Fanfics Brasil - Capítulo 13 My world was always you ( portinõn) finalizada

Fanfic: My world was always you ( portinõn) finalizada | Tema: Rebelde


Capítulo: Capítulo 13

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"Sortuda, pois estou apaixonada pelo meu melhor amigo. Sortuda por ter estado onde estive. Sortuda por estar voltando pra casa novamente..."


***************


Deixei um riso baixo escapar ao ver meu pai passar correndo em minha frente com Clarinha no colo, a pequena pedia para colocá-la no chão em meio às risadas.


– Está me ouvindo?


Limpei a garganta trocando o peso do corpo para a perna direita e voltando à seriedade quando a voz do garoto me chamou do outro lado da linha telefônica. Havia me entretido com o homem e a garota se divertindo pela sala e acabei me desligando da conversa que estava tendo através do aparelho celular.


– Sim, José. Me desculpe, é que meu pai está implicando com a minha sobrinha. - Cruzei os braços me virando para a janela mirando o céu azul.


– Ah, sim. Me diga uma coisa, quando você voltar tem como a gente se encontrar?


Torci a boca olhando para meus próprios pés. Pee era uma boa pessoa, gostava e me divertia muito na companhia dele, mas as investidas me deixavam um tanto quanto desconfortável.


– Eu não sei. Tenho uma pilha de compromissos e fica um pouco difícil de marcar alguma coisa. - Me desculpei sendo sincera.


– Bom, você tem meu número. Se estiver na cidade e querer fazer alguma coisa legal não hesite em me ligar.– Sorri fraco com a disposição do garoto.


– Eu ligo sim, pode deixar. - Ouvi um apito anunciando uma nova chamada. - Tenho uma chamada em espera. - Avisei ao garoto.


– Tudo bem, vai lá. E meus parabéns mais uma vez.


– Obrigada.


Me despedi rapidamente olhando para o nome da pessoa que me aguardava. Joguei o cabelo pra trás dando um meio sorriso.


– Oi. - Atendi já risonha.


– Feliz cumpleaños, mi amor.– A saudação veio animada.


– Ficou quantos dias ensaiando essa frase? - Mordi o lábio inferior.


– Seja educada e agradeça, principalmente por quase ter dado um nó em minha língua.– Gargalhei rapidamente.


– Obrigada. - Dei as costas para a vista que a janela me proporcionava e caminhei até o centro da sala. - Como está?


– Frustrada por estar tão longe justamente hoje.


– Mas eu também estou longe, acho que não me acostumarei com isso. Estava dando uma olhada na sua agenda. - Suspirei. - Você tem show no dia 20. - Disse com pesar imaginando que seria outra data comemorativa distante.


– Tenho?– A voz assustada me fez rir. – Mas que sacanagem.


– Bem vinda ao meu mundo. Não acredito que não sabia disso.


– Você sabe como sou extremamente interessada em agenda.– Ironizou. – Eu apenas faço o que me mandam.


– Feliz aniversário, Dul!– Sorri com a saudação da voz masculina um pouco afastada.


– Quem foi? - Perguntei divertida.


– Poncho. Eu tenho.. Ei, larga essa lata.– A voz pareceu não estar falando comigo, ouvi a reclamação desconexa do garoto.


– Vocês já estão no hotel?


– Sim. Chegamos essa madrugada. Alfonso está aqui entediado porque segundo ele, ainda estão faltando algumas pessoas do grupo.


– Que isso?– Escutei a voz esganiçada do garoto.


– Largue isso!– Anahí mandou autoritária e ofegante.


– Não. Espera?– Espalmei o mão esquerda na testa com uma risada engasgada na garganta já sabendo do que se tratava. Completou risonho.


– É, agora coloque os tênis onde os encontrou.– Notei o tom de riso.


– Não sabia desse seu lado romântico, Anazinha.– Escutei um estalo seco. – Ai! – A exclamação de dor vinda de Poncho me fez rir.


– Agora sai do meu quarto. – Disse mal humorada.


– Tenho pena de você, Dulce. – A voz de Poncho soou mais alto antes de uma porta bater.


– Pronto. Enfim sós.– Suspirou.


– Quando vocês volta? - Me sentei na poltrona observando minha mãe sorver um pouco de café, estava entretida com o notebook sobre a mesa.


– Ninguém me disse nada sobre voltar ainda.


