Fanfic: My world was always you ( portinõn) finalizada | Tema: Rebelde
"Uma gota no oceano, uma mudança no tempo. Eu estava rezando para que você e eu pudéssemos ficar juntos. É como desejar a chuva enquanto eu estou no meio do deserto, mas estou te segurando mais perto do que nunca porque você é meu paraíso..."
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– Tem certeza de que não quer? - Franzi as sobrancelhas jogando mais jujubas na boca.
Anahí revirou os olhos pelo espaço à nossa volta. A festa pós show estava no minimo animada demais, Zoraida já havia se perdido por entre as meninas que estava no local e a Anahí estava inquieta ao meu lado. Soltei um gemido de satisfação encontrando um recipiente com trufas de chocolate no camarim. Maite ainda estava trancada dentro do pequeno banheiro trocando o figurino do show por roupas mais simples.
Nos viramos quando escutamos a porta ser aberta encontrando a loira usando um vestido cinza, o de lantejoulas pendurado em um dos braços. Parou olhando estranhamente para nós duas que ainda à encarava.
– O que foi? - Olhou para o próprio corpo tentando achar algo de errado me fazendo sorrir.
– Até que em fim. - Anahí resmungou. - Pensei que tinha morrido aí dentro. Segura pra mim, Dul?
Peguei o copo estendido em minha direção sentindo o cheio da mistura do refrigerante com energético. Maite observou Anahí entrar no banheiro antes de voltar sua atenção para mim com os olhos inquisitores, dei de ombros buscando uma das trufas que havia encontrado.
– Eu já disse o quanto quero ir pra casa? - A morena se arrastou até o sofá branco deixando ali o vestido e pegando a bolsa.
Acenei com a cabeça dando mais uma mordida na delícia de chocolate em minhas mãos. Dali pegariamos um voo para a Argentina e só Deus saberia quando voltariamos para casa.
– Não, ucher. Me coloca no chão. - Soquei levemente as costas do garoto que me girava em seus ombros.
Respirei fundo passando as mãos pelo cabelo assim que me vi em terra firme, Cristopher piscou um dos olhos para mim antes de pegar Maite no colo e sair correndo.
– O que esse menino tem?
Olhei para meu lado encontrando o perfil bonito da irmã de Anahí, os braços cruzados sobre o busto, a aparência séria. Os olhos cor de mel estavam estreitos olhando para frente, os cabelos castanhos levemente dourados dando o volume perfeito.
– Álcool no sangue. - Levei a mão direita à minha têmpora a massageando sutilmente. - O que foi? - Ergui uma das sobrancelhas notando a sobriedade da garota. - Se conheço você a essa hora já estaria dançando em cima da mesa. - Vi os lábios carnudos tremerem em um sorriso me fazendo sorrir divertida.
– Estou tomando conta da sua amiga. - Soltou os braços se voltando para mim.
– Perdão? - Quase gargalhei da frase que a Marichelo havia acabado de falar. - Você? Tomar conta da Anahí? Em plena festa? - Me certifiquei de que tinha entendido tudo direitinho.
– Eu sou responsável. Pare de me tratar como uma retardada. - Soltou indignada me fazendo de fato gargalhar.
– Tudo bem, desculpa. - Tentei me controlar ainda soltando risos secos.
Notei o rosto de Mari ficar preocupado enquanto olhava para um grupo de pessoas mais à frente, Anahí sorria e dançava com alguns dos músicos. Torci a boca sentindo uma estranha sensação na boca do estômago. Era impressão minha ou ela estava flertando com um dos guitarristas?
– Você viu se ela bebeu alguma coisa? - A voz de Marichelo ao meu lado me tirou da bolha que estava me envolvendo.
– Hã.. Não. - Uni as sobrancelhas. - É só o segundo copo misto que ela está tomando. Por quê?
– É só olhar. - Apontou para o grupo novamente, Anahí estava completamente solta no meio deles.
– Ela só está se divertindo, Mari. O que tem demais? - Cruzei os braços olhando para a garota ao meu lado.
