Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
— Srta. Saviñón? Pode entrar. — A psicóloga chamou-me e eu levantei agoniada, encontrando Valentina olhando para todos os lados com os olhos marejados. Voei até ela, sentando ao seu lado e a abraçando.
— O que houve, querida? — Perguntei fazendo cara feia para a mulher à minha frente. Ah, se ela estivesse assustando a minha bebê, eu daria na cara dela.
Ela se sentou à nossa frente com aquela prancheta assustadora e ajeitou os óculos, olhando-nos com atenção. Ah, pelo amor de Deus, não era permitido abraçar a criança? Valentina tremia em meu colo, soluçando.
— O que houve, doutora? — Perguntei enquanto afagava os cabelos da minha pequena.
— Valentina pediu para te chamar.
— Ela falou? — Arregalei os olhos e olhei minha menina que estava com o rosto escondido em meu peito.
— Sim. E disse que vai falar mais. Ela disse algo sobre um pesadelo, mas quero que você escute para podermos conversar a sós. — Seu olhar suavizou para Valentina, e pegou a mãozinha da minha pequena. Tinha alguma coisa acontecendo, e eu não sabia como lidar com isso — Val, você pode falar de novo sobre seus pesadelos? A tia Dulce quer escutar.
Valentina olhou para mim com cautela, indecisa sobre obedecer ou não. Afaguei suas costas, lhe passando segurança. Se ela já tinha falado antes, por que a mulher queria fazer a garota repetir tudo? Do jeito que ela acordava aos prantos no meio da noite, a coisa devia ser feia.
— Ele queria me levar, Dulce. A mamãe não deixou e eles colocaram uma coisa preta que a fez sangrar. Fez muito barulho. — Cada palavra era cortada por um soluço que ficava mais alto. Olhei para a doutora, que me olhou de forma significativa. — Tinha sangue e ele queria me levar, mas o outro homem do shopping não deixou.
Valentina começou a chorar copiosamente, e a minha única reação foi quase esmagar a garota contra mim, olhando abismada para a doutora.
Não foi um pesadelo.
—
— Está tudo bem? — Dei um pulo ao escutar a voz atrás de mim, e acabei engasgando com a fumaça do cigarro.
— Vá assustar o cão, Christopher. — Resmunguei e ele entrou em meu campo de visão com uma calça moletom e regata. — O que aconteceu?
— Senti a sua falta. — Ele sentou de frente para mim, acariciando minhas coxas. — O que aconteceu? Tyler disse que você está esquisita desde a hora que chegou com Valentina.
Respirei fundo e traguei o cigarro. As coisas que Valentina disse não saíam da minha cabeça, mas a doutora disse que foi a primeira vez que ela falou, e que ela só falou quando prometeram que me chamariam depois. Pelo menos, depois disso, ela até voltou a falar um pouquinho mais. A psicóloga disse que isso vai acontecer com o tempo, que ela se sentiria segura e a vida voltaria ao normal. Aos poucos, com passinhos de bebê.
Eu sabia que a vida dela não voltaria. Não como antes. Não depois do que ela viu.
— Val viu a mãe sendo assassinada, Christopher. — Sussurrei sentindo os olhos arderem e suas mãos pararam um pouco, mas logo voltaram os movimentos.
— Pensei que você já soubesse disso. — Ele olhou para as minhas pernas, o semblante triste, assim como a voz. — Foi por isso que ela parou de falar. O cérebro dela criou isso como um mecanismo de defesa, não sei.
— Ela falou sobre isso hoje. — Contei para ele o que a menina disse e ele me ouviu atentamente. — Ela disse que pensava que a culpa era dela, Chris.
— Eu sei... — Suspirou pesaroso. — Eu tentei conversar com ela, explicar que nada tinha sido culpa dela, mas não adiantava.
Concordei com a cabeça e levei o cigarro aos lábios novamente. Eu estava ansiosa e não sabia o porquê. Essa história de Valentina ver a mãe sendo assassinada mexeu comigo de um jeito extremamente doloroso. Eu não conhecia os meus pais, e nunca tive alguém para cuidar de mim além de Alfonso, mas eu podia apostar que ver a mãe sendo morta não estava na lista das coisas que uma criança devia enfrentar.
Christopher pegou o cigarro das minhas mãos e o apagou. Me colocou em seu colo e me balançou num ritmo constante, como se estivesse me ninando. Pensei em protestar, mas era bom estar perto dele. Eu gostava de tê-lo me tocando. Passei as mãos pelo seu peitoral, decorando cada pedacinho dele.
— Obrigado por estar ao nosso lado, Dulce. — Ele sussurrou com a boca no alto da minha cabeça. — É bom saber que as crianças podem contar com você. E eu também. — Ergueu o meu queixo, fazendo-me encará-lo. — Eu vou cuidar de você.
Quando ele achava que eu estava dormindo, sempre dizia isso antes de beijar minha testa. Sempre. E eu não sabia o motivo, mas toda vez um arrepio percorria a minha coluna, mas não de um jeito bom. Ele estava mais protetor, o que me fazia pensar que ele sabia de alguma coisa. E só de pensar no que ele podia saber, me dava vontade de me encolher na cama e ficar lá até morrer.
Respondendo o face:
Prévia do próximo capítulo
— Ah! Meu! Deus! — Ouvi Lisa exclamar assim que entrou em seu quarto no resort. — Eu já posso me ver passando horas no salão. — Bateu palmas, imensamente empolgada. — Estamos no Havaí, e ao invés de pensar em praias, pensa em salão? — Brinquei, cruzando os braços. — Pai, praia é um p ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
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lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
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lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
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maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?