Fanfic: CHILDSTAR AyA- (Vol 02) | Tema: AyA Adp Hot

Anahi -

— Quantas vezes eu tenho que te dizer isso? — eu gemi, esfregando o lado da minha cabeça. Tinha que ser, pelo menos, três horas da manhã agora e em vez de estar dormindo em minha cama, eu estava sentada em uma sala de interrogatório em um departamento de polícia de Chicago.

— Então você estava procurando o banheiro quando você entrou no escritório do Sr. Mallory? — perguntou o oficial – Oficial Tomate, eu comecei a chamar ele assim em minha cabeça, uma vez que o seu rosto estava vermelho brilhante e sua cintura era redonda como um globo.

— Srta. Portilla? — ele pressionou.

— Sim. Eu entrei no escritório enquanto eu estava procurando o banheiro, foi quando eu vi as borboletas. Ele tentou me estuprar. Olhe para as marcas no meu pescoço. Meu namorado me puxou para fora e, então bateu nele como um estuprador merece, — eu disse mais uma vez.

— Que borboletas? — perguntou o oficial.

Querido Jesus no céu...

— Srta. Portilla, sua advogada está aqui. — outro policial, Oficial Feijão - nem mesmo vou me preocupar em explicar - abriu a porta.

Entrou uma mulher vestida com uma jaqueta preta e jeans, seu cabelo loiro puxado em um rabo de cavalo.

— Eu sinto muito, minha cliente está presa?

— Não, mas ela é uma testemunha-

— Srta.Portilla, vamos, — a mulher o interrompeu, fazendo sinal para eu me levantar.

— Nós não terminamos aqui! — Oficial Tomate disse enquanto eu me levantava.

— Se a minha cliente não está sob prisão, então estamos acabados, — disse ela, me empurrando em direção às portas. Eu só andei cerca de dois passos antes de parar. Alfonso está sentado, parecendo muito mais descontraído do que ele deveria parecer estando em uma cela.

— Alfonso — eu tentei andar até ele, mas a advogada que eu ainda não sabia o nome agarrou o meu braço.

— Nós não podemos ficar.

— Estou bem. Eu estarei fora em algum momento. — Alfonso se sentou. Agora focado em mim, ele me deu um sorriso meia-boca, acenando para eu segui-la.

— Você vai precisar disso, — a mulher ao meu lado disse, cavando em sua maleta e tirando um casaco leve e óculos de sol.

— Anahi! — Ollie correu para mim quando chegamos ao último conjunto de portas entre a prisão e os degraus da frente. Ele bateu no meu ombro. — Você está bem? O que aconteceu?

— Com licença. Infelizmente, esta não é a hora. Precisamos tirá-la daqui antes que mais imprensa apareça, — afirmou a advogada.

Coloquei os óculos de sol que ela me deu e Ollie pegou a jaqueta, a levantando sobre a minha cabeça para me bloquear quando começamos a sair. No momento em que a porta se abriu, meus ouvidos pareciam que iam explodir.

Cliques.

Flashs.

— Srta. Portilla, é verdade que você está namorando Alfonso Herrera?

— Alfonso voltou às drogas de novo?

— É por isso que ele também feriu Sr. Mallory?

Flash.

Clique.

— Qual é condição de Alfonso agora?

Eles não iriam parar e até mesmo chegaram tão perto de mim que meus cotovelos bateram em suas câmeras. Quanto mais perto chegamos ao carro, mais eles se apressaram. Quando as portas se abriram, eu pulei para dentro tão rapidamente que o meu sapato caiu.

— Vai, — disse Ollie, fazendo sinal para eu ir mais para dentro.

Quando a porta se fechou, eu pulei, olhando para a loira agora olhando para mim. — Regra número um, Srta. Portilla- nunca, jamais, fale com um policial sem o seu advogado, especialmente em Chicago.

Você pensa que com o número infinito de policiais e advogados que a TV mostra lá fora hoje, você não teria que contar com outras pessoas.

Olhei para Ollie, esperando ele explicar o que diabos ela estava fazendo.

— Anahi, conheça a Keri Shaughnessy, sua nova advogada.

