Fanfics Brasil - Capítulo 49 — Christopher De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 49 — Christopher

1857 visualizações Denunciar


Ser racional? Esqueça isso. Aquilo era tudo o que eu não seria depois de escutar o que Dulce havia dito. Senti o meu corpo inteiro tremer de ódio só de pensar na possibilidade de alguém violando o corpo dela.


— Por isso você chegou tão machucada, não foi? — Minha voz saiu perigosamente baixa. — Não teve nada a ver com um assalto. Você sabia quem era. — Era uma afirmação, e as lágrimas de Dulce foram a minha confirmação.


Puta que pariu!


— Christopher... — Ouvi sua voz ao longe, mas eu já estava andando de um lado ao outro, planejando a morte do desgraçado que fez isso com ela. Puta merda, eu sabia que tinha alguma coisa errada, mas não queria aceitar que estava nesse patamar.


— Qual o nome do desgraçado? — Apoiei as mãos na mesa, encarando-a furioso. — Me dê o nome do filho da puta!


— Christopher, me escuta... — Manteve a voz calma, chamando-me novamente.


— O nome, Dulce. Eu vou matar o filho da puta que fez isso com você. Qual. O. Nome. Do. Desgraçado?


— Será que você pode me escutar? — Senti uma pontada de desespero na sua voz, mas eu não estava conseguindo raciocinar direito.


— QUAL O NOME DO FILHO DA PUTA, DULCE? Eu vou matá-lo.


— Ele já está morto, porra! — Grasnou, e eu recuei dois passos, encarando-a. Seu lábio inferior tremeu visivelmente, e sua postura ficou derrotada. — Você pode me escutar, por favor? Acho que é bom a gente conversar em outro lugar.


Ela estava muito tensa. Tensa para caralho. Como se estivesse numa luta interna. Seus olhos lacrimejaram, mas quando sacudiu a cabeça e respirou fundo, a máscara de mulher forte estava lá novamente.


— Tudo bem. — Respirei fundo e vi que havíamos atraído alguns olhares, mas eu estava tão nervoso que não conseguia me importar com isso.


Fomos para o quarto dela, e enquanto criava coragem para me falar o que quer que fosse, eu pedi uma água e procurava manter a calma. Ela parecia temerosa, me olhava quase assustada. Fosse o que fosse que ela quisesse me contar, era algo sério, e eu precisava mostrar que estava do lado dela independentemente da merda que tinha acontecido.


— Está bem... — Sussurrou e esfregou os olhos. Andou pelo quarto e optou por sentar na cadeira de uma pequena mesa perto da porta, colocando as mãos no colo e mexendo os dedos nervosamente. — Você pode sentar? Eu estou meio tensa e você ficar aí não está ajudando.


— Claro. — Obedeci e sentei ao lado dela. Segurei suas mãos para lhe passar segurança e mostrar que eu estava ali por ela. — Dul, pode confiar em mim.


— Christopher... Eu preciso que você escute tudo, tá legal? Não é uma história boa, não é bonita e nada do tipo. Mas eu... — Limpou a garganta, tirando suas mãos das minhas. Aquilo não estava cheirando bem. — Eu preciso que você escute tudo.


— Você está me assustando... — Tentei brincar, mas quando seus olhos encontraram os meus, tive vontade de pegar as palavras de volta. Ela estava mesmo quebrada. — Desculpa. Eu vou escutar, Dulce. Confia em mim.


Ela assentiu fracamente com a cabeça e empertigou a coluna, mordendo o lábio nervosamente.


— Como você já sabe, me deixaram no orfanato com pouco tempo de vida. Segundo a diretora, eu não tinha nem uma semana. A vida lá não era fácil, as crianças mais velhas se aproveitavam da minha vulnerabilidade para me bater, e foi aí que eu conheci o Alfonso.


Seu olhar ficou vago, como se ela revivesse cada lembrança que falava. E não eram boas lembranças, eu podia jurar isso.


— Ele me defendeu uma vez e desde então ficamos juntos. Eu devia ter uns cinco ou seis anos, e algumas meninas estavam tentando enfiar a minha cara no vaso sanitário porque eu tinha tropeçado em uma delas. — Engoliu em seco e se encolheu, como se a mera lembrança daquilo a machucasse. — Alfonso é o meu irmão, Christopher, mesmo que a nossa genética não concorde com isso. Quando ele completou dezoito anos e saiu do orfanato, eu tinha doze, e a minha vida se tornou um inferno. Eu nunca conseguia me defender porque eram grupos que vinham me atacar, e os funcionários de lá estavam ocupados demais com as crianças mais novas para se preocupar comigo.


— Dulce, você não precisa continuar... — Tentei me aproximar quando vi que ela estava perto de desabar, mas ela me parou com a mão e fungou, balançando a cabeça freneticamente.


— Eu preciso te contar, Christopher. — Engoliu em seco. — É importante. — Respirou fundo e assenti com a cabeça, desgostoso. — Alfonso é um monstro da informática, então começou a ganhar dinheiro como hacker, mas, claro, também mexia com drogas. Quando eu completei dezesseis anos, fugi do orfanato depois que um dos rapazes tentou me estuprar e ficou segurando uma navalha para me ameaçar. Por isso tenho a cicatriz na costela. Eu lutei e a navalha acabou me cortando.


