Fanfics Brasil - Capítulo -04 A Modelo E O Monstro AyA

Fanfic: A Modelo E O Monstro AyA | Tema: AyA Adp


Capítulo: Capítulo -04

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O Sombrio Misterioso!
Aquela foi a primeira coisa em que pensei. Eram as palavras que fantasiei que ele me diria no nosso primeiro encontro.
Mas nunca me ocorreu como ele tinha descoberto meu nome. Os heróis dos romances que eu gostava de ler sempre descobriam os nomes das heroínas por vários métodos.


Então imaginei que não seria problema para o Sombrio Misterioso, uma vez que devia ser tão inteligente e engenhoso quanto era alto, forte e gentil.


Quando me virei para cumprimentá-lo, porém, meu coração se apertou. Não era o Sombrio Misterioso que estava diante de mim, mas Raul, o cara que apertou minha bunda enquanto tirava uma foto comigo antes do jantar. Estava bem ao lado do elevador, em toda sua glória ostensivamente musculosa e cheia de gel no cabelo.


— Ah — falei, sem entusiasmo nenhum. De repente eu não estava nada sonolenta. Na realidade, sentia certa náusea. Podia ter algo a ver com o movimento do navio, mas também podia ter relação com o cheiro do perfume de Raul, que ele tinha passado de forma bem exagerada.
— Oi, Raul.
Foi um erro dizer aquilo. Ele abriu um largo sorriso, revelando os dentes brancos e certinhos demais.
— Ai — disse ele. — Você se lembra do meu nome! Acho que alguém tem uma queda por mim.
Meu estômago se revirou.
— Não — emendei. — Acredite em mim. Não tenho. Na verdade, estava voltando para minha cabine. Foi um longo dia, e vou dormir.
— Parece uma ótima ideia — disse Raul, com uma expressão sarcástica. — Posso ir com você?
— Ha ha — respondi, apertando com uma urgência crescente o botão de descer do
elevador. — Acho que minha colega de quarto não ia gostar disso.
— Aposto que gostaria, sim. — Raul ainda estava com o smoking do jantar, mas a
gravata-borboleta estava desfeita, e ele tinha aberto quatro ou cinco botões da camisa.
Segurava uma garrafa de cerveja. — Vamos lá, soube que está rolando uma ótima festa na piscina do Deck Promenade. Vamos acordar sua colega de quarto, colocar nossas roupas de banho e ir para lá.
— Não posso — disse. — Vamos acordar muito cedo para fazer uma escalada.
— Escalada? — Raul estava claramente embriagado. Eu sabia disso não só porque ele arrastava as palavras, mas porque colocou a mão na parede acima da minha cabeça e inclinou o corpo para bem perto do meu, me fazendo sentir o cheiro do seu gel capilar e de tudo o que ele havia bebido. Nenhum deles era agradável.
— A única coisa que quero escalar agora é você, gata.


Quando andei por aquele mesmo corredor mais cedo com Gus e Penny, ele estava
apinhado de passageiros. Por que estava tão vazio agora? Para onde todo mundo tinha ido? Agora éramos só eu, Raul e o fedor do bafo e do gel dele.
— Escute, Raul — falei —, eu sou comprometida.
— Não vejo nenhuma aliança no seu dedo.
— É uma relação complicada. — Quero dizer, inventada pela minha cabeça com um cara que não conheço e só vi em uma varanda.
Foi quando o navio balançou... Muito pouco, mas o bastante para Raul perder o equilíbrio — ou fingir perder, sei lá — e apertar o corpo todo contra o meu, batendo minha coluna no corrimão dourado. Gritei de dor.
— Epa. — Raul deu uma gargalhada de bêbado, sem se mexer.
— Me larga — falei, empurrando-o. Era como tentar empurrar uma parede de tijolos. — Está me machucando.
— Para mim, você está bem — cochichou ele no meu ouvido. Deixou a garrafa de cerveja cair no carpete e agora as mãos se deslocavam para meus seios. — Muito bem.
A Dra. Ling estava errada. A gente pode julgar algumas pessoas pela aparência.


— Eu disse para ficar longe de mim. — Levantei os saltos agulha e os usei para bater, com força, na cara dele.