— O que aconteceu com velho Epps? — desde o dia em que nasci, o Sr. Epps era meu advogado. Ele tratava de todos os meus contratos e processos judiciais contra alguns dos maiores jornais e sites de mídia em todo o país.

— Ele se aposentou há três meses e eu assumi. Ele disse que você era uma cliente não-problema, e, claro, no momento em que você vem para mim, você escolhe brigar com Ray fodido Mallory, — ela interrompeu, me irritando.

— Eu sinto muito, uma briga? — ela tinha que estar brincando comigo. — Eu fui a casa dele e ele tentou me estuprar! O fato de que ele apanhou é culpa dele, não minha.

— Ele o quê? — Ollie agarrou meu braço, puxando a minha atenção de volta para ele.

Keri respirou fundo, inclinando a cabeça para o lado e me olhando no olho. — Eu sinto muito, Srta. Portiila. Já me disseram que eu não tenho um filtro. O que eu estava tentando dizer é, Ray Mallory tem as mãos em um monte de bolsos nesta cidade.

— Então, o que vai acontecer com Alfonso?

Nenhum deles respondeu à minha pergunta, então eu me endireitei olhando entre os dois. — Como a pessoa que paga a você, vou perguntar de novo: o que acontecerá com Alfonso Herrera?

— Se ele tiver sorte, — Keri começou e eu estava tendo a sensação de que ela e eu tínhamos diferentes definições da palavra 'sorte', — Ray só irá arrastá-lo através da lama um pouco antes de tirar as acusações.

— Quem é o advogado de Alfonso? — eu quis saber, já estendendo a mão para o meu telefone.

— Não importa, — disse Keri.

— Você sabe, eu não estou gostando muito de você neste momento, — eu respondi.

Ela sorriu. — Me falam muito isso. No entanto, não importa quão bom o advogado Alfonso seja. Dentro do sistema judicial de Chicago, eles são inúteis. Se você pensa o contrário, você é apenas ingênuo.

Me recostando na cadeira, eu esfreguei o lado da minha cabeça e tentei pensar em como diabos tudo correu tão mal tão rapidamente. Um momento estávamos bem. No próximo, o mundo estava se abrindo debaixo de mim.

— Anahi? — Ollie me entregou uma garrafa de água e dois comprimidos de que eu só podia adivinhar que era Advil.

— Obrigada, — eu murmurei, os aceitando.

— Anahi, por que você estava no escritório do Sr. Mallory, afinal? — Keri questionou e eu congelei, minha cabeça refazendo os passos que tinha me feito chegar a isso em sentido inverso.

Eu estava no escritório de Ray Malloy porque eu estava à procura de um banheiro. O banheiro no primeiro andar estava ocupado, assim como minha mãe me alertou e ela me disse para onde ir. Por que diabos

eu estava na casa de Ray Mallory? Porque minha mãe me convidou. E a

Alfonso.

Não. Foi apenas uma coincidência. Foi tudo apenas uma série de eventos infelizes. Eu estava ficando nervosa, ela não faria... mas o que um assassino não faria?

— Anahi! — Ollie gritou quando a garrafa de água deslizou através da minha mão trêmula.

Mais uma vez, eu senti o puxão no meu coração como se alguém estivesse tentando tirá-lo do meu peito e minha garganta começou a se fechar.

Não importa o que, nenhuma mãe iria colocar a sua filha nessa posição, certo? Ela não podia ser tão diabólica... tão coração frio. Mesmo que eu pensasse nisso, eu ainda tinha que me abraçar para me manter firme.

Foi ela, minha cabeça não parava de dizer, embora meu coração se recusasse a acreditar nisso. Parecia que eu estava sendo dividida ao meio.

Foi ela. Ela queria separar Alfonso e eu novamente. Ela fingiu estar tudo bem com ele porque tinha que estar acima de suspeitas.

— Anahi, está tudo bem, — Ollie sussurrou, envolvendo o seu braço em volta de mim. Eu não sabia que eu estava chorando até aquele momento. — Você está segura agora. Está tudo bem.

Não, eu não estava bem ou segura.

Só então, parecia que o último fio que ligava a minha mãe a mim foi cortado e não havia jeito nenhum de remendá-lo.

Eu a odiava - não, era mais do que o ódio.

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