– Não sei. - Suspirou. - Vou chamá-la pra ir embora. Já está tarde.
Acompanhei com os olhos descrentes Mari se deslocar do meu lado para chegar ao outro lado da sala, algumas pessoas me rodearam puxando conversa mas hora ou outra lançava um olhar para as duas irmãs conversando. Anahí havia cruzado os braços e escorado na parede revirando os olhos escutando o discurso que a mais velha fazia.
Me distraí por alguns instantes com a conversa ao meu redor, mas logo um braço circulou minha cintura me puxando para um pouco mais longe do grupo de pessoas.
– O que foi, Mari? - Olhei para a aparência irritada de Anahí.
– Pode por favor falar pra Anahí que amanhã temos que pegar um voo cedo e que precisamos ir embora? Já tentei falar com ela, mas aparentemente a festa está boa demais. - Franzi o cenho prestando atenção no jorro de palavras que saía da boca de Marichelo.
– E o que eu tenho haver com isso? Por que vocês nunca combinam nas festas? - Disse perturbada com a situação. - Quando não é você, é ela. Por Deus, vocês duas não dão o braço a torcer. - Quase gruni.
– Vai lá falar com ela. - Me empurrou na direção que Anahí em questão estava. - Ela só te escuta.
Soltei um suspiro cansado enquanto dava alguns passos em direção a risada gostosa de Anahí. Sorri para os dançarinos que implicavam comigo enquanto empurrava discretamente Anahí para um canto mais afastado. Olhei em volta do ambiente antes de perceber que Anahí havia entrelaçado seus dedos nos meus. Ameacei puxar a mão, mas ela firmou o aperto me fazendo desistir. Levou o copo vermelho aos lábios rosados enquanto me olhava enigmaticamente em espera.
– Qual o seu problema com a sua irmã? - Estreitei os olhos enquanto balançava nossas mãos unidas em nosso no meio.
– Ela quer ir pra casa. - Fez pouco caso levemente impaciente. - Não quero ir pra casa. Todas as vezes que ela quer ficar eu fico, por que que justo hoje que estou me divertindo ela quer acabar com minha festa? Porque estou ganhando mais atenção que ela? - Bufei para a infantilidade que se desdobrava à minha frente.
– Você tem um voo reservado pra Argentina às seis da manhã. E supostamente eu também. Já passou da meia noite e você não quer ir pra casa. Que horas pretende dormir? Que horas pretende ir para o aeroporto? - Me aproximei com a voz controlada e firme, seu rosto suavizou a expressão prepotente. - Mari não está com inveja ou sei lá mais que besteira você está imaginando. Ela quer que você vá para casa porque terá um dia exaustivo, você sabe disso. - Olhei em volta me certificando de que havia mantido o tom baixo.
Vi os olhos de Anahí tremerem levemente antes de abaixarem fugindo dos meus. Engoli em seco aguardando uma resposta, mas a garota ainda parecia pensar. Os olhos bem marcados pelo delineador estavam levemente avermelhados, por baixo da carregada maquiagem dava pra notar as sutis olheiras. O cabelo loiro e gracioso estava cada dia mais longo. Apertei a mão que segurava chamando sua atenção lançando um olhar curioso.
– Está bem, eu vou embora. Vocês são muito insuportáveis. - Respondeu com um falso mau humor me fazendo sorrir divertida.
– Você nos ama. - Apontei convencida a fazendo revirar os olhos.
– E vocês se aproveitam. Só vou me despedir do pessoal, tudo bem?
Acenei rapidamente antes de deixá-la sozinha. Parei ao lado de Mari ganhando completamente sua atenção.
– E então?
– Ela está se despedindo e já vai. - O suspiro alto da professora de dança chegou aos meus ouvidos.
– Obrigada, Dul. - Esfregou a testa.
– Ela está bem mal humorada. - Comentei. - Ainda bem que não passarei a semana colada nela. - Os olhos arregalados em minha direção me fizeram rir.
