Fanfics Brasil - Capítulo 36 — Christopher De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 36 — Christopher

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Dulce tinha uma tatuagem.


Porra, como eu não vi isso antes? Eu beijei cada parte do seu corpo e não vi a maldita tatuagem? O pior era o local. A forma como ela apontou para o púbis, umedecendo os lábios e com os olhos expressando um desejo tão bruto, que tudo o que eu queria era sair daquela praia rumo ao meu quarto.


O banho de mar ficaria para outro dia. Teríamos tempo, com certeza. No momento, a minha pressa era para descobrir a sua tatuagem. Ela parecia querer rir da minha cara pela minha pressa, mas, francamente, ela foi bem maldosa em dizer aquilo daquele jeito tão... Daquele jeito... Ah, foda-se. Ela tinha a intenção de me deixar maluco? Porque foi o que ela conseguiu. A ponto de eu não conseguir manter uma conversa decente no caminho para casa.


Quando descemos do carro, a minha vontade foi de agarrá-la, mas com certeza ela me daria um chute nas bolas e diria algo do tipo “só no quarto”. No entanto, ela paralisou quando viu uma moto que eu não tinha reparado antes.


— Dulce? Está tudo bem? — me aproximei, fazendo carinho na sua nuca.


— É a moto de Alfonso — sussurrou ainda sem olhar para mim. — Ele não me disse que viria aqui — seu corpo inteiro retesou, e pensei que aquela poderia ser a oportunidade perfeita para descobrir o que tinha acontecido com Dulce.


— Bom, vamos entrar e ver o que ele quer? Tenho certeza que tem algum motivo plausível para essa visita inesperada.


Ela assentiu fracamente com a cabeça, e quanto mais nos aproximávamos da casa, mais pesada sua respiração ficava e mais tenso seu corpo inteiro estava. Será que ela estava esperando alguma notícia ruim? Quando entramos, vi Alfonso sentado no sofá com aquele jeito de cara do crime, e quando ele se virou para nós, ouvi Dulce sugando uma respiração.


— Alfonso, pelo amor de Deus, o que aconteceu? — Dulce correu até ele, tocando com cuidado o hematoma em seu olho, deixando-o praticamente fechado. O cara tinha apanhado para caramba a julgar pelo corte na bochecha e o olho machucado. E aquilo era só da parte visível. — Pelo amor de Deus, o que está acontecendo, Alfonso? — A voz de Dulce ficava mais desesperada e estridente a cada palavra.


— Dulce, eu estou bem. Só precisava ver como você estava — Alfonso resmungou com a voz entrecortada.


— O caralho que foi só isso. O que foi? Desde quando você está assim e por que não me disse isso antes? Porra, seu babaca, você é meu irmão, não pode fazer isso comigo. Quem fez isso?


Alfonso não respondeu, mas o olhar que lançou para Dulce provavelmente a fez entender o que estava acontecendo, porque ela começou a chorar desesperadamente. Maggie apareceu preocupada, mas pedi que ela e os outros não fossem para a sala até resolvermos isso. Quando ela o fez, segurei Dulce gentilmente pelos ombros, e ela agarrou meu pescoço, chorando como uma criança. Alfonso nos olhou com estranheza, tentando entender aquela intimidade.


— Dulce, por que você não vai tomar um banho? As crianças podem chegar e eu vou levar Alfonso para o quarto ao lado do seu. Vou pedir para Maggie levar algo para ele comer e você vai para lá ficar com ele, tudo bem? — sussurrei em seu ouvido.


— Sem chances — resmungou contra meu peito, cada palavra cortada por um soluço. — Eu sou a babá, preciso ficar com as crianças. Eles vão estranhar se eu não estiver aqui para recebê-los. Não quero tratamento privilegiado porque dormi com você.


— Eu sou um chefe legal, linda. A prioridade é a família, sempre deixo isso claro para quem trabalha comigo. Vá tomar um banho e eu vou ajudar seu irmão.


Ela ergueu o rosto vermelho para me olhar e fungou. Abriu um sorriso fraco e quando se aproximou, jurei que ela iria me dar um beijo. Beijo que desviou para a bochecha.


— Obrigada, Christopher. Prometo que não vou demorar — abraçou o irmão e subiu as escadas.


— Vamos? Vou te deixar num quarto ao lado do dela — fiz menção de ajudá-lo, mas ele o fez sozinho.


— Não vou ficar, Christopher — sua voz estava um pouco mais firme enquanto subíamos as escadas. — Preciso conversar com você sobre o que aconteceu comigo e em como isso pode afetar a Dulce.


Franzi o cenho e apressei os passos. Eu era fodidamente curioso, e ele falar isso só me deixava insano. E se alguém quisesse machucar Dulce e Alfonso estivesse a tentando proteger? Mas se era isso, por que ele estava na minha casa, porra?


