Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Eu estava de tocaia na frente da escola das crianças, esperando o tal Noah aparecer com o bando dele. Eu nem acreditava que estava fazendo isso, mas se eu visse Adam machucado de novo, arrancaria o pescoço do cretino que fizesse isso.

Adulto ou criança.

Eu procurei nas redes sociais fotos do garoto, porque perguntar a alguma das crianças seria dar na cara demais. Vai que, acidentalmente, algo rolasse com o garoto. Esses pirralhos têm mania de exagerar nas coisas, e eu não iria levar a culpa por um... Um... Mini pivete.

Vi as crianças indo embora, mas nada do tal Noah. Fiquei na esquina do portão para não correr o risco de ser reconhecida. Eu usava um casaco daqueles de detetive, chapéu e óculos escuros, mas, nunca se sabe.

E eu prometi a Alfonso que só daria um sustinho no garoto. Juro!

– Rá – comemorei baixinho quando vi o moleque saindo com mais dois pivetes, mexendo no celular e gargalhando. – Vamos ver quem vai continuar rindo, moleque!

Caminhei em direção a eles e agarrei a gola da camisa do tal Noah. Ele era mais alto que Adam, e me olhou assustado. Os outros dois pareciam se borrar de medo, e precisei de muito esforço para não rir. Talvez eu tenha colocado uma arma (de brinquedo, sério), e uma navalha (essa era de verdade, mas eu só ia assustar) à vista, no cós da calça. Olhei para os mini pivetes ao lado do pivete mestre que bateu no meu menino.

– O que estão fazendo aqui? – falei grosso, fazendo uma careta. – Vazem. E bico fechado sobre isso, entenderam? Ou vocês vão sofrer tanto quanto esse gracinha aqui – reforcei a carranca, segurando com um pouquinho de força o cabelo do garoto, que começou a parecer assustado de verdade. – Se vocês gritarem, sumo com os três – bati na navalha e na arma, piscando para os dois.

Os dois mini pivetes assentiram freneticamente com a cabeça e saíram correndo. Abri um sorriso presunçoso, forçando a minha melhor cara de moça doida.

– Abandonado na primeira oportunidade. Que merda de amigos você tem, Noah Peregrín – sorriso largamente, levando-o para um canto mais afastado.

– Q-q-quem é você? – choramingou o pivete mestre.

Eu quase estava me sentindo mal pela cara de pavor dele, e quando bati suas coisas na parede, seus olhos lacrimejaram.

– Leva meu dinheiro, meu celular, qualquer coisa, mas não me mate, por favor! – juntou as mãos, algumas lágrimas rolando por seu rosto.

– Engole a porra desse choro, valentão. Se você é bom o suficiente para bater nos seus colegas, também é bom de me enfrentar. Engole! A! Porra! Do! Choro! – ralhei, segurando com mais força a gola da sua camisa.

Ele me obedeceu, e por último deu um soluço.

Só um sustinho, Dulce. Não exagere.

– Estou sabendo que você bate na galera da sua escola, isso é verdade? – ele assentiu fracamente com a cabeça, ficando pálido. – Se você desmaiar, vou te apagar para sempre – sempre quis falar isso. Eu escutava Alfonso falando isso e achava assustador. – Controle-se, pivete! Se eu pegar você roubando alguém de novo, especialmente Adam Uckermann – peguei a navalha. Nem cheguei a tirar da capa, mas deu para entender o recado. – Vão ter consequências, entendeu? Estou sendo bacana e te avisando antes. Não gosto de moleques que se aproveitam para roubar ou bater em alguém mais fraco – pressionei a capa da navalha em seu rosto e dei uma risadinha quando ele tremeu.

– P-p-por favor, eu não vou fazer nada com o Adam – choramingou, tentando segurar meu braço. Eu estava exagerando? Abri a capa, mostrando a navalha em si, só para mostrar que eu iria mesmo dar o troco. – Não me mata! Por favor!

– Não quero você encostando um dedo em Adam, está me ouvindo? – pressionei-o mais na parede. – E você vai dar dinheiro ou o seu lanche para ele pelo menos duas vezes por semana. Vai pedir desculpas de joelhos na frente de todo mundo amanhã na hora do intervalo. Vai fazer os deveres que ele não conseguir fazer, e se ele fizer besteira, vai acobertá-lo. E quero o seu bando de moleques mijões fora do alcance do Adam, dos irmãos dele, dos amigos dele, está me ouvindo? Não quero você respirando o mesmo ar que ele – tirei o sorriso doente e fiquei séria, fazendo cara de alucinada.

– Entendi, moça, entendi. Me perdoa, por favor! – chorou.

– Engole o caralho desse choro – rosnei, soltando-o. – Cadê o dinheiro dele e o seu celular?

Com as mãos trêmulas, ele me entregou o celular e a carteira. Tirei o dinheiro (que eu sabia que devia ser de Adam ou dos colegas dele), e joguei a carteira no chão. Eu estava usando luvas mesmo, vai que ele quisesse minhas impressões digitais.

– Se eu te pegar encostando no Adam ou em qualquer pessoa, eu juro que sua mãe nem vai encontrar o seu corpinho magrelo e sem pelos para te enterrar, está me ouvindo? Só o que vão restar, vão ser cabelos – ajeitei os óculos. – E bico fechado sobre nosso papo, ou vou cortar seu pintinho antes que você descubra para que ele funciona. Amanhã. Intervalo. Desculpas. Bom conversar com você, Noah Peregrín.

Saí caminhando lentamente, e ao chegar num ponto estratégico, me desfiz daquela droga de casaco e o chapéu. Por que LA tinha que ser tão quente?

Só faltava arrumar o presente da Valentina. Meu garoto agora estava protegido.

Pode entrar, Dulce ícone. Sem perceber já tá se afeiçoando aos meninos, alá!

Bom fim de semana, mores, vocês são show! Beijinhos.