– Vamos? - anahi parou ao nosso lado.
– Tchau, Dul. - Mari se inclinou me abraçando firmemente. - Feliz aniversário adiantado caso não lhe encontre mais. - Senti o beijo carinhoso ser depositado em minha bochecha antes de se afastar.
– Obrigada. - Sorri sincera.
– Você vai ficar? - Olhei para Anahí que aguardava minha resposta um tanto quanto ansiosa.
– Vou. meu pai já deve estar chegando.
– Hum, okay. - Se aproximou dando um beijo demorado em meu rosto antes de me abraçar com força.
– Se cuida. - Sussurrei entre os cabelos loiros pouco antes do corpo pequeno se afastar e ir embora.
**********
Joguei a cabeça para trás suspirando logo após a esfera laranja bater na tabela e não atravessar o aro, era a quinta vez consecutiva. Os tímidos pontos brilhante ajudavam a lua cheia a iluminar a cidade. Olhei em direção ao som compassado da bola quicando no chão, meu pai a driblava com facilidade. A bola quicou uma vez em minha frente com o passe picado e me vi com a esfera em mãos novamente.
– Desiste, pai. Hoje não é meu dia. - A joguei preguiçosamente de volta para meu pai que me olhava entediado.
Cruzei os braços observando o homem alto brincar com a bola, parecia um menino travesso. Com um salto não muito alto conseguiu enterrar a bola na cesta voltando a driblá-la. Estávamos no quintal, a água na piscina refletia o céu noturno estrelado, o refletor intenso iluminava toda a área a nossa volta. Minha mãe havia se perdido dentro da casa e a última vez que havíamos nos falado estava indo tomar um banho. O ar estava abafado, uma brisa fresca deixava o ar mais leve.
– O que foi, princesa? - Vi meu pai se aproximar com uma das mãos na cintura, o notei arfando.
– Acho que alguém está ficando velho. - Soltei uma risada com o olhar de soslaio que ganhei.
– Vamos aproveitar que sua mãe não está aqui e conversar? - Olhou para o céu evitando contato visual, arrastei o pé no chão soltando um muxoxo. - Preocupada?
Minha relação com meu pai eram bem saudável. Nós não precisávamos dizer o que estava se passando para o outro falar as palavras certas, mas eu não queria escutar verdades naquele momento.
– Por que estaria? - Encolhi os ombros.
– Porque você errou cinco arremessos, porque você não está correndo atrás da bola e porque eu sei ler seus olhos. - Sua atenção caiu sobre mim. Soltei um suspiro largando os braços e pegando a bola de basquete de sua mão.
– Estou pensando em quarta. - Driblei algumas vezes cedendo a deixa.
– Não foi boa a reunião de hoje? Você parecia bem feliz. - Anunciou a voz firme.
Me lembrei da tarde divertida que tive com meus amigos da cidade, o elenco da novela com a equipe da banda. A pequena festa havia sido divertida, adorava estar na companhia daquelas pessoas, mas a questão não era essa.
– Sou tão boa em fingir que poderia ter uma carreira agindo como outra pessoa. - Dei de ombros girando a bola no dedo.
Escutei um suspiro lento e impaciente do homem à minha frente.
– Anahí ou Maite? - A pergunta fez a bola cair, a quiquei rapidamente para segurá-la.
– O quê? - Perguntei surpresa.
Na verdade meu coração estava se matando de saudade da primeira citada, não havíamos tido muito tempo antes de Anahí sair em viajem e os poucos minutos no telefone me deixava aflita.
– Está preocupada com qual das duas? Elas não vinheram, certo? - Meu pai cruzou os braços na altura do peito forte e largo.
– Nenhuma das duas. Eu sabia que não viriam, estão atarefadas assim como estarei a partir de amanhã. - Resmunguei batendo a bola contra o chão com violência.
– Isso não lhe agrada?
– No dia do meu aniversário? - Um riso seco e sem graça escapou de minha garganta. - Não muito, mas entendo.