Raul me soltou. Recuou um passo, com a mão no rosto. Quando baixou a mão
novamente, olhou com incredulidade para o sangue que saiu do corte mínimo que um dos saltos tinha feito no seu dedo.
— Sua vaca — rosnou ele.


E então avançou para mim.
Foi difícil dizer o que aconteceu exatamente depois daquilo, de tão apavorante que foi. Tentei correr para o quarto do Gus, onde sabia que estaria segura, mas Raul segurou um punhado do meu cabelo comprido e me puxou. Depois suas mãos estavam no meu pescoço.
Alguma coisa bateu na minha cabeça, com força, e de repente eu estava no chão...
Mas aí, por milagre, ouvi o som mais maravilhoso do mundo. Era o som de um sino. Era o elevador.
Ouvi as portas do elevador se abrirem. E alguém disse meu nome
— Anahi.- Era a voz de um homem, mas não a reconheci.
Quem poderá ser?, perguntei-me ainda no chão, em uma névoa de dor e confusão. Como ele sabia meu nome?
Quando dei por mim, Raul estava no carpete a pouca distância de mim. Vi seus olhos, arregalados de pavor, suplicando, parecendo pedir ajuda... Uma ajuda que não podia pedir verbalmente, porque a mão de alguém cobria sua boca.
Aquela mão impediu que Raul gritasse de dor enquanto um pé atingia algum lugar na parte inferior de seu corpo, uma perna, acho, quebrando-a — ouvi os ossos se partindo — no que deviam ter sido centenas de fragmentos. Foi o ruído mais pavoroso que já ouvira na vida, especialmente logo depois de eu ter ouvido um som maravilhoso, o sino do elevador, e meu nome pronunciado naquela voz grave. Anahi.
Na vida real, o barulho de ossos se quebrando não é nada parecido com o estalo seco que reproduzem na televisão. Mais parece um triturar surdo.
A minha visão do corredor estava indistinta e distante, como se eu estivesse olhando pelo lado errado do binóculo de Penny.
De uma coisa eu tinha certeza, antes de perder totalmente a consciência: quando as
portas do elevador se abriram e ouvi dizerem meu nome, vi alguém saindo do elevador.


Alguém alto e descabelado.
O Sombrio Misterioso.
E então, misericordiosamente, não senti mais dor. A escuridão me tomou, e eu dormi.


 


 


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Autor(a): ponnyayalove

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Quando abri os olhos novamente, não saiba onde estava. Não era no meu quarto, em casa, nem em uma das duas camas de casal espremidas na cabine que eu dividia com Penny. Eu estava em uma cama imensa no meio de um quarto elegantemente mobiliado com mais ou menos o tamanho das salas de estar e jantar da nossa casa juntas. Mas, em vez de uma única porta de ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • ginja2011 Postado em 12/08/2018 - 21:23:01

    Inicialmente quero deixar registrado que você escreve muito bem, porém tenho uma observação a fazer você tem muitas fic's desde 2016 e eu as favoritei todas, só que você não concluiu nenhuma, algumas só tem um capítulo outras 3, 4, 5 é frustrante não se ter continuidade e conclusão para nós leitoras, isso uma crítica e sim uma constatação. Vou continuar esperando que você dê os desfechos delas. Adoro todas as histórias!

  • sra.herrera Postado em 31/01/2018 - 03:46:39

    Continua amore, adorei...

    • ponnyayalove Postado em 08/02/2018 - 23:44:06

      Continuando Lindah

  • sra.herrera Postado em 25/01/2018 - 03:13:37

    Continua....

    • ponnyayalove Postado em 29/01/2018 - 20:57:35

      Continuando Linda

  • anahiiii Postado em 24/01/2018 - 12:30:41

    posta mais to amando <3<3

    • ponnyayalove Postado em 24/01/2018 - 22:49:06

      Continuando Linda <3 Que bom que está gostando

  • Belle_Doll Postado em 23/01/2018 - 15:36:05

    Hum, gostei! Muito interessante essa história &#128518;

    • ponnyayalove Postado em 24/01/2018 - 00:08:11

      Owt que bom que gostou Linda, a História é pequena mais é bem apaixonante .Continuando

  • sra.herrera Postado em 23/01/2018 - 02:04:47

    Já amei essa história, continua... <3

    • ponnyayalove Postado em 24/01/2018 - 00:03:05

      Que bom que gostou Linda . Continuando


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