Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

Meninas foi mal fiquei sem internet final de semana inteiro, tinha dado ruim no cabeamente da minha internet e já viu demoraram um seculo pra ajeitar isso, mas to de volta com um capitulo pra vcs.

***

            Anahí cambaleou, momentaneamente confusa. Ela tinha salvado Alfonso, mas também piorou consideravelmente as coisas. Dedos firmes agarraram seu braço.

            —  Venha comigo,—  Padre Andrew assobiou. Em algum momento, ele havia saído de sua mula e agora estava a seu lado. Anahí balançou a cabeça furiosamente, tentando ficar fora de seu alcance. Ela não queria ir com ele, queria ficar e ver Alfonso.

            —  Vou levá-la para o mar, apenas venha comigo!

            Anahí hesitou. Outro rugir, atrás deles, e Anahí fez uma pausa,os olhos ansiosos buscando na multidão uma cabeça escura familiar. Ela não podia ver Alfonso em qualquer lugar na confusão de braços e espadas.

            Um braço magro e nervoso enrolou-se em torno de sua cintura, e puxou-a para trás, muito forte para conseguir se livrar, na fraqueza em que se encontrava.

            —  Se você não for de bom grado, vou ter que forçá-la a vir comigo, minha querida,—  disse o padre, puxando-a para sua mula. A dor atravessou seu braço, e ela tropeçou junto a ele.

            Longe da batalha.

            Longe de Alfonso.

            Ela queria chorar de dor,  e não pela de seu corpo, mas de seu coração. Alfonso estava lá, no meio daquela confusão terrível, e o Barão Gurfi estava tentando matá-lo de qualquer jeito. Ela queria vê-lo, queria estar com ele, mesmo que fosse em seus últimos momentos, e os dela também. Anahí se debateu em protesto, e o padre chutou suas pernas, em resposta. A dor floresceu através dela e Anahí caiu. Ele empurrou-a para sua mula, em seguida, subiu atrás dela e impulsionou o animal para a frente.

            O caminho longo e sinuoso para a costa rochosa pareceu durar uma eternidade e a marcha lenta da mula acentuava a distância ainda mais. Anahí estava quase inconsciente, o braço rijo do padre em torno de seu pescoço, imobilizando-a contra ele e tornando difícil respirar através de uma garganta já ferida.

            O ar salgado, picante encheu suas narinas quanto mais perto chegavam da praia, fazendo com que seus músculos das pernas apertassem em resposta. Sua respiração tornou-se mais superficial, como se até os seus pulmões estivessem entusiasmados com a perspectiva da libertação da dor.

            A preocupação sobrepujou tudo em sua mente.Estava preocupada com Alfonso, não com ela mesma. Não se importava se o padre estava raptando-a para ter um trunfo, ou se havia algum outro motivo desprezível. Ela só queria saber se Alfonso estava seguro.

            —  Mais rápido, mais rápido, —  o padre respirava contra o pescoço de Anahí, induzindo a mula a ir para frente enquanto desciam para a praia. —  Temos de ir mais rápido. Se ele nos pega, estamos ambos perdidos.

             O temor transparecia em sua voz, e Anahí podia sentir seu corpo magro tremendo contra ela. Não eu....Alfonso vai me salvar! Queria gritar. Ela lutou contra o seu braço, e mordeu a carne pálida que estava próxima de sua boca. Seus dentes afundaram no braço do padre, e ela apertou até sentir o  gosto de sangue.

            O Padre Andrew uivou em agonia.

            —  Bruxa traiçoeira!—  Ele balançou o braço, tentando afastá-la. O seu braço bateu no rosto dela várias vezes, mas Anahí se recusou a desistir até que os seus dedos abrissem a sua boca.

               Ela cuspiu o sangue nele e sacudiu a sua cabeça, tentando afastar a dor  e o gosto rançoso do braço do padre.

            —  Eu estou tentando ajudar você, criatura suja, —  ele rosnou no seu ouvido e apertou os dedos em seu queixo, forçando-a a olhar para frente, para o oceano que já lambia os cascos da mula. — Eu vou soltá-la, mas você deve prometer nunca mais voltar.Nunca dizer ao lorde Alfonso o que aconteceu aqui ou vou colocar a culpa em você e expor o seu segredo.

            Seus sussurros suaves desapareceram com o rugido do oceano contra seus ouvidos.   As ondas,o som da maré, os salpicos de água nos cascos da mula, tudo isso acalmou-a. O grito das gaivotas. Saudade, uma saudade quase física disparou através dela, e Anahí estremeceu.

            —  Tire as mãos dela.

            A voz calma e mortal ecoou nos ouvidos de Anahí como os trovões de uma tempestade. Alfonso!

            Seu coração acelerou e ela ficou livre das mãos do padre, esticando o pescoço para olhar para ele, ondas de prazer percorrendo o seu corpo.

            Alfonso estava a quase vinte metros de distância deles, a uma boa distância da praia. Enquanto o observava, ele desmontou de seu cavalo e, lentamente, caminhou para eles, não parecendo ferido apesar do sangue na frente de sua túnica. Havia um corte feio na testa, e seu cabelo escuro pingava suor. Ele parecia absolutamente furioso. Sua mão apertava a espada com força, e continuou caminhando em direção ao padre.

            —  Você vai tirar as mãos dela agora.