Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            Alfonso não estava lá quando ela acordou na manhã seguinte. Anahí sorrateiramente foi até à praia para um mergulho rápido e estava de volta antes que o sol estivesse alto no céu. Ginny ajudou-a com seu vestido, toda sorrisos e conversas, e piscou quando Anahí corou com suas perguntas curiosas.

            —  O Senhor Alfonso está visitando o ferreiro, lá embaixo, Anahí. Você se preocupa com ele?

            Devo ser muito óbvia, Anahí pensou com um sorriso triste, e acenou para Ginny.

            Demorou um pouco de tempo para encontrar o caminho para fora. Ela não sabia com o que se parecia a fundição de um ferreiro, Anahí percebeu olhando o sol da tarde brilhante. Anahí só fez uma pausa durante um curto espaço de tempo, o dia estava muito bonito para passar desapercebido. Suas pernas estavam bem, seu corpo se sentia bem, e ela não tinha visto o padre nos últimos dias. Ela juntou suas saias e começou a caminhar no pátio, um sorriso em seu rosto. Uma cabana no fundo do pátio do castelo mostrou ser o domínio do ferreiro. Ela podia sentir o cheiro de metal e fumaça a uma boa distância, e seus passos foram naquela direção. Um grupo de homens estava do lado de fora, perto de um cavalo bastante grande. Ela percebeu um rosto familiar, segurando as rédeas— Jonas— e ele tinha a mão no focinho da grande montaria negra. Ele franziu o cenho em saudação ao vê-la. Bem, ela supunha, nem todo mundo a amava. Ela não estava interessada em sua carranca, mas nos ombros largos e cabelos despenteados de Alfonso, enquanto ele falava com o musculoso homem atarracado que certamente era o ferreiro.

            Talvez fosse melhor não interromper. Hesitante, Anahí ficou para trás, apertando as mãos e esperando pacientemente que Alfonso terminasse. Ela o estudou enquanto esperava. Ele ouviu o ferreiro reclamar, apenas balançou a cabeça e fez perguntas. Alfonso se inclinou e falou com o ferreiro colocando a mão no ombro do homem. Anahí inclinou, esforçando-se para ouvir o que ele dizia.

            —  Saudações, Anahí.

            Ela congelou ao som daquela voz. Uma vez, ela pensou que era gentil e amorosa, mas agora o tom parecia excessivamente doce e pouco natural. Anahí virou-se lentamente e deu um sorriso fraco para o Padre Andrew em saudação, as mãos fechadas com força em sua saia. Ele deu um sorriso suave e moveu-se para ficar ao lado dela.          

            —  Aproveitando o clima? É uma bela manhã.

            Quando ela continuou a olhá-lo, ele inclinou a cabeça e observou-a.

            —  Está se sentindo melhor? Você parece muito melhor do quando a vi pela última vez.

            Anahí deu um sorriso amarelo. Ela lhe deu um cumprimento rápido, e então voltou sua atenção para Alfonso. Sua pele arrepiou-se quando percebeu que Jonas ainda estava olhando para ela. Alfonso tinha terminado com o ferreiro e se voltou para ela, um sorriso sensual no rosto. O calor em seus olhos era para ela, evidentemente.

            —  Boa tarde, Padre, Anahí,— disse ele, saudando a ambos, mas o olhar languido era direcionado a ela. Alfonso veio para o lado de Anahí e tomou suas mãoes.

            —  O que você está fazendo fora da cama? Sente-se melhor? 

            Os olhos apertados de Jonas ainda estavam focados nela.

            Ela forçou um sorriso brilhante no rosto e balançou a cabeça ansiosamente para Alfonso, olhando em seus olhos. Sentia-se como uma fraude.

            —  Algum problema com o ferreiro, meu Senhor?—De forma afável Padre Andrew indagava em tom agradável, deixando Anahí cada vez mais nervosa:—  Ele parece estar perturbado.

            Seu olhar voltou-se para o musculoso homem enquanto ele desaparecia na forja.

            —  Nada que diga respeito a você, Padre.

            Alfonso enfiou mão de Anahí em seu braço e colocou a sua sobre a dela, num gesto  possessivo e cativante que aqueceu o coração da moça.

            —  Houve um problema com a qualidade de alguns dos metais que foram adquiridos antes da minha retomada do castelo.

            —  De fato — Padre Andrew parecia envergonhado — Eu sinto muito dizer que o Barão Gurfi não tinha em alta conta os trabalhos de Gideon em relação à forja. Ele se concentrou mais em outras coisas.

            O olhar no rosto de Alfonso foi indiferente, e deu ao padre um breve aceno de cabeça quando o nome do  antigo Barão foi pronunciado.

            —  Sim, bem, o rei Henrique deu-me permissão para retomar o castelo, e eu pretendo corrigir muitas coisas agora que é meu novamente. Eu tenho dado a Gideon os recursos, e a permissão, para fazer o melhor trabalho que puder, de modo que não precisa se preocupar com o assunto.

            Ele começou a se afastar da forja, Anahí aninhada firmemente ao seu lado quando começaram a atravessar o pátio. Padre Andrew seguiu-os, ainda todo sorrisos.

            —  Isso é uma boa notícia, Senhor Alfonso. Vai me perdoar se pareço um pouco curioso. Estou apenas preocupado com o bem-estar de uma das minhas ovelhas, e Gideon foi infeliz por algum tempo. O ânimo voltou ao seu rosto. É bom saber que você está  cuidando bem das pessoas daqui.