Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

             O tempo estava claro e frio, quando eles deixaram Northcliffe, um vento forte soprando através das roupas grossas de Anahí e fazendo-a estremecer. Ela aconchegou-se nas costas de Alfonso em seu assento atrás dele no cavalo, e tentou não pensar sobre como era verdadeiramente desconfortável andar a cavalo naquela época.

            Alfonso acenou um último adeus ao Jonas e a Giles. Ele os tinha deixado no comando, e isso fez Anahí sentir-se um pouco melhor. Fora todos, Alfonso confiou aos dois manter as suas posses seguras. O padre insistiu em ir com eles.

            —  Eu tenho um velho amigo que mora lá— ele disse com um sorriso suave, quase genuíno— Adoraria vê-lo novamente se não se importa que um velho padre viaje com você.

            Pela ruga na testa Alfonso, o pedido tinha sido frustrante, mas ele era muito educado e respeitoso para discordar. Selou uma mula para o Padre Andrew, que vinha logo atrás deles.

            A jornada foi longa, desconfortável. Os soldados contavam piadas à vontade enquanto eles viajavam, e até mesmo Anahí se viu sorrindo e corando por um ou dois versos particularmente grosseiros.

            Enquanto o sol se punha, seu pequeno grupo começou a montar um acampamento. Alfonso ajudou Anahí a desmontar, e ela sentiu as pernas moles e uma a dor aguda. Além da dor muscular pela cavalgada, tinha as suas dores de sereia, também. Alfonso riu quando ela quase caiu em seus braços e segurou-a firme.

            —  Vá sentar-se, Anahí. Vou buscá-la quando nossa barraca estiver pronta.

            Ele arqueou as sombrancelhas lacivamente e bateu  no seu traseiro, sem dúvida, apreciando o grito de surpresa que ela emitiu.

            Anahí mancou até um tronco caído no bosque a uma curta distância, tentando não pensar na dor e no formigamento que corria através de seus membros. Ela massageou as pernas enquanto esperava que fosse capaz de pensar em alguma coisa para aliviar a dor. Um banho de esponja? Isso provavelmente não iria funcionar. Talvez uma lagoa próxima? Seria rasa, a julgar pela vegetação ao redor, mas um mergulho era um mergulho, e ajudaria as pernas.

            —  Se importa se eu sentar com você, minha querida?

            Ela olhou para cima com relutância, e Padre Andrew sorriu para ela. Seus olhos voltaram-se para Alfonso. Ele estava com seus homens, discutindo alguma coisa, de costas para ela. Anahí olhou para o padre e deu de ombros, tentando parecer descontraída embora o seu coração estivesse martelando em seu peito.

            —  Você estava mancando, —  observou. — É seu animal interior? Será que ele anseia pela água?

            Seus olhos se arregalaram, chocada que ele falasse sobre isto tão alto, mas os outros não pareceram notar. Para acalmá-lo, ela olhou e deu-lhe um breve aceno de cabeça, virando-se e apertando as mãos para não esfregar mais as pernas. Se pudesse se livrar dele...

            —  Como está sendo sua viagem?—  Ele inclinou a cabeça, examinando-a como se ele fosse um estranho pássaro. Quando ela respondeu com um meneio de sua mão que ele não pareceu entender, o sorriso em seu rosto tornou-se maior.

            —  Por que você continua a fingir, Anahí? Por que não fala? Alfonso não vai ouvir você, e nós dois sabemos que você pode falar.

            Ela olhou para ele, as mãos nervosas alisando suas saias. Elas estavam totalmente enrugadas após a longa viagem, e  não tinha muitos vestidos. Além disso, deu-lhe algo para se concentrar, além do padre com olhos curiosos demais.

            —  Sabe quem vai estar neste torneio, Anahí?—  O padre recostou-se, alongando-se e relaxando. — Um grande número de homens importantes, eu imagino. Homens que odeiam seu amante, e homens como o rei que não conseguem ver seus defeitos, não importa como eles são apontados. — Ele riu para si mesmo, como se desfrutasse de uma piada particular. — Quero dizer para trazer essas falhas para a luz um pouco mais.

            Ela olhou para ele, odiando de que tivesse o seu destino nas suas mãos.   

            —  Você vê, o rei disse a Alfonso que ele devia um dízimo, e bastante grande, se ele retomasse Northcliffe do Barão Gurfi. E desconfio que Alfonso guarda este dízimo sempre com ele, embora eu imagine que ele se desfaça dele quando você e ele… — Ele corou. — Você sabe. O ponto é, quando ele estiver dormindo, você pode tirar o dízimo dele. Eu preciso de você para roubá-lo.