– Onde estão sua irmã? - Joguei a cabeça pra trás a apoiando no encosto do estofado.


– Mari está assistindo televisão com a Aninha.. Hey, eu consegui chamar senhorita Megan pra ser tutora dela enquanto estamos longe de casa.– Sorri.


Apesar de já ter se casado e ter tido filhos, ainda chamávamos a adorável mulher de senhorita e ela amava isso. Megan havia acompanhado boa parte de nossos primeiros anos de aula em casa e saber que era com ela que a caçula estava tomando aulas me deixava com o peito inchado de felicidade e alívio.


– Senhorita Megan já deve ter se apaixonado pela minha princesa.


– Nossa princesa.– Corrigiu. – Como está seu dia? Ganhou muitos presentes? Ligações? Senhorita popular.– Soltei uma risada rouca.


– Alguns presentes e telefonemas sim. Cristian queria me levar no jogo de futebol, mas não dá tempo.


– Festa?– Soou curiosa.


– Que eu saiba não, mas você conhece minha família. - Fechei os olhos ouvindo a risada gostosa do outro lado.


– Okay, eu tenho que ir ver como está a aula da pirralha.


– Tudo bem, estou com saudades. - Confessei.


– Também.. – Disse em um tom baixo. – Tem uma coisa que quero enviar para você. É meu último presente.


– E como vai me enviar. - Abri os olhos os estreitando.


– Pelo celular, quando encerrarmos a ligação.


– Tchau então. - Gargalhei.


– Interesseira!– Exclamou antes de me acompanhar no riso. – Te quiero.– Meus lábios tremeram em um sorriso fraco, meu corpo se aquecendo inexplicavelmente.


– Descobriu?


– Aprendi.– Ouvi seu riso curto. – Parabéns pelo seu aniversário. Agradeço muito à Deus por você existir e por fazer parte da minha vida.


– Obrigada. - Assoprei com uma vontade louca de abraçá-la.


Encerrei a ligação correndo a mão pelo cabelo e soltando um suspiro lento. Olhei para o aparelho celular em minha mão, nem poder colocar uma foto dela no papel de parede podia. Alisei a tela que me mostrava o casal de cachorros da minha casa dormindo. Alguns segundos se passaram e então o celular apitou sinalizando a nova mensagem. Abri o arquivo multimídia que me foi enviado e sorri ao ler o nome do áudio:


**********


Bati os dedos sobre as cordas de aço contorcendo o rosto ao ouvir o som disforme que obtive. Mudei o acorde tentando ganhar um som mais limpo e harmonioso, mas o instrumento repousado em meu colo parecia me odiar. Resmunguei cruzando os braços sobre a caixa do violão escondendo o rosto ali. Já havia se passado pouco mais de uma semana desde o dia do meu aniversário e deste então parecia que meu peito sentia ausência de algo, me sentia incompleta, queria Anahí ali. Ela é Alfonso estavam longe por questões de propagandas por conta de seus personagens.


 


(O abajur deixava o aposento iluminado à meia luz, os poster colados pelas paredes e roupas espalhadas para todos os cantos. Pressionei os dedos contra as cordas sentindo as pontas doloridas pelo tempo que estava tentando, o som abafado e irreconhecível me fez choramingar. Era tão difícil? Parecia ser tão fácil e simples quando ela tocava o instrumento. Senti a temperatura quente exalar do corpo que se colocou atrás de mim, os braços me circularam e as mãos habilidosas repousaram em meus pulsos.


– Tenta isso. - A voz gentil e sussurrada bateu em meu ouvido junto com o hálito quente.


As mãos ajeitaram o violão sobre minha coxa o colocando em uma posição mais vertical e menos ingrime. A mão esquerda se pôs sobre a minha mudando de lugar meu polegar o colocando pressionado no braço de madeira.


– Aperte as cordas agora. - Fiz força prendendo o material de aço com uma careta. - Já está doendo?


– Um pouco. - Confessei flexionando as juntas dos dedos sem os afastar das cordas.


As mãos deslizaram pelo meu braço me segurando pelos ombros enquanto o queixo charmoso se apoiava em meu trapézio.


– Tenta agora. - Avisou com a voz sonolenta.


Corri os dedos pelas cordas ouvindo os sons se mesclando em um lindo acorde. Sorri largo com meu êxito e me virei para encarar a garota sobre meus ombros que me olhava divertida, os lábios carnudos revelando o sorriso satisfeito.


