Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Eu estava me sentindo um completo idiota depois daquele beijo. Pior: de ter pego no flagra. Muito, muito pior: de ter gostado. Eu tinha me amarrado não só no beijo, mas na atitude de Dulce em me beijar, e merda, ela beijava bem. Infelizmente, eu não conseguia pensar em outra coisa nas últimas duas semanas.

Sabia que estavam fazendo da vida dela um inferno. Maggie era quem me mantinha informado, e eu precisava resolver isso, mas a babá chegava perto, eu lembrava do beijo e acabava caindo fora.

Estive fugindo veementemente dela. Depois do incidente, simplesmente saí do estúdio sem conversar, toquei um pouco com Adam no dia seguinte, mas quando Dulce apareceu, inventei uma reunião. Eu estive saindo sempre excessivamente cedo e voltando muito tarde para casa.

Ou nem voltava. Nos dias mais complicados, eu precisava arrumar alguma mulher e acabava passando a noite fora. A merda era que nenhuma delas chegava aos pés de Dulce.

– Você é um grande idiota, Uckermann – resmunguei com os olhos fechados, apertando a ponta do nariz.

– Não é, querido – abri os olhos e vi minha mãe sorrindo radiante. – Oi – sentou-se em frente à minha mesa.

– O que foi, mãe? Estou com o horário um pouco puxado.

– Você não tem tempo para a sua mãe, a mulher que te colocou nesse mundo lindo, mas para uma dose de autopiedade você tem de sobra? – cruzou os braços, fazendo bico.

Suspirei. Nancy era a rainha do drama. – Diga logo, mãe. Estou de péssimo humor.

Ela suspirou exasperada, revirando os olhos.

– Por que não fazemos um churrasco em família no domingo, em sua casa? Estou louca para conhecer a nova babá. George e Anahí estão encantados com ela...

Deus, eu não ia conseguir mesmo fugir daquela mulher. Se eu tentava não pensar nela, alguém tinha que trazer o assunto.

– Mãe, você sabe que não fazemos isso desde...

– A morte de Sophie, e blá, blá, blá... – me cortou impaciente. – Já faz quase dois anos. Hora de seguir em frente, filho. Não aguento mais ver você sofrendo.

– Também não aguento mais as crianças sentindo a falta dela, e muito menos Valentina carregando a imagem do assassinato da própria mãe a ponto de não conseguir falar – retruquei.

– Meu Deus, você está impossível – levantou e ajeitou a bolsa no ombro. – Domingo, churrasco, piscina. Levo a sobremesa – saiu.

Puta merda! As pessoas que me conheciam achavam que eu tinha o gênio difícil, não conheciam a minha mãe. Caralho de mulher difícil.