Fanfic: Um novo começo, uma nova eu! | Tema: Greys Anatomy

Não, não feche os olhos você precisa ficar aqui, você ainda não viveu, ainda não amou... por favor, não feche os olhos, eu te imploro, Karev! 

O que aconteceu ? eu não enxergo nada, a fumaça, o cheiro, tudo se tornou tão confuso e eu só me lembro de sentir suas mãos firmes em meu corpo, me lançando ao chão. Aonde estão o Alex e a Elena? as pessoas estão gritando, tento gritar, mas acho que ninguém me ouve... eu estou morta? 

Bailey- MAS QUE BARULHO FOI ESSE ? Escuto o barulho da explosão, vejo as pessoas correndo e vou até o laboratório. De longe já se via a fumaça, não podiam abrir a porta por causa dos produtos tóxicos!  O que aconteceu aqui? tem alguém lá dentro? pergunto ao enfermeiro  e ele diz que houve uma explosão, mas que ninguém sabe o porque, mas que já havia acionado os bombeiros e o esquadrão anti bombas.  Me desespero. TEM MÉDICOS LÁ DENTRO, VOCÊS PRECISAM FAZER ALGO! PORQUE ESTÃO TODOS PARADOS? Meus olhos enchem de lágrimas ao notar a cara do enfermeiro.  POR FAVOR FAÇAM ALGUMA COISA VOCÊS NÃO PODEM FICAR AQUI PARADOS! tento entrar na sala mas o enfermeiro me segura com força e eu começo a chorar. Eu não posso perder mais ninguém ... não, não posso, me solta....

O esquadrão anti bombas e os bombeiros chegam, pedem para que as pessoas se afastem e fechem o andar, o gás é tóxico e como ainda não sabiam que tipo de gás era, eles precisariam tomar todo cuidado possivel! 

Jon - Dra eu sou o Jon chefe dos bombeiros, a senhora precisa se acalmar e me dizer quantas pessoas estavam lá dentro! 

Bailey- São 3 ... não não são 4, duas mulheres e dois homens! tento falar entre soluços de choro. 

Jon- Okay, fique calma! EU PRECISO QUE EVACUEM ESSE ANDAR, NÃO QUERO NINGUÉM CIRCULANDO, TODOS DE MÁSCARAS E LUVAS, NÃO TOQUEM EM NADA DESSE ANDAR! Digo num tom alto chamando a atenção de todos. Depois faremos exames em todos que estavam nesse andar! Como eu não sei o estado das pessoas que estão lá dentro, eu preciso que desmarquem suas cirurgias e estejam prontos para qualquer situação, e por favor, não se desesperem! 

O andar é evacuado e os bombeiros começam os trabalhos, enquanto o esquadrão de bombas avalia a fumaça, para saber qual o grau de toxicidade.  

Tara- Recordo a consciêcia, começo a tossir, olho para o lado e vejo o Owen no chão tentanto se mover com dificuldade. Sento quase sem forças  e coloco a mão em seu pescoço para verificar o seu pulso, vejo que está com pulso e fico zonza caindo ao seu lado, meu rosto colado ao teu, tão proxímos e ao mesmo tempo tão distantes. Dr Hunt ...falo com dificuldade e ele abre o olho, e começa a tossir, por um momento ele se desespera e eu chego a acreditar que ele não está lúcido. Ele me abraça com força e num impulso me beija! 

Owen-  Eu tive tanto medo de te perder... não me deixe de novo, Cristina! Ela solta o meu corpo ao ouvir as minhas palavras e me olha com estranheza, logo percebo que eu tive uma alucinação com a Cristina, e me afasto deitando no chão ficando em silêncio, e ela também. 

O andar estava evacuado, o gás foi avaliado, e não havia riscos graves. Então começaram os processos para a retirada das vítimas que ficariam em isolamento até que pudessem ser liberadas para o banho específico para a retirada de gases tóxicos. 

Elena- Sinto um peso sobre o meu corpo, a minha respiração dificultada, a vista completamente embaçada e o cheiro forte me fazem entrar em desespero. Consigo ver que o Karev está sobre mim, afinal ele havia me jogado no chão e pulado em cima, para que eu não machucasse. Mas ele não se move, eu o balanço e chamo pelo seu nome, mas ele não responde, coloco a mão no seu pescoço para sentir seus batimentos, desisto de tentar acorda-lo pois eu estava fraca demais. E no momento que eu desisto, e que a angústia me consome, o sinto mexer sobre mim. Karev? AH GRAÇAS A DEUS! falo com dificuldade, mas fico aliviada em ver que ele está vivo. 

