Fanfic: O Cavaleiro da Sereia - Ponny - Adaptada - Finalizada | Tema: RBD, AyA, Conto de fadas

            —  Contudo, já que o seu homem parece pronto para arrancar a minha cabeça só de pensar em vê-la partindo novamente, suponho que podemos deixar coisas como estão, se isto a faz feliz.

            Anahí estendeu a mão e tocou a face de Alfonso, atrevendo-se a ter esperanças.          

            —  Nada me faria mais feliz, — ela sussurrou.

            A fada madrinha fez um som, como se estivesse vomitando.

            —  Poupe-me destas bobagens, minha querida. Muito bem. Você pode ficar, mas eu não quero ver seu rosto novamente por mais uns sessenta anos, pelo menos, está me ouvindo?

            Ela sorriu.

            —  Alto e claro.

            Muffin piscou e deu-lhe uma saudação rápida com a varinha.

            —  É isso então. Acabou-se. Tenha uma boa vida, garoto.

            E assim, ela sumiu de existência. Longe, na distância, Anahí viu o pequeno barco branco desaparecer.

            Assim, simplesmente, tudo estava acabado. Anahí virou-se para Alfonso, que ainda estava um pouco chocado. Não se moveu, apenas olhava para ela com a mesma expressão incrédula no rosto, como se tivesse visto muito para digerir de uma só vez.

            Ela o beliscou. Foi o que o acordou, e ele arqueou uma sobrancelha.

            —  E porque isso, senhora?

            Anahí estava com a cabeça no ombro dele.

            —  Quero ter certeza de que você é real, e que isso não é um sonho.

            —  Você tem uma voz doce, minha Anahí. Estou feliz que possa falar agora. — O riso borbulhava através dela.

            —  Estou feliz demais! A pior parte foi ser uma sereia. Não era capaz de lhe dizer tudo o que estava acontecendo. — Impulsivamente, ela abraçou o pescoço de Alfonso e deu uma risadinha contra o seu cabelo. Sentia-se tonta de emoção. —  Eu não posso acreditar que conseguir ficar!

            Ele observou seu rosto, tão amado e familiar.

            —  Você não vai perder a sua casa? Este 'Seattle' do qual ela falou?

            Anahí balançou a cabeça, deslizando a mão para a dele e dando um passo para a frente.

            Nenhum dos formigamentos que a atravessavam a cada passo, durante o mês passado, aconteceu. Nenhum lembrete de sua cauda de sereia. Era como se nunca tivesse acontecido.

            —  Seattle não tem nada para mim, — disse ela alegremente. — Meu mundo é aqui, com você.

            —  Vamos nos casar em Fortnight, — afirmou categoricamente, apertando a mão dela. —  O rei vai insistir em vir, senão casaríamos antes. Ele me disse que queria conhecer a mulher que tinha salvado a minha fortuna do Barão Gurfi. — Um sorriso suave tocou seus lábios. —  Eu não tinha certeza se ele teria a chance.

            A excitação disparou através de Anahí.

            —  Eu não sou uma mulher qualquer, mas estou feliz. — Um pensamento sombrio ocorreu a ela e franziu a fronte, um pouco desanimada. — Será que isso de não ser nobre importa muito?

            —  Eu sou o filho bastardo de um nobre importante, então não, não importa.

            O rosto dela se iluminou.

            —  Tudo bem, então. — Sentindo-se tímida, Anahí sorriu para ele. — Vou me tornar sua esposa.

            Ele agarrou-a pela cintura e a ergueu, girando-a no ar e rindo.

            —  Anahí do reino de Seattle concordou em se tornar minha esposa. — Ele colocou-a no chão e lançou-lhe um olhar perplexo. — Onde fica esse 'Seattle'? Na Normandia?

            Isso seria o mais difícil de explicar.

            —  Nos Estados Unidos. É uma história longa, muito longa, e eu não tenho certeza se você vai acreditar em mim.

            —  É mais estranho do que uma mulher amaldiçoada com um rabo de peixe?

            —  Só um pouco. — Anahí deu um sorriso torto. — Será que isso mudaria alguma coisa?            

            Ele balançou a cabeça, puxando-a para perto para um longo beijo.

            —  Nada poderia mudar meu amor por você, minha Anahí. Mesmo que você me dissesse que veio do próprio céu.

            —  Perto, — Anahí sussurrou contra sua boca. — Muito, muito perto.

FIM S2