Fanfics Brasil - Capítulo 46 — Dulce De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 46 — Dulce

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— Será que a gente pode conversar? — Uma voz familiar perguntou atrás de mim, me fazendo ter um sobressalto. Coloquei o livro que estava lendo na mesa à minha frente e olhei para as crianças brincando de lutinha na piscina do resort.


— À vontade, Sr. Uckermann. — Soei o mais profissional possível. Ouvi o seu suspiro dramático e ele logo se sentou ao meu lado. Olhei friamente para ele, enrijecendo a postura.  — Em que posso ajudar?


— Voltamos às formalidades, Dulce? Merda, eu achei que estava tudo bem.


Rá. Muito engraçado. Quase aplaudi para ele.


— Estou apenas cumprindo o meu dever de ser apenas a babá, patrão. — Ironizei, não conseguindo controlar a língua.


— Dulce, pelo amor de Deus, eu só concordei com você. — Ele ergueu os braços e inclinou a cabeça, olhando-me indignado.


— Ok. — Respirei fundo internamente para não dar nenhuma resposta mal educada.


Depois que Christopher havia dormido na madrugada anterior, eu me deparei com fotos de Sophie. Não apenas na cômoda ao lado da cama dele, mas no bolso da calça que ele usava e que eu acidentalmente vi porque ela estava do lado de fora, isso fora a aliança. Naquele momento me veio um verdadeiro soco na cara que Christopher não se abriria novamente. Sophie havia levado o coração dele com ela, e assim seria.


E eu tive a certeza no café da manhã, quando ele falou de uma forma tão esquisita, como se eu estivesse forçando a barra ou invadindo o espaço pessoal da família.


Então, o melhor seria aprender a ficar quieta no meu canto e esperar a poeira abaixar em Tampa para que eu pudesse voltar.


— Dulce, o que aconteceu? Você está esquisita desde hoje de manhã. Por que você saiu de fininho de madrugada?


Olhei para ele e vi seu semblante perturbado. Cruzei os braços numa postura defensiva. Merda, eu não sabia se tinha fugido por vergonha pelo choro, por saber que eu não poderia ter Christopher comigo ou porque eu tinha medo do que estava sentindo sem nem entender o que era.


— Eu não sei. — Era melhor a sinceridade de uma vez. — Eu não sei lidar com isso, Christopher. Parece que eu estou sozinha nessa coisa que a gente tem, e eu tenho certeza que no final isso não vai acabar bem.


— Dulce, se é pelo que aconteceu mais cedo, me desculpa, eu só achei que...


— Não é isso. — Cortei-o e suspirei pesadamente. — Ao menos não é isso.


— Dulce... — Valentina apareceu esfregando os olhinhos, sonolenta. — Vamos dormir?


— Claro, minha flor. — Dei uma olhada para Christopher, que parecia absorto nos seus pensamentos. — Vou colocar as crianças na cama. — Avisei-o, mas ele não se movimentou.


Depois de ajeitar as crianças para dormirem, ninei Val em meu colo e fiquei velando seu sono enquanto o meu não chegava. Ela era muito parecida com Sophie, pelo que eu vira em fotos e no quadro imenso na sala da casa dos Uckermann. Os mesmos olhos claros e astutos, o sorriso travesso, os cabelos loiros quase platinados e a pele alva como se ela nunca tomasse sol. Na realidade, Sophie parecia uma estrela de Hollywood, ou aquelas supermodelos que me deixavam envergonhada de respirar o mesmo ar que elas.


Uma batida na porta que separava o meu quarto do de Christopher me tirou da minha dose de autopiedade, e eu considerei apenas fingir que estava dormindo, mas depois de pensar bem, era melhor colocar logo um ponto final nessa... No que quer que estivesse rolando entre nós.


Abri a porta e Christopher estava vestido, para a minha surpresa. Não houve aquela urgência da noite anterior e ele parecia aflito. Merda, eu precisava de um cigarro. Sinalizando para ele esperar um pouco, peguei um maço e o isqueiro no fundo de uma das gavetas da cômoda ao lado da cama e chequei se Valentina estava realmente adormecida antes de ir para o quarto de Christopher.


Assim que ele fechou a porta, fui direto para a pequena varanda e acendi o cigarro, dando uma tragada profunda. Senti a presença de Christopher atrás de mim, mas ele não me tocou.


— Agora você pode me explicar o que está acontecendo, Dulce? — Sua voz não era mais que um sussurro, e eu me encolhi com o efeito que somente a sua presença causava em mim.


— Eu já disse que não sei, Uckermann. — Suspirei e virei para ele. — Essa coisa que está acontecendo entre nós não vai para frente e ambos sabemos disso.


— E não vai por quê?


Abri um sorriso triste, sentindo os olhos arderem.


— Eu não sou isso que você está vendo, Christopher. — Apontei para mim, e o vi franzir o cenho em confusão. — E eu não posso tentar entrar num coração que foi enterrado junto com alguém que ele amava.


