Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

          —  Bem, bem.

            A voz era familiar a ela, embora não pudesse dizer como. Ainda mais familiar, porém, era a forma baixa e atarracada e o cheiro de vinho rançoso e de pele suja.

            —  Gostaria de conhecer a prostituta que o bastardo Herrera tem em tão alto conceito.   

      Gurfi. Anahí gemeu, afastando o homem. A maneira como ele olhou para ela fez sua pele se arrepiar. Uma mão apertou seu braço, prendendo-a no lugar, e Anahí olhou para trás para ver para o rosto feliz de Padre Andrew.

            —  Ela trouxe-nos o dízimo de Alfonso, meu Lord. Nós podemos derrotá-lo!           

     Os olhos do Barão eram perturbadores quando observou Anahí, e deu um sorriso afetado e calculista.         

            —  Ela fez? Bem, ela é audaciosa, já que Alfonso está jantando com o rei no momento, mas poderia voltar a qualquer minuto. Talvez ela esteja cansada do bastardo e queira um homem de verdade em sua cama.

     Ele estendeu a mão para roçar o seio de Anahí.

            Ela deu um tapa em sua mão, tropeçando contra o padre. Sua perna colidiu com a dele, enviando uma onda de agonia através de seu corpo, e seus joelhos se dobraram. Anahí desabou contra o padre com um gemido.

            —   O que há de errado com ela?—  O barão olhou para Anahí como se ela tivesse a peste.— Ela está carregando uma criança de Herrera? As mulheres sempre desmaiam quando estão com uma criança no ventre.

            O Padre Andrew lançou-lhe um olhar, rapidamente, dando um passo para o lado e deixando Anahí tropeçar, lutando para se manter de pé.

            —  Eu não sei, —  disse ele, escandalizado. — Eu não penso sobre isso. Não faz muito tempo que ela compartilha a cama com ele.

            O Barão Gurfi grunhiu.

            —  Se ela carrega uma criança, pense no que vou fazer com ele. Primeiro, vou destruir sua boa reputação com o rei, então, sua prostituta surgirá, levando seu primogênito. Bastardo do Bastardo.

     Ele deu uma gargalhada, depois olhou em volta, furtivamente.

            —  Você disse que tinha o dízimo?

            —  Eu o tenho, —  confirmou o padre. —  Colares e muitas moedas. Sinta quão pesado está o saco. — Ele estendeu-o para Gurfi.

            O barão assobiou e acenou com a mão.

            —  Mantenha-o escondido. Se Alfonso ainda está com o rei, temos tempo para fugir antes que ele perceba.

     Ele voltou-se para seus dois guardas, que vinham logo atrás dele.

         —  Desmontem as tendas, e diga aos homens para juntar minhas posses. Partimos em cinco minutos.

            Anahí poderia ter gritado de alívio. Eles iriam embora e esperava que somente quando estivessem longe, na estrada, percebessem a sua traição. Alfonso daria ao rei seu dízimo e estaria seguro. A dor nas pernas valeu a pena naquele momento.

            Quando os três homens se viraram para sair, o Barão Gurfi agarrou-a pelo braço.

            —  Você fica. — O barão olhou para Anahí. — Pegue a meretriz doente e coloque-a em um dos cavalos.

            —  Meu Senhor, — o Padre Andrew disse, com uma ponta de preocupação em sua voz normalmente doce. — Tem certeza que é sábio fazer isso? A meretriz não pode dizer ao Lord Herrera onde iremos e eu não acho que seria um problema deixá-la para trás.

            O captor de Anahí subjugou-a, e mesmo lutando, foi jogada sobre o ombro do homem. Suas pernas se debatiam enquanto tentava fugir,mas o homem colocou o braço, firmemente, sobre as pernas o que a fez estremecer com uma nova onda de dor.

            —  Pelo contrário, meu caro padre. É o melhor a fazer. – o Barão Gurfi continuou, ignorando Anahí. —  O filho da puta vai pensar que ela se foi,depois de roubar seu dinheiro e fugiu comigo, como ele sempre temeu. Ele não atirou a meretriz aos meus pés, pensando que ela era uma traidora? Alfonso vai colocar a culpa nela. E se quiser ter a meretriz de volta, nós talvez tenhamos também o seu filho bastardo como bônus. E ele pode pagar um resgate bom por ele, também. — Seu riso pairava pelo ar. — Agora vamos. Temos de sair, e rápido.

            O homem que segurava Anahí foi empurrado por ela, e sua mão bateu em seu traseiro. A dor que queimava seu corpo era grande o suficiente para que toldasse sua visão, e ela sentiu a escuridão tomar seus olhos.