Meu sangue começou a ferver, e provavelmente Dulce percebeu isso, porque segurou minhas mãos e sorriu fracamente, tentando me tranquilizar. Eu estava agoniado para fazer algo a respeito, mas ela queria me contar, e eu precisava escutar. Eu precisava entender aquela situação.


— Quando a diretora não fez nada, eu decidi que não podia ficar lá, porque sabia que aquele era só o primeiro caso, e não tinha dúvidas que iria se repetir. Fui morar com Alfonso, e a vida dele também não era fácil, Christopher, você precisa entender isso antes de tudo. Ele se metia com uma galera da pesada, e o que ganhava mal dava para se alimentar, imagina cuidar de mim? Comprar roupas, itens de higiene pessoal, e ainda alimentar. Não sei se você já percebeu, mas eu gosto de comer. — Riu fracamente da tentativa de brincar, mas eu estava tão nervoso que ri apenas pela tensão.


Seus olhos ficaram presos em nossas mãos unidas, e quando apertaram as minhas, quase pedi para que ela não falasse mais nada. Eu queria saber do seu passado, mas, porra, saber que aquilo a magoava e cutucava feridas não cicatrizadas, só conseguia pensar em quão filho da puta eu estava sendo.


— Eu não encontrava trabalho que não atrapalhasse os meus estudos, e Alfonso me proibiu de largar o colegial. Ele dizia que queria que eu estudasse e fosse alguém que ele não podia ser. — Crispou os lábios e inclinou o corpo, deixando o rosto perto das nossas mãos. Quando vi seus ombros se movimentando rapidamente, pensei que ela estava apenas criando coragem, mas quando senti algo molhar minhas mãos, meu estômago deu um nó.


— Dulce, para com isso. Você não precisa me contar. — Tentei puxá-la, mas ela não deixou. Ficou na mesma posição, apertando minhas mãos, e as lágrimas não paravam. Estava um silêncio mortificante, em que só se ouvia os seus soluços. — Porra, Dulce, não precisa falar nada. Eu te entendo.


— Eu virei garota de programa, Uckermann.


PUF!


Parei de tentar tirá-la dali e simplesmente congelei, olhando para aquela garota encolhida com o rosto perto das nossas mãos, e meu cérebro simplesmente virou gelatina.


Garota de programa.


Prostituta!


Puta que pariu.


Eu não estava conseguindo raciocinar. A mulher que eu tinha dito estar apaixonado era garota de programa. Como isso podia estar certo?


Soltei minhas mãos das dela num gesto brusco, e ela não tentou se mexer.


— O meu cafetão me estuprou, Christopher. — Disse com a voz abafada, cada palavra cortado por um soluço. — Depois disso eu fiquei cega, assustada, e usei uma navalha que Alfonso havia me dado. — Ergueu o corpo, me olhando. Seu rosto estava vermelho, assim como os seus olhos. — Eu o matei.


Levantei num baque, assustando-a e derrubando a cadeira como consequência. Caralho, isso era demais até mesmo para mim. Meus filhos estavam sendo cuidados para uma assassina. Puta que pariu, eu nem conseguia clarear as ideias, tudo o que eu queria entender era como tinha me apaixonado por alguém assim, com tantos segredos.


— Christopher, fala alguma coisa. — Ela pediu depois que eu fiquei apenas encarando-a, tentando entender aquilo tudo.


Porra, os meus filhos estavam perto de uma mulher perigosa e eu não fazia ideia.


— Quando nós voltarmos para Los Angeles, eu quero você longe dos meus filhos e de mim. — Saí do quarto dela com o coração na mão, sentindo as minhas pernas teimando em me obedecer, e piorou quando ouvi o seu choro, despedaçando o meu coração.


Mas, eu tinha perdido a minha esposa assassinada. Não havia a menor possibilidade de deixar os meus filhos nas mãos de alguém que fora capaz de matar.


Puta que pariu, em que merda eu me meti?


 


Respondendo o face: 


Andrea Osiris: deu ruim, mana. Não tem amor, deu ruim, deu muito ruim. Christopher tá doido de raiva.


Lukinhas Mathers: o cara vai largar minha bebê SOCORRO AAAAAAH!


 


Como eu estou com esse capítulo:



Vcs me perdoem e não planejem minha morte. Amo vocês.


AAAAH, MEU SOBRINHO NASCEU. BONITO PRA MERDA! Tem cabelo pela família inteira, kkkkkk.


Vamo jogar umas rezas pro Christopher não fazer nenhuma besteira, porque me bate um desespero toda vez que ele fica com a cabeça quente... 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Eu não conseguia respirar. Estava me sentindo tão humilhada por ter exposto a minha vida a alguém e ter sido tratada com asco, ainda mais por Christopher. Eu devia ter ignorado Alfonso com aquele papo tosco de honestidade, porque olha a que ponto chegou. Christopher me afastaria dos meus meninos. Só de pensar nisso, eu sentia o meu coraç&at ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais