se atreve?— Ela sussurrou com escárnio, pegando suas saias, que se arrastavam pelo chão. Parou na porta, magnífica em sua beleza e elegância, se não fosse por sua grosseria. — Meu pai vai saber sobre isto, e quando ele souber vamos ver o quanto vai ficar furioso por você insultar a nossa casa assim. — Ela apontou para uma das suas criadas, que segurava o cesto. — Se quer saber, Senhor Alfonso, eu vim para avisá-lo da falsidade da sua concubina, não para confessar qualquer tipo de assassinato. — Ela zombou quando olhou para ele. — Eu encontrei isso no solar, enfiado em uma cesta de suas costuras.

            A criada correu para a frente e deixou cair a cesta aos pés de Alfonso. Era uma cesta de roupas, e ele olhou para Claudia, imaginando o que tinha visto naquela megera mesquinha.

            —  É uma roupa rasgada.

            —  Sob os trapos você vai encontrar uma grande quantidade de dinheiro, — Claudia ergueu o nariz , olhando para ele como se fosse esterco sob seus sapatos de seda. — O dinheiro que está, sem dúvida, faltando em seus cofres.                      

            Como ela sabia disso? Ele se abaixou para pegar a cesta e, uma boa quantidade de de ouro e prata foram reveladas sob os panos. Eram os itens que faltavam em seu tesouro.

            —  E você encontrou isso?

            Ela endireitou-se ainda mais.

            — Encontrei.

            —  No solar?— Ele manteve sua voz o mais calma possível.

            —  Sim.

            Ele largou a cesta a seus pés novamente.

            —  Seus jogos vão longe demais, senhora. Não há sentido em incriminar uma mulher que pretendia matar. — Ele deu-lhe um olhar frio. — Você tem uma hora para deixar esse castelo ou a colocarei no fosso eu mesmo.

            —  Você não acredita em mim?

            —  É a única pessoa com razões para tentar se ver livre de Anahí. Não, não acredito.

            As suas faces ficaram coradas com a indignação, então a senhora Claudia agarrou as suas saias e saiu, um grito estridente de ultraje ecoando pelo corredor.          

            —  Você vai se arrepender por isto!

            Ele tinha uma sensação de que não o faria. 

 ***

            Quando Anahí acordou novamente, o mundo inteiro doía. Sua boca estava seca, sua cabeça martelava, e havia ondas de dor que corriam por suas pernas. Ela abriu um olho experimentalmente. O quarto estava escuro, iluminado apenas por uma vela, levemente oscilando atrás dela. O travesseiro sob seu rosto era suave e macio, o colchão não era duro assinalando que não era o dela. Os cobertores que tocavam seus braços eram de peles. Ela estava no quarto de Alfonso, então.

            Sua mente estava confusa. Por que tudo doia tanto? Ela rolou na cama e quase chorou com a dor que correu por seu corpo.

            —  Anahí?—  A voz rouca estava ao seu lado, cheia de preocupação, e ela concentrou seus olhos no rosto sombreado de Alfonso. — Como está se sentindo? — Ele tirou o cabelo do seu rosto. Anahí tentou dar-lhe um leve sorriso. A dor a estava sufocando, a mente entorpecendo em sua agonia.

             Suas pernas pareciam queimar de dentro para fora. O que aconteceu? Normalmente, sentia pontadas dolorosas, mas para ela sentir tanta dor, algo ruim devia ter acontecido. Tudo o que ela se lembrava era de Alfonso chegando a ela no solar, e de estar com sono...

            —  Você foi envenenada, Anahí. 

     Ele endireitou os cobertores ao redor dela, enfiando-os sob o queixo e olhando para ela com uma preocupação que fez seu coração apertar.

            —  Alguém colocou algo na comida que foi levada a você no solar. Você se lembra quem foi?

            Envenenada? Que diabos! Alguém tinha tentado matá-la? Ela balançou a cabeça, lembrando-se do homem que trouxe a cesta de comida para ela. Era um criado, era o que tinha pensado, mas não o tinha reconhecido.