Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Emma estava certa sobre passar um tempo com Dulce. Eu a sentia mais relaxada, sorridente, como se sentisse que o mundo estivesse começando a se encaixar.

Felizmente, em casa as coisas estavam correndo perfeitamente bem, diferente do trabalho. Como eu estava planejando uma viagem surpresa com a família, precisava correr loucamente com reuniões, contratos, demissões e admissões... Enfim, tudo o que Maite não poderia resolver sem mim por mais de uma semana.

— Christopher, sua mãe está aqui. — Donna lamuriou. Minha mãe era um pouco difícil de lidar. — E me permita dizer, não está com a cara nada boa.

Porra. Era só o que me faltava.

— Deixe-a entrar, Donna.

Pouco depois minha mãe entrou em toda a sua elegância e cabeça erguida, mostrando toda a sua superioridade. Eu a amava, mas eu não conseguia entender o motivo de meu pai ter se casado com uma mulher tão fria e calculista quanto ela.

— Christopher. — Ela me cumprimentou, sentando sem ser convidada.

— Em que posso ajudar, mãe?

— Anahí me disse que você saiu com a babá na semana passada. — O seu tom cheio de desdém me fez trincar o maxilar para não falar nenhuma besteira. — A babá, Christopher. A mulher contratada para cuidar dos seus filhos. Que pouca vergonha.

— Era só isso que você tinha para falar? Não sei se percebeu, mas estou no trabalho, e não trato de assuntos pessoais aqui.

— Bom, mas aqui é o único lugar que vejo o meu filho, já que ele não me visita e não me deixa visitá-lo na casa dele também. — Reclamou, se recostando na cadeira.

— Então seja breve. Estou ocupado. — Entrelacei as mãos sobre a mesa, encarando-a impassível. Se ela podia me matar em algum momento, seria aquele. Paciência.

— Christopher, você não vê que essa garota está te seduzindo? Pelo amor de Deus, filho...

— Mãe, era só isso? — Cortei-a grosso. — Você está fora da minha vida amorosa, e, por Deus, não ouse falar mal de Dulce. — Ela arregalou os olhos, chocada.

— Você está defendendo aquela pobretona? — Aumentou a voz. — Olha, Uckermann, ela quer ter a sua vida, sair daquela miséria que ela chamava de vida.

— Assim como o meu pai fez com você? — Cutuquei. — Que eu bem lembre, ele também morava por lá.

— É diferente. — Ela rosnou, fazendo uma carranca. — Seu pai me amava, Christopher.

Mordi a língua para não mencionar a traição. Eu não iria jogar baixo, mesmo que Nancy Uckermann estivesse tirando a minha paciência. E meu pai tê-la traído não foi algo exatamente legal.

— Mãe...

— Não, Christopher. — Ela ergueu a mão com o olhar duro. — Pense em Sophie. É uma mulher da periferia que você quer para ocupar o lugar dela? Pelo amor de Deus, ela faleceu há menos de dois anos e você já leva qualquer uma para cama e a mantém no mesmo teto?

— Já chega! — Grasnei. — Você é a última pessoa que eu quero mencionando o nome do Sophie, ou você lembra do que fez quando soube que ela estava grávida da Em?

Eu nunca perdoaria a minha mãe por ter induzido Sophie a tentar fazer aborto, tentar fazer com ela sofresse algum acidente simplesmente porque não queria que eu tivesse filhos tão cedo. Eu também não deixaria que ela falasse mal de Dulce. Ela podia ser de qualquer buraco do mundo, mas era a mulher mais honesta que eu já havia conhecido.

— Só estou tentando abrir seus olhos. — Sua voz suavizou, mas o olhar continuou gélido.

— Você tem trinta segundos para estar fora da minha empresa, ou eu juro que vou pedir para os seguranças fazerem isso. — Peguei o telefone e o coloquei no ouvido, dando ênfase ao que eu disse. — Fique longe da minha família, mãe. Você perdeu o direito de ficar perto de nós quando fez Sophie cair da escada na gravidez de Emma.

Não houve remorso em sua postura. Ela continuou com o mesmo olhar arrogante e se levantou como se fosse a porra da dona do mundo.

— Depois não diga que eu não avisei, Christopher. Assim como o seu pai, você tem o fracasso de ser atraídos por vagabundas!

— Tire Nancy Uckermann daqui. Obrigado. — Falei ao telefone e ela estreitou os olhos.

— Você não teria coragem. Sou sua mãe. — Cruzou os braços, desafiadora.

A porta se abriu e um segurança entrou. Ela olhou para ele e para mim. Antes que eu desse a ordem, ele a segurou pelo braço e a tirou dali, ignorando seus protestos e ameaças de processá-lo por agressão.

Quando a porta se fechou, apertei a ponta do nariz e suspirei cansado. Peguei a foto de Sophie que tinha em minha mesa e olhei para ela. Minha esposa era tão bonita e gentil. Eu daria qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa para tê-la comigo. Olhei para a minha aliança e para a foto novamente.

— Me dê uma luz, Sophie. Eu preciso saber o que você quer de mim. — Acariciei o rosto na foto, sentindo os olhos arderem. Eu precisava mesmo de uma luz, qualquer coisa me ajudasse a saber o que deveria fazer.

Respondendo o face:

Geovana Aparecida: juro que tô chorando de emoção. Minha primeira estória, gente. Que orgulho. Ainda na terceira pessoa kkkk (depois que comecei a escrever na primeira, viciei). Alá, parece que a possível sogrinha é contra o relacionamento do casal.