Fanfic: Prazer, me chamo amor! | Tema: Vondy
Chego e bato a tua porta, prazer, eu me chamo amor,
Chego sem aviso prévio e te causo alegria e dor.
Te envolvo sem que perceba e aos poucos será tomada,
Sem rumo e sem defesa, amarás mesmo não sendo amada.
O teu coração é puro, me conforta e me satisfaz,
Me engrandece, me aquece, enquanto eu tiro a tua paz.
Sou egoísta a todo tempo, eu te quero só para mim,
Teu coração sozinho é forte e vai permanecer assim.
Não o entregarei tão fácil, pra um coração que não a mereça,
Que te faça sem dó sofrer, e sendo assim nos enfraqueça.
Mas se vejo que vale a pena, eu santifico essa união,
Mando uma flecha bem certeira sem chances de reação.
Às vezes eu sei que sou difícil, eu nado contra a ansiedade,
Sou paciente e exigente, eu sou real, sou de verdade.
Só quero força e intensidade, pulsar forte a cada instante,
Sou marcante e verdadeiro, eu sou o amor, não sou amante.
Prazer, me chamo amor!
Capítulo 1.
INTRODUÇÃO – O começo de tudo.
Rio de Janeiro, Copacabana 19/10/2014 – 07:00 am.
Narrativa por Dulce.
Fake é uma palavra da língua inglesa que significa falso ou falsificação. Pode ser uma pessoa, um objeto ou qualquer ato que não seja autêntico. Com as redes sociais, o termo passou a ser muito utilizado para designar uma conta na internet ou o perfil em uma rede social de alguém que pretende ocultar a verdadeira identidade.
Você com certeza já deve ter ouvido falar em perfil fake, ou até mesmo já deve ter dado de cara com um enquanto navegava pelo seu facebook ou assistia um vídeo que viralizou no Youtube, mas que infelizmente era uma farsa.
Quando tocamos no assunto perfil fake, imaginamos uma pessoa má que tem como objetivo enganar as pessoas usando uma imagem que não faz jus a sua pessoa. Porém nunca nos perguntamos: O que passa na cabeça dessas pessoas que fazem isso?
Claro que a maioria das pessoas deve pensar: “ Acredito que uma pessoa que faz uma coisa dessas é dissimulada, carente, idiota” como disse uma menina esses dias em um comentário de desabafo em grupo do facebook. Porém nem sempre é assim e eu Dulce Maria sou a prova viva disso!
Crise existencial e baixo autoestima: Esses foram os dois motivos que me fizeram entrar no mundo fake. Dizem que na adolescência é normal você passar por esse tipo de coisa e que 98% dos adolescentes sofrem com isso.
Entretanto comigo foi um pouco diferente, minha única saída foi entrar no mundo fake, eu tinha apenas quatorze anos, o que se torna algo compreensivo principalmente se todos em sua volta fazem parte dos 2% que jamais passaram por isso na vida. Suas amigas, seus amigos, seus primos e até seus pais na juventude deles.
Aprendi desde muito cedo que ser acima do peso era um problema. Não para mim, mas sim para sociedade – opressora. Sempre fui uma criança gordinha e as outras crianças não pegavam leve, eram inúmeros apelidos e brincadeirinhas que mesmo sendo pequena eu já sabia bem que era errado.
[...]
Sabe aqueles filmes do tipo besteirol Norte Americano? Onde tudo é voltado para o público juvenil. Aqueles onde a protagonista é uma garota com o corpo de Manequim de longos cabelos loiros e olhos claros. Aqueles onde tem sempre um garoto popular que quando passa pelos corredores da escola arranca suspiros das garotas que babam feito idiotas. Sabe? Bom com certeza você já deve ter assistido um filme parecido com esse, então deve levar em consideração que a garota loira namora o garoto popular – que quase sempre é um bom jogador de basquete ou o quarterback do time– E que essa mesma garota, tem uma personalidade um tanto detestável e sempre arranja alguém para implicar, que no caso é a protagonista da história a menina pouco atraente que tem uma paixonite secreta pelo tal garoto. Chega a ser engraçado o jeito que as coisas funcionam, porque no final todo mundo sabe que o jogo vira. Curiosamente o garoto se apaixona pela simplicidade da menina que sofre nas mãos de sua namorada e quem acaba sem ninguém é a loira. E todo mundo vive feliz para sempre em um mundinho cor de rosa, e blá.
Entretanto todo mundo sabe que na vida real isso não existe. E eu mais do que ninguém sabia disso, afinal eu vivia nesse filme. Quem dera eu fosse antagonista da história, me contentaria em pegar o papel de Regina George (Meninas Malvadas – 2004) como a loira má e sexy ou até mesmo o papel de suas comparsas. Mas não, eu nem de longe era ela. Se eu fosse Candy Heron ficaria mais do que contente, afinal eu aguentaria sofrer um pouquinho para depois ficar com um gato como Jonathan Bennett. Mas não, a única pessoa que eu me encaixava no papel era aquela figurante que aparece duas ou três vezes na mesma cena, vestindo a mesma roupa que o diretor só contratou para que a cena não ficasse tão vazia e sem ninguém.
Só que nós não estamos mais em 2004, e basear a minha vida em um filme de dez anos atrás seria um tanto inconveniente. Porque afinal, estamos na era em que ninguém é de ninguém. A era sem rótulos, onde procuramos manifestar as nossas indignações através de textos muito bem argumentados nas redes sociais ou em grandes marchas – ou passeatas – pelas ruas do mundo todo. Uma era onde toda opinião é válida seja ela bem-vinda ou não.
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Autor(a): Nath
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).