Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Fechei com força a porta do escritório e comecei a andar de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos. Era só eu me acalmar e iria procurar a droga do internato para Emma.

Uma coisa era ela tentar atingir a mim e a Dulce, coisa que não me preocupei muito porque Dulce também não deixava barato, mas humilhar uma funcionária minha, chamá-la de prostituta de ainda mais na frente das crianças era algo que eu não iria aceitar. De forma nenhuma. Não foi a criação que Sophie e eu demos para ela, e eu estava tentando ser complacente por causa da morte da mãe e tudo mais, mas aquilo era demais para mim. Demais!

– Christopher, se acalma, pelo amor de Deus – minha mãe entrou no escritório e vi que meu pai já estava lá há mais tempo.

– Será que dá para eu ter um minuto de privacidade, por favor? – rosnei, apontando para a porta. – Estou de cabeça quente e vou acabar falando merda para vocês.

– Você não pode mandar a Emma para o internato – Nancy cruzou os braços, fazendo uma careta.

– Eu posso e vou.

– Não, Christopher – o rosto dela se desconfigurou para tristeza. – Pensa que ela está triste pela morte da mãe. Você não pode fazer isso com o meu bebê e...

– Sai daqui, mãe – apertei a ponta do nariz, fechando os olhos e balançando a cabeça.

– Mas...

– Sai daqui, porra! Se despeça da Emma e vá embora. Ela vai para o internato e acabou!

Minha mãe soluçou com os olhos arregalados e saiu. Massageei as têmporas, e observei meu pai servir dois copos com uísque, entregando-me um. Graças a Deus esse homem me conhecia.

– Se vai interceder por Emma também, está perdendo seu tempo – resmunguei, virando o copo e já me servindo de outro.

– Nada disso – tomou um gole da sua bebida. Olhei para ele interrogativamente. Então... – É verdade?

– O quê?

– Você e Dulce?

Suspirei. Estava demorando. Eu achei que ele ia deixar isso passar batido.

– Sim. Mas foi um erro, pai. Dulce é uma funcionária minha como qualquer outra, e isso não vai mais acontecer.

– E por que foi um erro?

Olhei incrédulo para ele.

– Tenho uma lista – virei meu copo, enchendo outro. – Dulce é minha empregada, cuida dos meus filhos, sou viúvo, não estou para relacionamentos, e Dulce não tem nada a ver comigo. É só olhar uma foto de Sophie. Elas não têm nada a ver. Não posso trair a minha esposa.

– Primeiro: Soph está morta, filho. Você precisa superar isso. Segundo... Você tem certeza disso, Christopher? Vocês se beijaram, então há alguma coisa aí.

– Não inventa – resmunguei. – Preciso achar o colégio para Emma, pode me ajudar?

Meu pai suspirou e assentiu com a cabeça. Antes que pudéssemos ligar o laptop para procurar os colégios, bateram na porta. Assim que permitido, a imagem de Dulce preencheu meus olhos, e ela não parecia feliz.

– Aconteceu alguma coisa, Dulce? – perguntei com o cenho franzido. Sua respiração estava entrecortada e suas mãos estavam tremendo. Pelo menos de longe ela parecia estar tremendo.

– Hã... Sim... – sussurrou olhando para um ponto atrás de mim. Mas que... – Valentina falou.

Arregalei os olhos. – Quê?

Ela não repetiu, só me olhou com o queixo erguido. Não entendi isso, e menos ainda quando ela saiu sem falar mais nada. Valentina tinha falado? Caralho! Minha filha tinha falado e eu não estava lá para ver. Antes que eu pudesse sair, meu pai segurou o meu braço, tendo a minha atenção.

– Ela escutou, idiota – franzi o cenho, confuso. Ele revirou os olhos. – Ela ouviu a nossa conversa. Se você queria alguma noite quente com a moça da Flórida, perdeu a chance – e saiu antes de mim.

Cacete!

Preciso dizer que próximo capítulo tem Dulce até engasgando (só pra vocês se prepararem mesmo).

Parece que nossa Emma não vai conseguir se salvar dessa, né? E a mãe do Christopher, o que vocês acharam dela?

Hum, Dulcinha foi um erro. Estaria nosso Christopher começando a pirar? Rs.

Beijinhos!