Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            Seus braços apertaram Anahí.

            —  Você não tem que ir a qualquer lugar, doçura. Você pode ficar comigo. Suas palavras sussurradas roçaram em seu ouvido, fazendo com que seu coração palpitasse de emoção.

            Ela balançou a cabeça, afastando-se de seu abraço, apesar de todas as fibras de seu corpo gritarem para que corresse de volta para seus braços. Anahí tocou seu rosto delicadamente como um pedido de desculpas, em seguida, baixou a cabeça, virando-se para seguir Muffin, que a esperava.

            —  Anahí, espere! — Alfonso segurou-a pelo braço. — Eu não entendo o que está acontecendo. — A raiva transparecia em sua voz. — Você vai partir de novo?

            Ela balançou a cabeça tristemente, e apontou para o oceano. Queria dizer a ele que não tinha escolha. Lembrando-se da  presença de Muffin, Anahí pigarreou e experimentou.

            —  Eu... – Anahí suspirou de alívio ao ver que podia falar. — Minha voz. Está de volta!

            —  Então você não podia falar?

            —  Não. Apenas perto de Muffin. Oh! Alfonso, eu sinto muito. Eu não posso ficar com você. É tarde demais para isso. —  ela continuou a andar, a cabeça inclinada. Sua visão turva com as lágrimas quentes, mas se forçou a continuar caminhando .

            —  Tudo vai acabar logo, — Muffin disse com calma, colocando um braço em volta de sua cintura.

            Inconsolável, Anahí virou-se e enfrentou o oceano. O pequeno barco de Muffin ainda balançava na distância. Ela podia nadar até ele, deveria, e depois tudo iria acabar assim que ela estivesse longe dos olhos de Alfonso.

            Para a surpresa de Anahí, o braço de Muffin foi arrancado de sua cintura, e a fada madrinha foi afastada. Anahí foi agarrada por mãos quentes, puxada contra um corpo duro e familiar, e olhou para Alfonso, os olhos tristes e duros.

            —  Diga-me que você quer isso, e eu a deixarei partir, Anahí. Diga-me que você não quer ficar, e eu vou tentar esquecer.

            Ela tocou seu rosto delicadamente, ignorando o gaguejar da fada madrinha atrás deles.

            —  Não é que eu não queira ficar, Alfonso, — ela disse, com a voz rouca pela falta de uso. — É que não tenho escolha.

            Sua mão livre deslizaram por trás de seu pescoço, e ele pressionou a testa contra a dela num gesto que trouxe novas lágrimas a seus olhos.

            —  Então, veja isto antes de partir. — Ele colocou um pedaço de tecido amassado na mão dela, e Anahí olhou para o bordado que ela tinha deixado na sua tenda. Eu sempre te amei,  estava bordado no pano, e a frase parecia zombar dela.

            —  Eu sempre te amei também, — disse Alfonso, e beijou-a uma vez.

            O mundo silenciou em torno deles.

            —  Oh merda, — disse Muffin, com desgosto. – Em cima da hora, não?Típico de homens. — Ela deu um grande suspiro.

            Um flash quente de dor pulsava entre as pernas de Anahí, uma espécie inteiramente diferente da dor que havia sentido antes. Alarmada, Anahí caiu contra Alfonso e se agarrou a sua túnica quando seus membros enrijeceram-se.

            O mundo começou a girar em torno dela, e a escuridão ameaçou tomaá-la, mas não foi um tipo doloroso de escuridão- era como se seu corpo estivesse se formando de novo, preparando-se para algo grandioso. E então tudo acabou, tão repentinamente quanto começou.

            Surpresa, Anahí abriu um olho, e observou o mundo ao seu redor.

            Ela podia sentir o braço de Alfonso sob as pernas, e seu corpo aconchegado contra o peito dele novamente. Alfonso deveria ter tomado-a em seus braços enquanto estava quase desmaindo de dor. A expressão em seus olhos quando  olhou para ela era tão confusa quanto a dela. Ambos se voltaram para Muffin.

            A fada madrinha deu-lhes um sorriso doce.

            —  Bem, suponho que terei que tomar outras providências. — Ela acenou sua varinha na direção de Anahí. — Você está livre para ir, minha menina.

            —  Eu estou livre? Estou livre da cauda de peixe? — Suas mãos crisparam-se no tecido da túnica Alfonso, incapaz de acreditar que sua sorte mudaria tão rápido. — Sério?

            —  Na verdade você está,— a fada madrinha cantarolou.— Ainda quer voltar para Seattle?

            Sentiu os braços de Alfonso apertarem-se protetores ao seu redor, e Anahí agarrou-se ao pescoço dele, tentando afastar a fada madrinha e sua sugestão horrível.

            —  Oh não! Eu quero ficar aqui!

            —  Isso não fazia parte do acordo original— Ela acenou com a varinha para Anahí em sinal de repreensão.