Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            E o que ele disse?

            Alguma coisa sobre ter sido aconselhado a levar-lhe a comida. Tola, ela tinha achado que era Alfonso. Aparentemente não. Anahí se esforçou para se sentar na cama, em seguida, caiu para trás de forma fraca. Há quanto tempo estava inconsciente? Quanto tempo havia passado?

            A mão de Alfonso apertou a dela.

            —  Acalme-se, Anahí. Você esteve doente. Relaxe. Deixe-me cuidar de você. — Seus dedos apertaram os dela. — Primeiro é atingida por uma flecha que era a mim, agora o veneno, —  disse ele, esfregando os dedos no braço dela e acariciando sua pele, como se tocando-a se assegurasse de que ela estava bem. — Existe algum problema pelo qual não tenha passado ainda, Anahí? —  O tom afetuoso e divertido na sua voz, desmentiu as suas palavras duras.

            Ela estendeu a mão para tocar seu rosto. Arriscaria todos os tipos de coisas por ele.

           ***

             A dor acordou Anahí no dia seguinte.

            Ela recuperou a consciência com a agonia cruzando as pernas. de seus pés até a ponta dos dedos. O tormento era abrangente, e Anahí se sentou na cama com um propósito em mente. Tinha que chegar ao oceano.

            Anahí tinha tentado fugir ontem, mas não tinha dado mais do que três passos incrivelmente dolorosos para fora da porta quando Alfonso a encontrou, a repreendeu, e amorosamente a levou de volta ao seu leito. Ela sorriu para ele, o tempo todo mordendo o lábio para não gritar por causa da dor aguda que corria através de seus membros.

            Pensar na missão que tinha pela frente era suficiente para fazer seu estômago revirar. Parecia uma longa caminhada do quarto de Alfonso para o dela, e então para baixo até a passagem secreta e sinuosa que a levava para a praia. Anahí tropeçou para fora da cama e quase caiu ao tentar andar, segurar-se na cabeceira da cama foi a única coisa que a manteve de pé. A escuridão rodeou sua visão quando ela deu um passo hesitante. Isto não iria funcionar.          

            Mas... não havia outra opção. Ela tinha que ir à praia.

            Tristemente, continuou. A passagem para seu pequeno quarto parecia interminável, mas ela continuou. Ajoelhar-se para tocar o tijolo secreto quase a fez cair, mas conseguiu lutar e com dificuldade ficar de pé novamente, e dar alguns passos arrastados. Felizmente para ela, não tinha visto nenhum criado em seu caminho, ninguém para detê-la.

            Não tinha dado mais do que alguns passos pelo corredor escuro quando quase tropeçou numa pedra solta, batendo o seu dedo do pé. Um arquejo e soluços de dor irromperam de sua boca, e ela mordeu os nós dos dedos com força suficiente para sentir o gosto do sangue. Não estava nem remotamente perto do oceano agora, e passou pelo menos meia hora lutando para chegar até ali. Ao ritmo que estava indo, alguém iria descobrir que ela tinha saído, e, em seguida, Alfonso pensaria que era uma espiã novamente. Ou pior, iria descobrir o seu segredo. Uma mão apertou seu ombro.

            Assustada, Anahí voltou os olhos, esforçando-se para ver na escuridão. Ninguém estaria aqui, mas se... talvez Muffin? Mas a mão no ombro dela era forte.

            —  Anahí, —  disse o padre Andrew, sua voz fria ecoando nas paredes do corredor estreito em torno deles. — Eu suspeitava que poderia encontrá-la aqui.

            Foi-se o tom pensativo e suave na voz do padre. Em seu lugar estava  uma nota de desdém que Anahí nunca tinha ouvido antes. Ela afastou seu ombro, e quando o fez, ele afundou os dedos em sua pele ainda mais.

            —  O que você faz aqui? — Ele deslizou para mais perto dela, seu hálito doce e fresco em contraste com o ar estagnado do lugar. — Você se esconde de Alfonso? Procurando por seu amante? — Quando ela permaneceu em silêncio, ele riu. — Eu esqueci. Você não pode falar, ou então diz que não. Acho que foi assim que manteve seu segredo por tanto tempo.

            O gelo inundou suas veias, e Anahí ficou tensa. Porque havia aquele tom de zombaria em sua voz? Por que ele havia mudado?

            —  Talvez eu tenha interrompido sua visita noturna à praia?

           Quando ela tentava afastar da  mão do idiota, seus dedos apertaram dolorosamente seu ombro.

            —  Eu me pergunto, será que o seu amante sabe que faz essas visitas? Que você pode falar ...? Entre outras coisas?

            Ele sabia.

            O Padre Andrew sabia do seu segredo. O medo disparou através dela, tão feroz e doloroso quanto a dor que cruzava suas pernas. O que ele faria com ela agora? Se ele dissesse a verdade a Alfonso, Anahí falharia no jogo de Muffin e sua segunda chance estaria perdida.

E finalmente a mascara do padre caiu. E agora? O que será que ele fará com Anahi? Seu segredo será revelado? Me conta o que acham que acontecerá!