Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
— Você está com a voz esquisita, Dulce. O que está acontecendo? O bastardo do seu chefe está te tratando mal? Só me diga e eu vou aí resolver isso — Alfonso rezingou do outro lado da linha enquanto eu tragava o cigarro.
— Não. O Sr. Uckermann é... Tranquilo... É... Quando ele quer, consegue ser um cara bem legal — suspirei, tragando o cigarro.
— Tudo bem. E como estão as coisas aí? Já matou alguma criança? Por que está me ligando tão tarde, afinal? Que eu saiba já são quase três da manhã tanto aqui como aí.
— Não matei criança nenhuma. Eu estou me saindo muito bem – me defendi. – Não sei. Acho que estou com saudades de casa. Como estão as coisas por aí? Os caras de Dennis já desistiram?
O silêncio que se seguiu foi o suficiente para enviar uma correndo negativa por todo o meu corpo, deixando-me completamente alerta. Tinha alguma coisa errada e Alfonso não queria me falar.
— Alfonso?
— Só não surte, ok? Estou cuidando disso — suspirou e pude sentir que ele estava cansado. — Chace assumiu o posto do pai e mandou os homens dele fazerem uma ronda por toda Tampa para ir atrás de você. Ele quer informações.
— Puta merda — engasguei com a fumaça do cigarro a ponto de meus olhos lacrimejarem. — Alfonso e se tiverem grampeado o seu celular? Puta merda!
— Você esqueceu que está falando com um hacker, Dulce? Eu hein, não ofenda a minha inteligência, pelo amor de Deus. Eu pedi para você não surtar. O homem veio falar comigo ontem, e ele saiu daqui no colo dos homens dele. Eu quase matei o panaca.
— Cacete! — resmunguei. Alfonso estava em perigo, merda. Eu tinha quase certeza que não adiantava me esconder. O grupo de Dennis era conhecido por sua falta de misericórdia para lidar com traidores. — Alfonso, eles vão me achar.
— Dulce, para com essa droga. Eu não estou tendo todo esse sacrifício em te manter segura para você entrar em pânico. Continue cuidando das crianças e tente não matar ninguém com sua comida horrível. Quando eu resolver isso você volta para cá e seguimos a vida.
Não sei por que, mas a ideia de deixar aquela família me deu uma pontada desconfortável no peito. Talvez eu estivesse me afeiçoando a eles, e precisava parar com isso urgentemente. Uma hora eu teria de ir embora. Eu não era qualificada para cuidar de crianças, e precisava seguir com a minha vida. Continuei conversando com Alfonso e, por mais que já estivesse tarde, aquela ligação não me deixou sonolenta. Ao contrário, eu estava uma pilha de nervos, o que me levou a fumar praticamente o maço inteiro de cigarros.
— Não sabia que você fumava — uma voz masculina chamou a minha atenção, praticamente arrancando a minha alma de tanto susto.
— Cacete, Christopher — soltei, arfando e levando a mão ao peito, procurando controlar a respiração. — Quase me matou de susto.
Ele abriu um sorriso tímido e se aproximou, sentando-se num banco. Continuei em pé, apoiada no parapeito, esperando que ele falasse alguma coisa. Eu ainda estava digerindo o fato de Chace ter ocupado o lugar do pai. Se ele me encontrasse, eu tinha certeza que ele me mataria antes mesmo de eu poder me defender.
— Está tudo bem? Você está pálida, parece que viu um fantasma — ele fez uma careta fofa, avaliando-me.
— Claro — respondi sem pensar. — Preciso ir dormir. Boa-noite, Sr. Uckermann.
— Dulce, eu não mordo, pelo amor de Deus. Eu já me desculpei pelo que você escutou. Eu não quis dizer aquilo... Eu só... Merda, eu não sei. Eu não sou a melhor pessoa para lidar com a pressão familiar.
Parei diante daquela afirmação. Um magnata que precisava lidar com pressão todo santo dia não sabia lidar com pressão familiar? Sério?
— O senhor estava certo, patrão. Foi um erro e eu peço desculpas por ter agido daquele jeito. Não foi ético da minha parte beijar o senhor e... — minha frase foi cortada porque o homem se levantou e prensou tão rápido contra o parapeito que eu não tive como raciocinar o resto da frase.
Ele pressionou seu corpo contra o meu, e eu não pude deixar de pressionar o meu de volta para ele, absorvendo seu calor. Eu nem sabia o que estava fazendo, mas simplesmente não conseguia parar.
— Não foi minha intenção magoar você, Dulce. Eu sei que magoei, e peço desculpas por isso.
O patrão baixou a boca para beijar ao longo do meu pescoço, e eu deixei minha cabeça cair para o lado, concedendo-lhe o acesso. Eu gemia quando seus lábios se encontraram com a minha pele. Sua língua mergulhou dentro de minha boca, acariciando e explorando a minha boca. Ele puxou meu lábio inferior entre os dentes, em seguida soltou um gemido que mexeu com todas as minhas partes baixas.
Droga de homem!
— Você tem um gosto absurdamente bom. Porra! — ele apertou minha cintura com força.
Considerando que eu tinha acabado de fumar, ou ele estava zoando com a minha cara, ou ele estava mesmo excitado. Ao pressionar o corpo contra o meu, meus olhos voaram para os dele.
— Você está duro? — perguntei chocada.
— Hum... — ele pareceu ligeiramente desconfortável, e se afastou um pouco. — Desculpa, eu não sei o que deu em mim.
Eu ri. Alto. Histericamente. O cara estava excitado, eu estava excitada, e não poderíamos ficar juntos, porque um pequeno vulto se aproximando tirou a minha atenção do Sr. Uckermann.
— Merda — sussurrei, olhando para trás. — Disfarça isso no meio das pernas, Sr. Uckermann, tem alguém vindo.
— Acho que já ultrapassamos um grau de intimidade para você continuar me chamando de Sr. Uckermann, não acha? — ele murmurou tranquilamente, com um sorriso travesso. Ele não tinha escutado o que eu tinha dito?
— Dulce? — Valentina falou. Porra. Valentina falou. Por que ela só falava quando eu estava em situações difíceis. Que coisa, não?
— Vamos dormir, Valentina. O seu pai e eu já resolvemos tudo o que precisávamos. Boa-noite, Sr. Uckermann — comecei a puxar a menina para dentro e não falei mais nada, para ela não sentir o cheiro do cigarro.
Já bastava o meu chefe para ter descoberto. E gostado, aparentemente.
Respondendo o face:
Prévia do próximo capítulo
— Christopher? Está me escutando, filho? — meu pai balançou a mão na minha frente. — Desculpa, pai. O que você disse? — balancei a cabeça, tentando tirar uma babá usando um uniforme horrível da cabeça. — Christopher, eu estou há duas horas tentando falar com você e você ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
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lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
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lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
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maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?