Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Alfonso tinha ido embora há duas semanas e Dulce parecia cada dia mais deprimida. Ela ainda cuidava das crianças como ninguém, mas dava para ver em seus olhos que tinha alguma coisa que a assustava. Eu pensava em conversar com ela, mas se ela se fechasse, eu não tinha certeza de como faria para ela se abrir novamente comigo.

Como ele não havia aberto o jogo totalmente, eu ainda estava às cegas, eu só sabia que algo muito errado estava acontecendo. Dulce era forte, e para ela ficar daquele jeito, no mínimo ela sabia quem queria matá-la e isso a assustava como o inferno.

Emma estava de volta há uma semana e parecia muito feliz em estar de volta. Estava calma, e vivia na cozinha. Acho que desde a morte de Sophie, era quando eu a via brilhar. A garota realmente adorava cozinhar. Também estava se dando bem com Dulce. Eu via uma sair do quarto da outra todas às vezes, parecendo estarem criando um elo muito interessante.

— Christopher, sua filha está aqui. — A voz de Donna surgiu no viva-voz.

— Qual? — Eu tinha três garotas, ela precisava ser mais específica.

— Emma. — Ela respondeu como se fosse óbvio.

Olhei o relógio e franzi o cenho. Ela devia estar indo para casa junto com as crianças para almoçar. Permiti que ela entrasse, o que aconteceu poucos segundos depois. Ela usava uniforme e seu semblante sério só mostrou que ela queria falar sobre algo sério. Em se sentou na cadeira em frente à mesa e jogou a mochila no chão, me encarando cautelosa.

— Em, o que houve? Você está me assustando.

— O que está acontecendo com a Dulce? — Entrelaçou as mãos em seu colo.

— Como assim?

— Olha, eu já sou grandinha então vamos ser honestos: eu sei que vocês estão dormindo juntos todas as noites, e sei que algo a mais já rolou. A Dulce está esquisita desde que eu cheguei, parece mais triste e quase não ri mais. Ela não gostou da minha volta? — Seu semblante entristeceu, mas eu fiquei mais surpreso com o fato de ela estar falando que sabia sobre Dulce e eu e não ter surtado em nenhum momento.

— Não tem nada a ver com você, querida. Tem algumas coisas acontecendo na cidade dela e ela está um pouco confusa, só isso.

— Tem alguma coisa a ver com o irmão dela que chegou machucado? — Franziu o cenho.

Porra, a garota estava mesmo por dentro. Limpei a garganta e me remexi na cadeira. Tudo bem, Em era a mais velha, mas ela era muito inteligente para uma garota de quinze anos, então eu teria de ser cuidadoso com as palavras.

— Isso mesmo. Não me pergunte, por que não posso e nem se pudesse responderia, mas tem... Hã... Coisas acontecendo na Flórida, e a Dulce está preocupada.

— Entendi... — Disse lentamente, tamborilando os dedos na mesa. — Então por que você não leva a Dulce para jantar?

Jesus.

— O quê? — Arregalei os olhos. Onde estava a garota birrenta de pouco tempo atrás?

— Ai, pai, pelo amor de Deus, tendo a minha aprovação ou não, tem coisas acontecendo com vocês. E eu prefiro que seja fora de casa, né? Já pensou se a Valentina entra no quarto e vê voc...

— Tá bom, Emma. — Apertei o nariz e balancei a cabeça, incrédulo. — Olha, você está muito espertinha para o meu gosto. Vamos parar com isso.

Ela revirou os olhos. — Pelo amor de Deus, como a Dulce, uma mulher tão legal e livre, fica com um homem tão quadrado como você?

Porra!

Porra ao quadrado. Clube das meninas contra Christopher Uckermann?

— Então tá, sabe tudo, o que você sugere? — Cruzei os braços em desafio e arqueei a sobrancelha. Pelo sorriso da minha filha, ela já tinha tudo planejado.

— Os gêmeos vão comprar uma roupa decente com você e Lisa vai cuidar da Dulce. Eu vou reservar um restaurante bem legal e um hotel para passarem a noite. Ah...

— Calma aí, calma... Calma, respira... — Gesticulei com as mãos. — E vocês ficam com quem?

— Maggie, Carmen a Angélica. Já falei com elas e está tudo certo. Por favor, pai, você está falando com a mente que maquinava a demissão de cada babá, acha mesmo que eu não pensaria em tudo? — Riu.

— Emma... — Chamei cauteloso e passei a mão pela testa. — Por que está fazendo isso? Você aprova que eu tenha algo com a Dulce?

Não era como se eu tivesse pensado muito em ter algo com ela, mas ter a aprovação das crianças já era meio caminho. Especialmente Emma, que era a mais difícil. Em suspirou e abriu um sorriso fraco.

— É estranho pensar em te ver com outra pessoa, mas eu gosto da Dulce. Eu gosto de como ela cuida da gente e do jeito que ela olha para você. Lembra como a mamãe te olhava. Se fosse com ela, a gente aceitaria sem drama e com o tempo a estranheza iria embora. Claro, não ia ser fácil, né? — Riu nervosa. — Mas pode dar certo. — Balançou a cabeça, aparentemente satisfeita com o que tinha dito.

Não consegui falar nada. Minha cabeça parou de funcionar no “lembra como a mamãe olhava”.

É Emma cupido que vocês querem, leitoras? Pois tome, kkkkk.

Como ela disse, melhor a Dulce do que outra pessoa, né? Ela não aprova 120% (ainda), mas também não se opõe. Prefiro pensar que isso já é dois caminhos andados, porque a garota era o cão, vamos combnar kkkkk.

Vamos torcer pra ela não aprontar nesse encontro, né? Que tudo dê certo, SARAVÁ, AMÉM, SALAAM ALEIKUM! 

Já torçam por Alfonso também, e pra Dulce conversar (ou não, façam suas apostas) conversar sobre a vida na Flórida. 

É isso, mores. Me digam o que estão achando, o feedback de vocês é absurdamente importante pra mim. 

Beijinhos!