– Conseguiu. - Ergueu o canto dos lábios revelando a minima fissura entre os dentes superiores.


– Obrigada. - Soltei o violão em meu colo me recostando no peito de Anahí.


Sua mão esquerda foi em direção à minha novamente a guiando até a boca depositando um beijo sobre minhas unhas enquanto alisava as pontas de meus dedos com os seus.


– Agora, por favor, pode voltar pra cama pra eu conseguir dormir?


Deixei o instrumento de lado me inclinando para deitar sobre os travesseiros, recebi a loira em meu peito começando a lhe fazer um leve cafuné...)


– Quanto está a luta? - A voz grossa e divertida me tirou de minhas lembranças. - Pela sua cara o violão levou a melhor. - Sorri levantando a cabeça.


Olhei para a figura parada na minha frente, o sorriso brincalhão nos lábios e os olhos escuros me passavam inocência enquanto esfregava uma baqueta à outra. O corpo delgado vestindo uma simples calça jeans e uma blusa de manga listrada em preto e cinza, os cabelos negros e lisos revoltosos.


– Quatro à zero pra ele. - Resmuguei tentando segurar o riso. - Será que os dois ainda vão demorar?


– Já estão demorando, não acha? - Se sentou na cadeira à minha frente deixando as baquetas de lado e pegando o violão de minhas mãos. - Posso?


– Já pegou mesmo. Fazer o quê? - Resmunguei o fazendo sorrir.


O dedilhar leve me fez fechar os olhos e apoiar as costas no descanso da cadeira, os braços cruzados levemente sobre o abdome. Estava cansada, exausta para dizer a verdade. E só de pensar que dali do estúdio eu teria que ir fazer prova de figurino para me deixava atônita. Estávamos ali exclusivamente para gravar minha voz, todos os instrumentos já haviam sido reunidos, faltava apenas a letra. Eddy um dos nossos músicos da banda, havia viajado para resolver um problema familiar, então ali estava Guido para me acompanhar nos momentos de tortura à falta de comida.


– Será que a gravação ficou boa para eles? - Olhei para o guido..


– Provavelmente. - Deu de ombros. - Quer ir pra casa logo? - Me olhou enquanto continuava a melodia.


 


– Quem me dera. Ultimamente não tenho tido tempo nem para respirar. - Soltei o ar pesado e engasguei em um riso rouco ao notar a música que tocava. - Pare de tocar isso! - Gargalhei com ele tocando a música que tínhamos repetindo a manhã inteira.


– Estou puxando saco de uma das minhas chefe. - Piscou um dos olhos me fazendo rir ainda mais.


– Você não presta, Guido. - Balancei a cabeça vendo o rapaz colocar o instrumento no pedestal ao seu lado.


– Mas fiz você sorrir. - Deu um sorriso de lábios fechados me fazendo dar um em agradecimento.


Vi minha mãe atravessar a porta da pequena sala junto com Pedro, Cristian e Maite acompanhando os dois.


– Vamos almoçar? - Minha mãe olhou para mim.


– Por favor. - Me levantei em um salto. - Tchau, pessoal.


*************


– Não! Você não está se concentrando.


Joguei a cabeça para trás e gruni com as palavras de Ninel. Era a sétima vez que repassávamos a cena e minha amiga dizia estar errada. Olhei para o roteiro em minhas mãos esfregando o cenho com o indicador. Por que ela dizia estar errado?


– Por que está errado? - Uni as sobrancelhas olhando para a Ninel.


Ela voltou algumas de suas folhas correndo os olhos pela escrita.


– Não entendo o porque de não estar conseguindo. É uma reação clássica da Roberta. - Franziu o cenho. - Está tudo bem? Está com fome? - Olhou para mim preocupada me fazendo sorrir.


– Não. Eu estou bem. - Abaixei os olhos para o papel ainda risonha. - Você que está me perseguindo. - Selei os lábios um no outro observando o olhar duro de Ninel sobre mim.


– Olha lá como você fala comigo, mocinha. - Pôs as mãos nos quadris.


– Sim, senhorita Alma - Gargalhei quando a mulher a minha não conseguiu mais segurar o riso.


– Vamos acabar logo com isso. - Me deu um leve tapa no ombro antes de voltar a atenção para a folha entre as mãos.


