Fanfic: Guts Over Fear (Portiñón) | Tema: Portiñón, AyD

CAP II

Anahí

Caminhei cerca de 1 hora até o centro da cidade e parei em uma lanchonete com um fedor de mofo horrível e claro, medíocre. Não me entenda mal, mas vivi muito em um lugar parecido, a qual chamava de casa. Sento-me em uma mesa mais afastada de onde tem um cara esquisito devorando um hambúrguer como se o mundo dependesse disso. A sensação de alivio é imediata, não aguentava mais andar.

Agora que estou sentada e olho ao redor do lugar de merda onde estou, ensopada e com uma mala estourada, e claro sem teto, bate o desespero. Eu estou literalmente na merda. O que vou fazer agora? Minha vida acabou, vou começar a catar latinha pra comer? Dormir em baixo da ponte ou quem sabe até posso ir vender minhas roupas e..

- Vai querer tomar alguma coisa?

Meu surto é interrompido por uma garçonete que exalava cigarro e um ar de “vai logo, que tenho mais o que fazer”.

- Quero o cardápio, por favor.   

Ela olha pra mim como se tivesse pedido para que parasse de fumar.

- A gente não tem isso não menina. Pra você para de me atrapalhar logo, só tem água e café.

- Oh! Então... Um café, por favor.

- Claro, “madame”.

Saí em direção ao que deveria ser a cozinha, deixando o fedor de cigarro junto com o meu desespero.

Calma Anahí, você precisa pensar em algo. Tudo saiu do meu controle com o Michael, não era para isso ter acontecido. Esse tapado não deveria descobri que sou uma pobre fudida.  A essas alturas deveria estar em seu apartamento, comendo e deitadinha bem confortável. Não aqui.. Maldita Ana, depois de tudo que fiz por ela é assim que ela me paga. Deixando-me a mercê da sorte, desgraçados! Os dois..

Droga, droga, droga. Merd*a, mer*da, mer*da.

Saio do meu momento de raiva e revolta, ao ouvir o sininho da porta indicando que alguém tinha acabado de entrar, e pode parecer exagero meu, mas o perfume da criatura expulsou o cheiro ruim daquele lugar. Era uma garota, mas não consegui ver seu rosto. Até que ela falou com a chaminé ambulante e reconheci aquela voz insurpotavel. Meu dia não poderia estar melhor..

- Olá, Lucia. Pode me ver aquele seu café, por favor.

Saviñón, a melhor aluna da escola. A única que terminou o terceiro ano com excelência e entrou na melhor faculdade de música de Nova York, Eastman School of Music: University of Rochester. A melhor violinista da escola e segundo o diretor, o melhor acontecimento a escola. Aff. Ela está com a vida ganha e com certeza irá viver bem pelo resto de seus dias. Ouvi dizer que já tem acertado, estagio e um apartamento de presente dos pais. Ela me dá náuseas, sempre lendo e fazendo tudo certinho, a queridinha dos professores e claro, a puritana, Argh..

Saio da minha sessão de ódio ao ver a Sra. cigarro trazendo meu café.

- Aqui está.

- Obrigada.

Ela estava virando as costas, mas a chamo.

- Ei, você sabe de algum lugar por aqui, tipo uma pousada? Ou um hotel barato?

- querida, no seu estado.. Só lhe sobra em baixo da ponte.

- Olha aqui, sua....

Fico chocada com a grosseria da velha e quando iria lhe responder escuto a voz irritante..

- Algum problema Lucia?

A velha olha pra mim e olha para ela novamente

- Não Dulce, com licença.

- Agora você tem modos né, sua velh...

- Chega Anahí

A senhora sabe tudo me interrompe com certa altura na voz. E fico surpresa com a forma que ela fala comigo e por saber meu nome. Mas, na escola quem não sabia.  Assim que a velha maldita saiu, ela senta na cadeira.

Você está bem?    

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Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.

Paulo Coelho

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Olá gente. 1 ano faz que eu comecei a escrever essa historia. Acabei deixando-a de lado por estar em dilemas, porém vou tentar voltar a escrever e vou tentar dar certo.. bom é isto. Boa leitura.