– Você está crescendo. Está adquirindo mais responsabilidade. - Comentou enquanto se encaminhava para se posicionar debaixo da tabela novamente. - Vamos, tente de novo.
– Pai... - Segurei a bola entre as mãos olhando de maneira suplicante para o homem.
– Arremesse. Coloque todos os seus desejos nela. - Ri do meu pai.
– E todos eles se realizarão se eu acertar? - Debochei.
– Não. - Colocou as mãos na cintura. - Você só estará se empenhando mais em acertar.
Estreitei os olhos em sua direção, como é que não havia mais pessoas como meu pai? Eramos tão parecidos que assustava, entretanto a criação deveria ter seus efeitos. Driblei duas vezes antes de saltar e lançar a esfera em direção à tabela novamente. A curva foi perfeita e a passagem dela pelo aro convertendo a cesta também.
– Isso! - Vibrei correndo atrás da bola. - Ao menos uma.
– Você não iria sair em viajem sem fazer uma cesta. - Bufou se aproximando. - Melhor?
– Sim, obrigada. - Sorri me enterrando no peito do grandalhão, ouvi passos se aproximarem.
– Pequena. O que faz por aqui?
Um arrepio gostoso percorreu minha espinha, me afastei do corpo do meu pai me virando em direção à figura que se aproximava. Os olhos intensos e o sorriso fácil nos lábios. Engoli em seco ao notar o vestido preto que usava, simples e sensual, exatamente como a dona. Os braceletes, argolas e o cordão dourado lhe caíam como uma luva, alguns fios da franja loira lhe caindo aos olhos bem marcados pela maquiagem escura.
– Oi. - Cumprimentou assim que parou à nossa frente, um sorriso bobo devia estar pregado em meu rosto.
– Blanca abriu para você? - A voz do meu pai me fez desviar a atenção do rosto da garota.
– Sim, disse que estavam aqui.
– Veio sozinha? - Os olhos azuis caíram em minha boca me fazendo estremecer levemente.
– Não. - Ponderou me encarando. - Mari está lá dentro. - O tempo pareceu parar a nossa volta, o oxigênio ficando cada segundo mais escasso.
– Vou entrando então. Não demorem. - Olhei para o meu pai impossibilitada de responder.
– Pode deixar. - Anahí respondeu com um sorriso largo.
Observei o homem lançar a bola na cesta e sumir em direção a casa antes de me virar para Anahí, prendi a respiração ao encontrar uma das sobrancelhas perfeitas erguida, sua expressão misteriosa. O canto dos lábios rosados erguido em um meio sorriso presunçoso.
– Pensei que estaria com sua família. - Umedeci os lábios secos, os olhos azulados correram pela área a nossa volta.
– Pensei que me daria um abraço quando aparecesse na sua frente. - Encolheu os ombros me fazendo soltar o ar preso em meus pulmões.
A puxei para meus braços sentindo o corpo quente se chocar com o meu, depositei um beijo no rosto pálido antes de me esconder entre os cabelos que cobriam o pescoço tentando controlar as batidas descompassadas dentro de meu peito.
– O que está fazendo aqui? - Minha voz saiu abafada.
– Vim trazer seu presente.
O anúncio me fez soltar o corpo e me afastar para olhá-la, o sorriso fácil e a sobrancelha arqueada mais uma vez. Aquela expressão fazia pequenos choques correr pela base de minha coluna e uma reviravolta gostosa aparecer em meu ventre.
– Presente? - Limpei discretamente a garganta ao notar que minha voz havia saído rouca.
– Vamos entrar? - Sugeriu com um sorriso de lado.
– Hum.. - Cruzei os braços estreitando os olhos para Anahí. - O que é que você está aprontando?
Um riso curto lhe escapou enquanto caminhavamos em direção a casa.
– Fico surpresa que ainda não tenha imaginado.
Entramos na sala encontrando Mari e minha mãe conversando. Anahí pegou a bolsa no sofá me puxando em direção a escada, me conduziu para dentro de meu próprio quarto. Entrei já me jogando na cama.