Repetimos a cena mais algumas vezes antes de Ninel achar que estava bom o suficiente e até que aquele momento chegasse, me perguntava onde estava o resto da equipe para me salvar da personificação de perfeccionismo à minha frente.


– Foi? - Perguntei esperançosa, meus olhos brilhando pronta para comemorar.


– Agora sim. Bueno, senhorita Pardo - Alisou meu queixo me arrancando um sorriso largo.


O toque conhecido do violão me fez estalar o pescoço para o aparelho celular esquecido sobre a mesa. Senti um choque correr por meu corpo e uma sensação gostosa na barriga por saber à quem pertencia o toque musical. O peguei em velocidade e antes mesmo da voz entrar na música apertei o botão para aceitar a chamada.


– Anie? - Perguntei ansiosa esquecendo-me momentaneamente de Ninel.


O som de risada e gritos ecoaram através do aparelho, mas não me veio resposta alguma. Franzi o cenho prestando atenção ao que falavam do outro lado da linha.


– Me dá isso aqui, Poncho, seu idiota!!– Ouvi a voz firme e séria de Anahí parecendo distante.


– Dulce, como você está?– Reconheci o de Poncho falando comigo.


– Oi, Poncho. O que... - Pausei erguendo as sobrancelhas ao escutar alguma coisa caindo no chão.


– Devolve!– A voz fina e alta de Anahí parecia um pouco mais perto agora.


 


– Não!– A risada gostosa e ofegante do garoto me fez querer rir também.


– Alfonso Herrera!– Anahí rosnou muito mais perto, paralisei escutando a guerra do outro lado.


– Não!– A voz do Poncho saiu grossa e gritada me fazendo afastar momentaneamente o celular da orelha.


– Me dá o celular! seu caipira!– Soltei uma risada ao escutar a histeria de Anahí ao longe. Chamando poncho de caipira.


– O que você está fazendo, poncho? - Perguntei desconfiada.


A resposta não veio. Ao invés disso ruídos estranhos ficavam muito mais altos, os gritos e gargalhadas antes de um estrondo maior silênciar parte da barulheira. Estreitei os olhos tentando entender o que acontecia.


– Alfonso, abra essa porta e me devolva o celular agora! Ou eu juro que não existirá nenhum herdeiro pra vc ter pra deixar seus bens.


A risada contida do garoto chegou aos meus ouvidos enquanto parecia que alguém tentava destruir alguma coisa. Olhei para Ninel que havia se sentado no pequeno sofá branco da sala a qual nos encontrávamos.


– O que está acontecendo aí, Poncho? - Perguntei curiosa demais.


– Você está no banheiro comigo.– Comentou risonho.


– E por que tudo isso? - Tentei controlar as risadas.


– Estávamos conversando e acabamos falando sobre você. Você sabe, saudades. – Sorri com o tom indiferente do Poncho. – Anahí deu bobeira com o celular, eu peguei e liguei pra você. Acho que ela não gostou muito.– Mais barulhos altos contra madeira.


– Devolve o celular dela, seu caipira chato.– Ouvi a voz grossa .


– Wou! Acho que agora você tem um problema. - Gargalhei imaginando a cara do garoto.


– Poncho, é sério. Eu quero falar com ela antes de ir.– Sorri fraco sentindo o coração acelerar com a voz manhosa.


– Devolve o celular, Poncho. Eu sei que você me ama, mas o celular é dela. Depois você me liga.


– Está bem. Até a próxima, caso eu saia vivo daqui.– Uma risada gostosa saiu de minha garganta.


– Até a próxima, dramático.


A voz do garoto sumiu dando lugar à uma série de sons distintos.


– Nunca mais faça isso.– Ouvi Anahí dizer com um tom de riso na voz séria. – Dulce?


Um sorriso largo tomou meu rosto enquanto tentava conter a gargalhada por achar engraçado a mudança no tom de voz. O irritado se tornando manso.


– Duldul. - Ecoei para a garota fazendo a risada fraca chegar aos meus ouvidos. - Qual o problema? - Me joguei no sofá ao lado de Ninel enquanto ria.


– Acho que o Poncho deve ter beijado na boca porque está muito elétrico, não me deixa quieta!– A falsa indignação chegou à mim praticamente limpa enquanto a conversação envolta ficava cada vez mais baixa.


