Fanfics Brasil - Capítulo 39 — Dulce De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 39 — Dulce

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— Você está linda, Dulce. Vai logo ou o papai vai subir aqui e levar no ombro como um troglodita. — Emma bateu palminhas, entrando no quarto.


Olhei-me no espelho mais uma vez. Ter algo com Christopher às escondidas era uma coisa. Sair para jantar com ele e ainda ter a ajuda das crianças para isso acontecer era muito, muito esquisito.


— Confia em mim, Dulce, você está um arraso. Estamos falando do meu talento, afinal. — Lisa gabou-se, jogando os cabelos de um lado para o outro. Emma e eu rimos da cena.


— O papai já está lá embaixo, Dulce. — Emma me apressou novamente.


— Certo. — Respirei fundo e me olhei novamente no espelho.


Ninguém nunca diria que uma garota de treze anos havia escolhido aquele vestido e cuidado do meu cabelo e maquiagem, além de, claro, contratar manicure e pedicure, enquanto Emma me obrigava a ser torturada com a depilação brasileira. Sério, aquilo foi a minha morte.


Mas o pior foi ela me fazer depilar um dia antes porque “a relação sexual só era aconselhada vinte e quatro horas depois da depilação”. Uma menina de quinze anos me disse isso. E a de treze concordou como se entendesse muito do assunto.


Eu preferia pensar que ela nem sabia do que se tratava.


Quando desci as escadas, vi as crianças paradas me olhando como se eu fosse um ET. Menos Valentina, que parecia satisfeita com o que via. Christopher logo entrou em meu campo de visão, vestido formalmente, assim como eu. Seus cabelos estavam rigidamente penteados para o lado e a barba bem ralinha, do jeito que eu gostava. Ele estava incrivelmente bonito.


E a forma que ele estava me olhando... Aquele jeito esquisito que ele me olhava toda vez e eu não sabia o que significava, fazendo o meu estômago dar cambalhotas. Ele caminhou até onde eu estava e beijou minha mão. Olhei em pânico para as crianças, que não estavam surtando.


Não! Estavam! Surtando!


— Pronta para irmos, Srta. Saviñón? — Entrelaçou meu braço ao dele e o seu sorriso era tão sincero que me aqueceu por inteiro.


— Claro. — Olhei para Maggie, que estava pegando Valentina no colo. — Maggie, tem uma lista de remédios e telefones caso precisem. Deixei no balcão da cozinha mais cedo. O celular do Christopher vai ficar ligado o tempo int...


— Vá tranquila, menina. Aproveite o seu encontro. — Maggie piscou travessa, e beijou a testa de Val.


Respirei fundo e dei um beijo nos sete antes de sair. Emma tinha um sorriso fraco, quase triste, mas não parecia desconfortável com o fato de eu estar saindo com o pai, e isso só dificultava qualquer barreira que eu procurava para afastar Christopher de mim.


O caminho até o restaurante foi com uma conversa leve. Christopher parecia cauteloso e não queria invadir o meu espaço. Eu era grata a ele por isso, porque eu só conseguia pensar em Alfonso: no estado que ele estava, em como o filho da puta foi embora sem se despedir, e as coisas que ele me falou... Especialmente em relação a Christopher.


Olhei para o dito cujo e o avaliei, repassando a minha conversa com Poncho. Quais as chances de eu estar realmente me apaixonando por ele? Não podia ser só algo carnal? Eu estava caminhando para um beco sem saída, porque eu sabia que não poderia competir com Sophie. E sinceramente, eu não queria. Eu queria que ela tivesse um lugar na vida de Christopher, porque graças a ela, sete crianças incríveis entraram na minha vida. Olhei para a aliança em seu dedo. Será que nunca não poderia tentar abrir o coração para mim só um pouquinho? Eu tinha certeza que poderia fazê-lo feliz caso ele me aceitasse.


— Está tudo bem? — Ele entrelaçou nossas mãos à medida que entrávamos no restaurante. — Estou te sentindo meio aérea.


— Desculpe. — Ri nervosamente. — Vou tentar ser uma companhia melhor.


O maître nos levou à nossa mesa, e Christopher — muito cavalheiro, devo ressaltar — afastou a cadeira para que eu me sentasse, sentando de frente para mim em seguida. Ele segurou minhas mãos por cima da mesa, acariciando-as com os polegares em movimentos circulares.


— Você já é uma boa companhia, Dulce. Eu sei que está nervosa por causa de Alfonso, mas o que acha de tentar relaxar um pouco? Temos a noite inteira e depois nós vemos o que fazemos com o seu irmão, tudo bem?