Ele ficou pensativo, e eu entendi uma expressão que havia caçoado de um livro que havia roubado da biblioteca do orfanato pouco antes de eu fugir: silêncio ensurdecedor. Meu coração começou a bater descontroladamente e o meu ar faltou. Porra. Eu estava certa, mas não queria estar certa. Era pedir demais que ele reagisse? Nem que fosse um pouco?


Deixei a bituca do cigarro no pequeno lixo que tinha ali e fui para o quarto, pronta para entrar no meu e esquecer aquele capítulo deprimente no qual eu estava me colocando, mas antes que eu encostasse na maçaneta, fui puxada e pressionada na parede, sentindo o corpo de Christopher prensando o meu.


— Dulce... — Ele parou e fechou os olhos, colocando ambas as mãos em concha no meu rosto. — Só tenha paciência comigo. Eu não sei o que está acontecendo, mas estou mais perdido que você. — Dei uma risada sem humor, balançando a cabeça. — Acredite em mim, Dul. Só... — Limpou a garganta. — Fica comigo. Por favor.


Caramba, eu nunca tinha me sentido tão vulnerável como naquele momento. Todos os dias eu passava por mais de uma cama, satisfazia os homens de todas as formas que eles queriam, mas com Christopher falando daquele jeito era como se ele fosse o primeiro homem fazendo qualquer coisa comigo.


— A gente vai acabar se machucando, Christopher. Eu não posso fazer isso.


— Isso o quê?


— Eu não sei. — Me desvencilhei e comecei a andar pelo quarto. Era agonizante não ter resposta para algo que tecnicamente tinha que ser fácil. — Você me olha de um jeito esquisito, me faz sentir coisas que eu nunca senti e isso não é bom, Christopher. Você me fez chorar durante o sexo. — Ri nervosamente. — Merda, isso é horrível. Eu não devia ter ficado incomodada por você ter dito que eu sou apenas a babá da Val, mas isso me incomodou, porque parece que eu estou nessa droga sozinha. — Minha visão ficou turva pelas lágrimas e minha respiração estava tensa. Eu acho que gosto de você, mas não sei o que as pessoas fazem quando isso acontece.


— Dulce. Calma. Fica comigo. Só não vai. Por favor. — Senti que ele se aproximava e pisquei, espantando as lágrimas. Eu nem sabia se estava apaixonada mesmo e já estava sendo machucada. Me afastei, indo para perto da porta.


— Eu não posso lidar com isso, Christopher. Não posso me dar por inteira para alguém que nunca vai estar comigo completamente. Eu não vou ser a sombra de ninguém, nem sua, nem de Sophie, nem de ninguém. Não mais. — Fui para o meu quarto e fiquei encostada na parede, olhando para Val e pensando no que eu tinha falado. Eu só iria falar que precisava ficar longe dele, mas eu acabei mencionando Sophie. — Merda. — Resmunguei, caindo sentada no chão e escondendo o rosto com as mãos.


Não podia ser tarde para fugir dessa coisa que ele me fazia sentir.


 


Respondendo o face: 


Vanessa Aparecida: aaah, continuei, mulher. Gostou? Beijinhos.


Andrea Osiris: mana, o bicho pegou. Christopher vacilou feio e agora nossa garota tá magoada. DEU RUIM! Continuei, gatona. Beijos.


 


Gente, fiz até um capítulo maior porque esses momentos de tensão me empolgam demais kkkk perdoem e não desistam de mim. 


Olha, uma leitora linda e maravilhosa deu a melhor definição desse rolo deles:  Fico com dó da Dulce, ela ainda não entende muito do amor, só oque o Poncho deu a ela, mas no outro caso ela não conheceu ainda, por isso ela não entende os olhares do Christopher. Coitada, foi tão usada que não sabe quando um homem da amor a ela.  Eu juro pra vocês que chorei com esse comentário, não sei se por causa de TPM, por mozão recusando comprar chocolate pra mim ou pq realmente o comentário foi foda, pq olha, era isso que eu queria que vcs captassem sobre a Dulce. E eu espero de coração que tenham entendido, pq essa fic é justamente pra mostrar a descoberta dos sentimentos da Dulce, dela se conhecendo e se descobrindo como uma mulher capaz de ser amada. 


Perdoem o textão, é pq realmente eu tô mt sensível esses dias EU NÃO TÔ AGUENTANDO.


Amanhã eu vou colocar uma música no começo do cap., se vocês puderem escutar ao ler, vai fazer muito sentido, viu? A letra me fez chorar demais também (o que eu disse sobre TPM? Pois é). 


Ahhhhh, deixa eu agradecer vocês pelo carinho, sério, lendo os comentários de vocês, tendo esse feedback lindo me deixa tão feliz que palavras não são capazes de definir como o meu coração fica. Obrigada demais por estarem comigo, vocês são demais!


Até amanhã, mores e perdoem essa autora que fala e digita demais. 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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