Karev-  Estou! começo a tossir, jogo o meu corpo para o lado ficando ao lado dela, olho para o seu rosto e tento sorrir. Ainda  não está livre de mim Elena. Passo a mão em seu rosto, mas sou interrompido  com a entrada dos bombeiros. 

Nós entramos, verificamos se as vítimas estavam bem, notamos que estavam conciêntes, porém com dificuldade de respirar e se locomover. Com panos molhados com água, colocamos sobre o rosto dos médicos, e os retiramos do local, levando para outra sala, e deixando-os em isolamento até que pudessem se lavar e serem liberados sem riscos. 

Na sala de isolamento .... 

Cada um ficou em um canto,  todos em silêncio, menos o Hunt. Ele ficou andando de um lado para o outro, inquieto, nervoso e provavelmente confuso, afinal ele me beijou e o pior, me chamou de Cristina! 

Owen- Droga! grito e empurro a mesa, ando até a porta que estava fechada, tento convencer o bombeiro a me deixar sair pois tenho um paciente que provavelmente deve estar morrendo, mas ele não permite, me irritando ainda mais. Isso é culpa sua ... com raiva me aproximo da Tara ficando frente a frente A CULPA É SUA SE ESSE PACIENTE MORRER.  O Karev grita comigo e me tira de perto dela. 

Karev- OWEN, A CULPA NÃO É DELA! A CULPA É NOSSA, NÓS SABIAMOS DOS CANOS DE OXIGÊNIO, ELA NÃO! grito, olho em seu olho e seguro seu braço com força e ele fica em silêncio me encarando, tira o braço de minhas mãos e vai para o outro lado da sala.  Me aproximo da Tara, coloco a mão em seu ombro.  Olha não liga pra ele, ele sempre foi assim, mas ele é um cara bom! falo baixo Você está bem? 

Tara- Sim, estou, eu acho! Não se preocupe comigo Dr Karev! sorrio Mas obrigada! 

O chefe dos bombeiros entra na sala, e diz que pelos exames ele iria liberando um a um, mas que como a exposição ao gás foi direta, que teriamos que tomar banho juntos. Ele chama a Elena primeiro enquanto nós aguardamos a nossa liberação. Logo ele me chama, e eu olho para o Owen e saio. 

 Entro no banheiro, tiro minha roupa  e entro no chuveiro, a água estava gelada!  A  Elena estava terminando o seu banho, então ela olhou pra mim e rio. 

Elena- Nunca imaginei que um dia iriamos tomar banho juntas! Ela me olha séria. Tá desculpa, a brincadeira era só pra descontrair, mas como você está? 

Tara-  Estou bem, eu acho! respiro fundo e encosto na parede. Ele me beijou e me chamou de Cristina! Mudo de assunto aleatóriamente e a Elena fica confusa.

Elena- Que? Para tudo! ELE TE BEIJOU? Quando foi  isso garota?  Mas pera... ele te chamou de Cristina? falo confusa. 

Tara- É, ele me beijou, disse que teve medo de me perder e me chamou de Cristina! Mas vamos esquecer o fato de que eu nunca tenho sorte com homens. rio 

Elena- Caraca, o cara te beija e troca o teu nome! começo a rir e ela me olha séria. Tá, parei! fecho o chuveiro pra sair e ela vira de costas para mim.  A gente se fala lá fora! Quando vou sair o Owen entra, e começa a tirar a camisa, me encara mas desvia o olhar, passa por mim e eu esbarro nele, parando em sua frente, olhando no fundo dos seus olhos sem dizer nada, mas para que dizer algo se meu olhar já demonstrava que eu queria mata-lo? Ele entra no chuveiro com a Tara e eu saio. 

Owen- Vou entrar no chuveiro e vejo a Tara, nua e de costas para mim. Fico sem graça de entrar mas também não consigo parar de observa-la. Hum hum... desculpa, vou esperar você sair. digo fingindo que havia acabado de chegar e vê-la.

Tara- Me viro, fico constrangida mas aquilo era normal e ele precisava tirar aqueles resíduos toxicos do corpo o quanto antes. Ah... não tudo bem, pode entrar! Não é nada do que você ja não tenha visto em outras mulheres, e eu estou quase acabando também! Não se preocupe comigo, só finja que não existo, você já faz isso muito bem. Me viro pra parede. 

Owen-  Respiro fundo, ligo o chuveiro, encosto minha mão na parede e começo a falar. Você .. você tem me deixado doido... eu não sei o porque, não é só pela tua aparência igual a da Cristina... você ... respiro fundo e olho pra ela, ela vira e fica me olhando. 

Tara- Eu o que, Owen?  digo arqueando a sobrancela enquanto a água cai em meu corpo. 