– Você vai voltar para casa dos seus avós? - Perguntei com pesar.
– Vou. - Senti o colchão ceder.
– Quarta? - Perguntei inutilmente.
– Não. - Torci a boca ouvindo a resposta presumida. - Levante-se, quero entregar seu presente.
Me sentei ainda chateada pelo fato de passar o dia festivo longe dela. Anahí abriu a bolsa retirando de lá uma caixa retangular de veludo preto. A olhei confusa.
– Presente número um. - Sorriu fraco.
Olhei surpresa para a caixa que havia sido aberta diante de mim. A pulseira prata era fina e bem trabalhada, sua extensão era toda decorada com cristais delicados, a pulseira em si era extremamente delicada. Soltei um riso fraco observando anahi puxar o acessório da caixa e colocá-lo em meu pulso.
– Perfeito. - Escutei sua voz. - Sabia que combinaria com você. - Sorriu sapeca. Engoli em seco tentando dizer algo.
– Obriga..
– Não. - Me cortou deixando a caixa de lado mergulhando a mão na bolsa novamente. - Não me agradeça ainda. - Vi surgir dali um pequeno embrulho verde que foi estendido para mim. - Presente número dois.
O peguei com delicadeza sentindo o material duro e julgando pelo formato do embrulho só poderia ser uma coisa: CD. Abri o plástico brilhoso correndo os olhos pela perfeição da capa. A caligrafia delicada e charmosa na cor rosa, o rosto que me acompanhava desde criança. Deveria ter imaginado que me traria o álbum antes do lançamento.
– Obrigada. - Meu sorriso era largo, desviei a atenção para o rosto que me retribuía com brilho nos olhos.
– Presente número três. - Ergueu a sobrancelha. - Abra e leia o agradecimento destacado.
O abri puxando o encarte, corri os olhos por cada página. Cada foto mais linda que a outra, mas já conhecia todas. Até que cheguei ao fim, o marcado em verde florescente me atraindo a atenção. Em cada palavra um palpitar mais forte dentro de meu peito.
"...E um de vocês eu amo e amarei incondicionalmente. Apesar de não podermos parar o mundo... Eu posso prometer que você vai ter o meu coração para sempre. Obrigado por ser a melhor inspiração para fazer este álbum."
Sorri ainda mais largo com a visão ficando embaçada. Coloquei o CD de lado pulando no pescoço da garota em minha frente distribuindo vários beijos por seu rosto.
– Você não existe! - Me afastei para voltar a me sentar. - Obrigada, muito obrigada. É tudo lindo, muito lindo. Eu não sei o que falar. Eu...
Coloquei os cabelos para trás da orelha aos suspiros observando Anahí morder o lábio inferior escondendo o sorriso.
– Não precisa agradecer, só queria te ver feliz. Presente número quatro... - Franzi o cenho, havia mais presentes? Anahí sorriu marota, os olhos ficou escuros descendo para meus lábios. - Na verdade, o número quatro é meu. - Confessou se aproximando.
Fechei os olhos sentindo a boca carnuda capturar a minha com carinho, saudade e volúpia. Um suspiro misto quando a língua abriu passagem por entre meus lábios conseguindo encontrar com a minha no meio do caminho. Os choques na base de minha coluna piorando gradativamente. Anahí inclinou o corpo em minha direção me fazendo deitar na cama arrumada, as mãos firmes apertando e alisando minha cintura, o beijo se tornando mais faminto, o ar a nossa volta ficando cada vez mais quente. Meu peito arfante enquanto tentava puxar o oxigênio pelo nariz, o cheiro que exalava da garota deitada sobre mim entorpecendo meus sentidos, minha mão indo parar em sua nuca puxando levemente os cabelos lisos.