– Contanto que não tenha sido você, por mim tudo bem. - Ri do muxoxo alto vindo do outro lado. - Hey, tem uma pessoa aqui comigo. - Me apoiei no ombro de Ninel apertando o botão do viva voz.


– Quem é?


– Seja educada e diga "Oi" para sua mãe. - Segurei o celular entre mim e a mulher ao meu lado.


– Qual delas?– A voz esganiçada fez eu e Ninel sorrir.


– A mais bonita e legal. - Ninel respondeu arrancando uma risada gostosa de Anahí.


– Olá, mamá! Estou com saudades.


– Daqui dois meses você enjoa da minha cara novamente. - Soltei uma risada olhando a expressão indiferente da mulher.


– Isso porque ela diz amar a gente. - Disse para o aparelho à minha frente.


– Ela ama.– Respondeu risonha.


– Amo mesmo. - Sorriu me puxando para seu peito afagando meu cabelo.


– Vocês voltam a gravar quando?


– Não sei ao certo. Quando foi que chamaram você, Ninel?


– Setembro. E você? Já começou a ensaiar? - Ninel respondeu calmamente.


– Sim. Hey Dul, ontem comecei a ensaiar as coleografias das músicas do novo cd– Sorri com a animação da voz.


– Que ótimo! Maitê ontem mesmo estava comentando sobre as novas coleografias.


– Não, só ela mesmo.— Eu acabei rindo com a resposta de Anahí.


– Novidade. - Ninel resmungou me arrancando uma risada.


– Vai deixar ela zoar você? - Perguntei risonha.


– Não posso desmenti-la.– Gargalhou provocando o mesmo em mim e na mulher ao meu lado. – Bom meninas, tenho que desligar o poncho telefonou em uma hora um pouco apertada para mim, estou indo pra começar a gravar.


– Boa sorte. - Falamos em uníssono.


– Obrigada. Amo vocês.


*************


Estávamos terminando a gravação e só faltava uma fala minha para o diretor dizer "Corta". Rolei os olhos para longe de Ucher que terminava de dizer suas palavras memorizadas e encontrei a silhueta ao lado da cadeira do diretor. Dois segundos para olhar os brilhantes olhos azulados e o sorriso largo na boca vermelha. Ignorei a felicidade que me tomou permanecendo com a postura entediada e debochada da minha personagem Roberta que interpretava. Ali era minha área, minha brincadeira preferida. Proferi meu texto calmamente de maneira debochada.


– E corta! - Ouvi a voz de Pedro enquanto os atores se dispersavam.


Continuei com o ar seguro e superior. Andei até a loira reparando na vestimenta despojada: Jeans, All Star e jaqueta de couro por cima da regata branca.


– Hum.. E aí, Anahí. - Ergui o queixo em um aceno indiferente parando na frente da garota.


– Olá, Roberta - Ergueu uma sobrancelha umedecendo os lábios e me olhando de uma maneira sexy e divertida.


Me despi da máscara que usava me pendurando no pescoço de Anahí. A apertei bem à mim me certificando de que era real, os braços firmes me abraçando fortemente, o calor do corpo pequeno sendo transferido para o meu.


– Eu não vou sumir, Dulce. - Sorri me afastando do abraço.


– Acho bom.


Encarei o rosto perfeito e sereno, o sorriso brilhante que lhe era característico. O vazio em meu peito sendo automaticamente preenchido, a sensação de estar completa. Minha outra metade finalmente havia voltado.



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Autor(a): portisavirroni

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • fernandaayd Postado em 06/03/2018 - 14:30:21

    Já acabou?? Que pena, pois essa foi uma das melhores histórias que já li. E de alguma forma me ajudou muito. Obrigada pela dedicação e vc escreveu tudo com o coração, pq dar pra sentir isso em casa capítulo. Parabéns por tudo★

  • fernandaayd Postado em 28/02/2018 - 17:41:23

    Será que a Dul, vai falar para Anie sobre a depressão? ?

  • candy1896 Postado em 25/02/2018 - 20:44:37

    Continuaa, que não aconteça nada de ruim com Dul.

  • fernandaayd Postado em 09/02/2018 - 14:16:33

    Estou acompanhando e você escreve muito bem, parabéns! E que bom que você sempre posta.

  • Lorahliz Postado em 31/01/2018 - 21:07:49

    To acompanhando sua fic e to amando!!! Posta mais...o cap 7 tá dando erro!!


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




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