Owen- Você... falo pausadamente VOCÊ MEXE COMIGO TARA! altero o tom da minha voz, saio do chuveiro e me aproximo dela. Eu não sei o que eu estou sentindo, eu não sei se eu estou assim porque você se parece com a Cristina, mas quando eu te beijei... eu .. eu começo a gaguejar e não consigo falar. 

Tara- Olho para cima, respiro fundo e abaixo a cabeça. Tudo bem Owen, a Cristina fez parte da sua vida, e agora apareceu alguém parecida com ela. Você teve uma alucinação, só finge que nunca aconteceu. 

Owen-  Não, você não está entendendo.....Ahhhh dou um soco na parede e ela assusta.  Tara... eu tive alucinação na hora da explosão, mas antes eu pulei pra salvar você e não a Cristina, ela foi sim, a mulher da minha vida! E é por isso que eu te evito, é por isso que eu não consigo olhar pra você. Eu não consigo imaginar que você possa ser irmã dela, e eu não posso esconder que ...ela me interrompe. 

Tara- Eu não sei qual foi a tua história com a Cristina, mas eu não sou ela, eu fui abandonada pela minha própria mãe, porque ela queria apenas uma filha e olha só que engraçado, eu não fui a filha escolhida. Eu fui adotada por um casal coreano, e eu tinha tudo, menos o amor de quem eu mais queria, eu não tive o amor de uma mãe nem de um pai. Eu passei a minha adolescência procurando tudo sobre a minha mãe, eu via fotos eu fugia de casa uma vez por semana para a cidade que a Helen morava e ficava na pracinha em frente a sua casa, fingindo estar estudando, mas na verdade eu estava ali, todos os dias observando a minha mãe fazendo de tudo pela minha irmã e ela não estava nem ai. encosto na parede e começo a chorar enquanto ele me observa. Eu nunca entendi o porque de ter sido abandonada, mas isso passou.  As minhas lágrimas se misturam com a água do chuveiro e eu tento parar de chorar, respiro fundo. Mas depois, quando eu completei 27 anos e minha mãe adotiva faleceu, o meu pai faço uma pausa e mordo o lábio inferior tentando controlar o choro.  O meu pai adotivo, tinha uma cultura religiosa diferente, que ele podia me obrigar a transar com ele se acaso ele ficasse viúvo. O Owen me olha assustado.  E ... e depois que ele.. a minha voz fica embargada.. ele me acordou uma vez no meio da madrugada, e disse que queria sexo e como eu era a sua nova mulher, que então eu era obrigada, mas eu recusei e ele me bateu muito naquele dia, me amarrou na cama... e ... ele me abraça com força e eu começo a chorar muito, sem me importar com o fato de que estamos nus e colados um no outro. 

Owen- Aquilo me comove, e eu não tenho palavras para tentar acalma-la, apenas sinto raiva! Abraço-a com força e choro junto com ela. Hey, já passou.. calma!

Tara- Não, não passou! olho triste e ele segura em meu rosto. Eu  sai de casa no dia seguinte e nunca mais voltei! Eu nunca foi a escolhida, Owen! Não se sinta mal por isso, eu só queria ser amada, eu só queria ter uma família, mas tudo bem se você quiser continuar me tirando das suas cirurgias pra não ter que se lembrar da Cristina, tudo bem Hunt, eu já estou acostumada a ser a " Yang" errada, não vou me importar! abaixo a cabeça e ele a levanta me fazendo olhar para ele. 

Owen- Não Tara, você é a Yang certa! a puxo encostando sua boca na minha devagar, sentindo sua respiração pesada, passo a mão em seu rosto e a beijo. Fecho o chuveiro pego a toalha, jogo em seus ombros, dou um beijo em sua testa. Me desculpa por ter sido tão rude com você! Dou-lhe um abraço e meus olhos enchem de lágrimas.  Saio do chuveiro com ela, pegamos as outros uniformes e nos vestimos.  Ao sair o Karev entra no banheiro, e a Bailey nos espera na porta! 

Bailey- Tara Yang eu vou matar você! Eu poderia te bater.... dou um abraço nela Não morra, Yang! Vocês não podem simplesmente morrer, estão entendendo ? olho para o Hunt direcionando minhas palavras a ele também! Nunca mais faça uma bomba garota, ou eu mesma te mato! 

Owen- Não foi culpa dela, a ideia era brilhante, mas eu esqueci que os tubos de oxigênio passavam debaixo da sala! Enfim... nós não morremos, Dra Bailey! rio Mas eu gostaria de saber sobre o meu paciente, ele morreu? 

Bailey- Não, ele está bem! Conseguiram tirar as ferragens, ele quase morreu mas a Dra Grey e a Karen foram rápidas e ele está bem! Agora vá pra casa! Você também, Yang!

