Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

           No dia seguinte, as pernas de Anahí estavam em chamas.

            Isso tornava difícil para ela ter uma atitude normal, e se tornou ainda mais difícil quando Alfonso pressionou o corpo dela contra e começou a massagear a sua bunda, beijando-a no queixo. O gemido que escapou dos lábios de Anahí foi interpretado como excitação, até que Alfonso tocou seu rosto e o sentiu úmido. Ele recuou como se tivesse se queimado.

            —  Por que você está chorando? — A face de Alfonso tornou-se agressiva, e os seus olhos escuros.—  Agora o meu toque a desgosta?

            Ela balançou a cabeça e forçou um meio sorriso no rosto, as mãos crispando-se, as unhas enterrando-se nas palmas das mãos.

            Ele não se deixou enganar. Em vez disso, a olhou como se tivesse crescido uma segunda cabeça nela.

            —  Eu não entendo você, Anahí. Como foi tão quente comigo ontem à noite, e agora o meu toque a faz chorar?

            Ela começou a gesticular, para tentar, de alguma forma, explicar-se. Ao perceber o olhar frustrado de Alfonso, as suas mãos caíram. Daria tudo para ter a sua voz de volta, e lhe dizer a verdade. Em vez disso,  estava presa a movimentos de mãos que ninguém entendia.

            Alfonso ignorou os gestos e olhou para a porta de entrada da tenda.

            —  Nenhum sinal do meu escudeiro. Sem dúvida, ele está se curando de uma ressaca ou ainda está nos braços de alguma prostituta barata.

      Os seus olhos se desviaram da porta.

            —  Vou precisar de você para me ajudar com a minha armadura, Anahí.

            Ela concordou com a cabeça e pegou o objeto que Alfonso estendeu a ela, olhando para a peça estranha e brilhante com as fivelas de couro. Como ela ia descobrir onde se colocava aquilo? Seus dedos tocaram uma fivela e ela estudou sua forma, tentando tornar óbvio que não tinha a menor idéia do que estava fazendo.

            Alfonso estava vestido com uma camisa grossa, acolchoada, que parecia demasiado quente para o dia. As suas calças eram escuras e aderiam às suas pernas musculosas, e Anahí notou que ele usava um par diferente de botas do que as que normalmente calçava. Estas eram mais grossas, mais escuras. Será que a peça de armadura que ela segurava deveria ser colocada em cima das botas? Ela olhou para as peças no canto da tenda. A julgar pela pilha, havia um bocado de armadura para colocar sobre o homem.

            Anahí lançou um olhar preocupado para ele. Alfonso ia combater hoje? Não era perigoso?

            Alfonso riu da expressão em seu rosto.

            —  Não se preocupe. Eu não vou morrer no campo hoje, e se isto acontecer, você apenas terá que encontrar um outro macho idiota para enganar com seus olhos grandes e suas longas pernas.     

            Ela deixou cair a peça de armadura no chão deliberadamente, observando o tom vermelho que incendiou o rosto de Alfonso.

            A porta de tenda foi aberta, jorrando luz para dentro. Jonas entrou, esfregando os olhos, os cabelos despenteados. Anahí olhou para ele incômoda e se afastou, voltando para a cabeceira do leito, e seus pés pareciam que estavam sendo cortados por lâminas de barbear.

            —  Meu Lord,— ela ouviu, e estremeceu com o tom escandalizado de Jonas.— Ela deixou cair sua armadura neste chão sujo!

     O tom de desdém em sua voz era alto e claro.

            —  Deveria ter me chamado.— Ele se abaixou para pegar o objeto, limpando a superfície brilhante com dedos cuidadosos.

            O lábios de Alfonso esboçaram um sorriso depreciativo.

            —  Você, eu lamento dizer, estava completamente embriagado e eu não tinha mais ninguém disponível. E fui eu quem deixou cair a armadura. Tentei afivelá-la, não com muita sorte.

            —  Eu vejo.— O tom de desaprovação na voz do escudeiro não se alterou.— Permita-me ajudá-lo, então.

            Ele está me defendendo, Anahí percebeu, e seu rosto ficou corado. Ela não sabia se se sentia lisonjeada ou confusa.

            Anahí se sentou na beirada da cama e pegou o pequeno bordado deixado para ela. Ontem pareceria estranho a ela fazer tentativas patéticas de bordar, sendo que estava enfrentando tantos problemas, mas agora estava grata por poder fazer isto. Deu aos seus dedos algo com o que se ocupar, e algo para se concentrar.