Entramos no quarto e o estabeleci em silêncio. Ele olhou ao redor, acenando com a cabeça, satisfeito com o que via. Sentou na cama e apoiou os cotovelos nas coxas, escondendo o rosto com as mãos.


— Você e a Dulce estão juntos, não estão? — seu tom era quase inaudível pela mão que cobria o seu rosto.


— Não sei se esse é o termo certo, Alfonso. Eu gosto do que estamos tendo, não posso negar. Mas não posso dizer a que pé estamos — dei a minha resposta sincera. — Dulce está em perigo?


Ele me encarou com cautela, medindo o que falaria. Eu não sabia se tinha dito o que ele queria escutar, mas não podia falar algo que nem eu sabia. Sentei numa poltrona e esperei paciente — não muito — ele me dizer que porra era aquela. Ele suspirou e balançou a cabeça, baixando os olhos, não muito satisfeito com o que quer que tivesse concluído.


— Christopher, a Dulce já sofreu para porra nessa vida. Ela já passou fome, frio, apanhou para caralho de gente errada, aceitou humilhação e toda a merda que você achar que uma mulher pode sofrer. Você não pode dizer a ela que eu te contei, mas eu preciso que você a mantenha em segurança. Tem gente que quer matá-la por ela ter se defendido ou algo muito ruim teria acontecido com ela. Mais do que já aconteceu.


— Por isso os machucados quando ela chegou? — eu não estava sendo discreto, mas estava agoniado com a possibilidade de alguém machucar a Dulce. Se tinham machucado Alfonso, que era três dela, matariam a mulher com facilidade.


— O que você sabe sobre esses machucados? — sua postura enrijeceu e seus olhos me fuzilaram.


— Que foi uma tentativa de assalto, e que a espancaram logo em seguida. Tentaram estuprá-la, mas alguém a socorreu.


— Christopher, eu acho melhor você e Dulce conversarem. Algumas coisas só ela pode te dizer. Mas independentemente do que tenha acontecido em Tampa, tenha em mente que ela é a mulher mais doce e carinhosa do mundo. Se ela está se abrindo com você, mesmo que seja só sexo, depois do que aconteceu na Flórida, significa que ela gosta de você — suspirou cansado. — Eu vim para cá com uma identidade falsa para não nos encontrarem, por enquanto ela está a salvo, mas eu não sei por quanto tempo. Tem gente perigosa atrás dela, por isso eu preciso que você me prometa que vai cuidar dela... Independentemente do que aconteça comigo ou do que você saiba, Christopher. Por favor!


Muita informação numa noite. Que homens? Por que ele estava falando aquelas coisas? Dulce confiava em mim? O que ia acontecer com Alfonso? Porra!


— O que de tão sério aconteceu em Tampa, Alfonso? — eu não tinha certeza se queria saber a resposta, mas ele estava falando como se ela tivesse matado alguém.


— Dulce é quem precisa te dizer. Eu vim para conversar com você, mas ela arranca as minhas bolas se soubesse que eu pediria para você protegê-la. De qualquer forma, saio hoje depois que ela dormir. Eu vim para me despedir dela, mesmo que ela não saiba. Proteja a nossa garota, Christopher, ela é a melhor coisa que vai ter acontecido na sua vida, assim como foi na minha.


Pensei em protestar, mas ele devia saber o que estava fazendo.


Merda, Dulce estava mesmo em perigo.


A minha Dulce.


Deus, não tire outra pessoa de mim, por favor.


 


 


BABADÃO, não foi dessa vez que Christopher descobriu o que era a tatuagem da nossa garota. 


A coisa tá ficando feia. Ao que parece, os caras querem Dulce a todo custo. Gente, vocês sabem quem está atrás dela? Só pra eu saber se ficou meio confuso. De qualquer forma, pra quem não sabe, o filho do Dennis (cafetão da Dulce, aquele que morreu no primeiro capítulo) assumiu o posto do pai e tá atrás da Dulcinha porque o cara foi morto no ponto dela e, tecnicamente, ela sabe ou é a responsável pela morte de um ser tão respeitável (ironia) quanto ele. Dulce fugiu e o resto é história.


É O PESCOÇO DA DULCINHA QUE TÁ EM JOGO. Poncho já começou a apanhar aí, e pelo que ele disse pro Chris, a porra ficou séria. Deixo a semente da curiosidade em vossos corações. 


Beijinhos!



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Olhei para Alfonso sem saber ao certo o que dizer. Ele disse que o filho de Dennis, Jason, estava de volta com tudo, e o garoto estava descontrolado procurando a garota que possivelmente o deixou órfão. O pior era que mesmo contando o motivo de ter feito isso, eu sabia que ele me mataria depois de me torturar incansavelmente. E, só de pensar nisso, me da ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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