Me afastar dele? Risque isso. Era impossível. Não quando ele agia daquele jeito, cuidando do meu bem estar como se realmente se preocupasse comigo.


O jantar passou tranquilamente, e ele conseguiu mesmo me relaxar com uma conversa descontraída. O tempo inteiro eu só me perguntava onde aquele louco sem coração tinha se enfiado. Christopher era um doce, e até fazia piadas vez ou outra. Ele era um merda para isso, mas o que importava era a intenção, certo? Certo.


Quando saímos, Christopher foi para o balcão dos manobristas para esperar o carro, e eu fiquei um pouco mais atrás apenas para observá-lo melhor. Ele era mesmo um homem muito bonito. Bonito? Não. Ele era o pecado em forma de homem. Mas não era só isso: era inteligente, íntegro e gentil. Eu entendia o motivo de Sophie ter se apaixonado por ele, e não podia deixar de lamentar o término fatídico do casamento de ambos, e a forma que isso afetou a vida de Christopher.


— Ora, se não é a selvagem. — Aquela vozinha de hiena. Senti meu corpo retesar e me virei lentamente, encontrando Belinda acompanhada por um homem muito bonito, que logo se afastou e foi para o balcão.


— Boa-noite. Em que posso ajudar? — Murmurei secamente, cruzando os braços.


— Então quer dizer que a babá está mesmo interessada no patrão? O que foi? Cansou dos pestinhas e resolveu virar a mamãe número dois para arrumar alguém para cuidar deles? — Abriu um sorriso de escárnio, e precisei de muito controle para não bancar a selvagem e voar naquele pescocinho magrelo.


— Não ouse falar dos meus meninos, Belinda! — Rosnei entre dentes e respirei fundo. Ela não iria tirar a minha paz. — Se você não tem nada de útil para falar...


— Ah, mas eu tenho. — Ela se aproximou lentamente tentando me intimidar, e eu permaneci no meu lugar. Se ela ousasse invadir o meu espaço pessoal, foda-se se eu estava num público, eu daria na cara daquela perua. — Noah me disse que foi ameaçado na frente da escola por causa de um dos Uckermann filho.


Sorri maldosamente. Aquele foi um bom dia.


— Ainda bem que alguém fez algo a respeito, não é? Porque a mamãe só pensa em SPA e fisgar um homem rico. — O sorriso dela morreu, o meu aumentando mais ainda. — Eu vi a forma como você olhou para Christopher no clube. Sou mulher, linda, nós entendemos os sinais. Aquele toque no braço, tentar me provocar por me ver como perigo. Mas adivinha só? Você deveria tomar cuidado comigo.


Ela riu com escárnio, e cruzou os braços com o ar superior.


— Isso não vai ficar assim, Dulcinha. Primeiro o meu filho, depois se meter com o homem que eu queria...


— Algum problema aqui? — Christopher envolveu meus ombros com o braço, franzindo o cenho ao ver Belinda. — Por que está tão perto, Belinda?


— Nada, Chris. — Ela bateu os cílios inocentemente, e eu trinquei o maxilar. Vaca. Cadela. — Só queria ver como Dulce estava indo com as crianças.


— Muito bem. — Ele respondeu por mim, secamente. — Agora, se não se importa, seu parceiro é aquele homem. — Apontou com o dedo para o homem que estava com ela, fazendo-a colocar uma máscara de coitada no rosto. — Meu encontro e eu precisamos ir. Tenha uma boa noite.


Sem dar a chance de nós duas falarmos, ele me puxou para longe dela e abriu a porta do carro para mim. Enquanto ele caminhava para o banco motorista, decidi provocar um pouco e sorri maliciosamente para Belinda, acenando um tchauzinho e mandando um beijo.


Mas eu precisava de uma marca registrada. Fechei a cara e mostrei o dedo meio, e só parei ao ouvir a risada de Christopher, que deu partida no carro em seguida.


— Você não existe, Dul. Vamos aproveitar o resto da nossa noite e esquecer esse imprevisto chato.



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Mal entramos no quarto e Christopher me empurrou contra a parede, com as mãos sob o meu vestido acariciando minha bunda. Ele se afastou um pouco com um sorriso devasso. — Sem calcinha? Dei de ombros. — Sabe como é, chefe. Para facilitar o serviço. Desesperada para fazer a sua virilha e a minha se encontrarem, enrolei minha perna ao redor d ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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