Tara-  É, eu já vou! E eu juro que nunca mais faço uma bomba, mas obrigada por se preocupar! rio e saio em direção a sala dos residentes. Entro e vejo a Elena. 

Elena- Que banho demorado hein? e essa cara de choro? EU VOU MATAR ESSE HUNT! grito. 

Tara- Seguro em seu braço.  Elena, não! Ele não fez nada! Vamos sair desse hospital eu quero esquecer tudo isso, preciso beber! 

Elena- Okay, vou mandar mensagem para a Karen nos encontrar no bar do Joe! pego o meu celular e mando uma mensagem! Pronto! Vamos? pego a  minha bolsa e ela a dela, vamos para o Joe! 

Chegando no Joe, sentamos e pedimos uma garrafa de tequila enquanto esperávamos a Karen. Ela chega e senta ao meu lado.  

Karen- Ai graças a Deus vocês estão bem! Tara o que deu em você? Fez uma bomba? queria matar o Owen? rio 

Elena-  AHHH faz sentido começo a rir Boa garota! levanto o copo para brindarmos Um brinde a Yang que fez uma bomba pra matar o boy, pena que não funcionou! rio e olho para a Yang que vira a tequila sem falar nada. 

Nesse momento a porta do bar abre e nós olhamos para trás, vendo que o Owen o Karev e o Jackson acabavam de entrar, eles sentam em uma mesa e o Jackson vem ao balcão pedir as bebidas, para ao lado da Karen e sorri. 

Jackson- Oi moça! sorrio Porque você foge de mim no hospital ? debruço no balcão e a encaro. 

Karen- Que? Eu ? rio Eu não havia te notado, desculpa! 

Jackson- rio sem graça, me aproximo de sua boca e falo sussurando enquanto a encaro.  Espero que agora tenha notado! sorrio com a minha boca colada na sua, mas não a beijo e saio. 

Tara e Elena olham a cena e começam a rir. 

Tara- UAU, o que foi isso? rio e desvio o meu olhar, olho para o Owen e ele me encara de longe. 

Elena- AGORA SIM! rio, vai deixar de ser santa! 

Karen- Suas idiotas! rio Eu nunca fui santa! 

O Karev e o Jackson levantam e andam na nossa direção! O Karev fala algo no ouvido da Elena, ela sorri, vira a tequila e deixa o dinheiro na mesa. 

Tara- rio e viro a minha bebida.  Ah okay...até amanha! Olho para o lado e vejo a Karen falando com o Jackson. Respiro fundo,  peço uma garrafa de tequila pra levar pra casa, pego o dinheiro na bolsa, pago e me levanto. 

O Owen percebe que estou saindo, paga a conta dele e vai atrás de mim.

Owen- TARA? ESPERA! grito e corro para alcança-la. Me aproximo  dela e seguro em seu braço. Hey, vamos conversar? 

Tara-  Owen... eu ... eu estou indo pra casa! E olha só, você não precisa ter pena de mim pelo o que aconteceu  no hospital ou porque eu me abri com você e te contei do meu passado coisas que somente a Elena e a Karen sabem! É só fingir que nada daquilo aconteceu! 

Owen- Tara, eu não estou com pena de você! passo a mão em seu cabelo e acaricio seu rosto. Posso te levar em casa? 

Tara- Tá, okay! respiro fundo e entro em seu carro, fico em silêncio ouvindo a música que tocava no carro.  Chegamos em minha casa, ele para o carro e fica me olhando. Sinto seu olhar, passo a mao em meu cabelo e me viro encarando-o.  Owen, sera que poderiamos esquecer o que aconteceu hoje? Você é o ex marido da minha irmã e eu não quero me envolver a alguém que ainda ama outra pessoa. 

Owen- Tara, se você quiser esquecer que me contou do seu passado e que depois disso eu te beijei assim.. seguro em seu rosto, acario e a beijo devagar... se quiser esquecer isso eu vou entender. Mas você não pode me obrigar a esquecer, e eu não quero esquecer. E eu não amo mais a Cristina, depois dela eu me casei de novo, separei e agora .... faço um pausa e abaixo a cabeça. 

Tara- E agora o que ? 

Owen-  E agora eu acho que estou apaixonado por você!   seguro em seu rosto e a beijo com força, coloco minhas mãos em seu cabelo e puxo, inclinando sua cabeça para trás enquanto beijo seu pescoço. O clima esquenta e eu paro. Isso não pode ser aqui, tem que ser especial!  

Tara- Não precisa ser aqui, a casa está vazia! digo com receio

Owen- Você realmente quer isso?  dou-lhe um beijo 

Tara- Sim, eu quero! Ele sorri sem graça, abaixa a cabeça, eu rio, dou um beijo nele e saio do carro.