As mãos macias e frias tocaram minha pele por baixo da camiseta me fazendo buscar mais contado, mas anahi parecia determinada demais em não me deixar fazer muita coisa. Senti as caricias descerem pelo meu quadril chegando a coxa, o leve aperto me instigou a buscar sua língua com um pouco mais de afinco. A pressão exercida sobre mim ficando mais forte, senti minha boca ser abandonada recebendo uma mordida leve no queixo antes de beijos e mordiscadas torturantes serem distribuídos ao longo de meu pescoço, o lóbulo de minha orelha sendo sugado com maestria me fazendo apertar a cintura fina coberta pelo tecido do vestido. O hálito quente batendo em minha pele, o peito ofegante acompanhando a movimentação acelerada do meu.
Estava difícil pensar em algo coerente, a boca se fechou em meu pescoço arrastando os dentes pela carne sensível. O som abafado da música eletrônica me chegou aos ouvidos, mas tudo foi esquecido quando Anahí subiu o rosto me beijando a boca com mais intensidade. Mordi seu lábio superior a colando mais em mim, não queria perder o contato, suas mãos apertando e afagando toda extensão lateral de meu corpo.
O som do celular ficando cada vez mais alto e irritante. Notei que perdíamos a profundidade, Anahí acariciou meu rosto aplicando um beijo singelo sobre meus lábios antes de se levantar e se sentar na beirada da cama para atender ao celular. Eu não sabia se agradecia ou se amaldiçoava a pessoa que havia esfriado o momento.
– Fala. - O tom impaciente ao atender a ligação me fez sorrir. - Eu não sabia que havia hora certa pra chegar aí. - Me escorei na cabeceira observando Anahí com uma careta entediada. - Eu disse que iria, não disse? Daqui a pouco estou chegando. - Suspirei sabendo que a garota iria embora. - Tudo bem, quando a gente chegar eu ligo. - Pausa. - Tchau.
Anahí largou o celular sobre a cama suspirando ao olhar pra mim. Era até engraçado se parassem para reparar cada uma em uma extremidade da cama.
– Quem era? - Perguntei com a voz manhosa e inocente.
– Pedro. Ele veio junto com a gente e está esperando para sairmos. - Torci a boca conformada. - Vem comigo. - Ponderei um segundo pensando na proposta.
– Não dá, amanhã tenho que viajar cedo e minha mãe tem que conversar comigo. Você sabe, agendas.
– Sei. - Suspirou se levantando e se aproximando de mim. - Vem.
Peguei a mão estendida em minha direção com a intenção de me ajudar a levantar.
– Promete que vai me ligar e dizer como anda as coisas? - Perguntei enquanto a garota passava os braços por minha cintura.
– Sim, e você cuidado.
Acenei rapidamente antes de beijar os lábios a minha frente, uma dor estranha se apossando do meu peito por saber que iriamos nos distanciar mais uma vez. Senti os braços me apertarem contra o corpo quente em um ato possessivo, sorri no beijo antes de me afastar da boca suculenta e encostar nossas testas encarando os olhos azuis profundos.
– Eu não vou sumir, Anahí. - Assegurei entendo os sentimentos da outra.
– Promete? - Perguntou infantil fazendo meu coração de dolorido passar para quente.
– Prometo. - Sorri fraco. - Eu sou sua.
Autor(a): portisavirroni
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 5
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fernandaayd Postado em 06/03/2018 - 14:30:21
Já acabou?? Que pena, pois essa foi uma das melhores histórias que já li. E de alguma forma me ajudou muito. Obrigada pela dedicação e vc escreveu tudo com o coração, pq dar pra sentir isso em casa capítulo. Parabéns por tudo★
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fernandaayd Postado em 28/02/2018 - 17:41:23
Será que a Dul, vai falar para Anie sobre a depressão? ?
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candy1896 Postado em 25/02/2018 - 20:44:37
Continuaa, que não aconteça nada de ruim com Dul.
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fernandaayd Postado em 09/02/2018 - 14:16:33
Estou acompanhando e você escreve muito bem, parabéns! E que bom que você sempre posta.
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Lorahliz Postado em 31/01/2018 - 21:07:49
To acompanhando sua fic e to amando!!! Posta mais...o cap 7 tá dando erro!!