Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Eu não conseguia respirar. Estava me sentindo tão humilhada por ter exposto a minha vida a alguém e ter sido tratada com asco, ainda mais por Christopher. Eu devia ter ignorado Alfonso com aquele papo tosco de honestidade, porque olha a que ponto chegou. Christopher me afastaria dos meus meninos. Só de pensar nisso, eu sentia o meu coração sendo dilacerado. A ideia de ficar longe dele também não era atraente, e eu só tinha um pensamento: fodeu!

Demorei a me acalmar, mas quando o fiz, decidi que o melhor seria curtir esse restinho de viagem e tentar conversar com Christopher. Eu não podia obrigá-lo a ficar comigo, mas eu não queria mesmo me afastar das crianças.

(...)

Estava anoitecendo quando decidi sair do quarto e colocar uma máscara impassível, para que as crianças não percebessem o que estava acontecendo. Encontrei Christopher sentado num sofá na recepção, lendo o jornal. Ele deve ter sentido a minha presença, porque assim que me aproximei, levantou o olhar e endureceu a expressão.

Meus parabéns, Dulce. O homem te despreza com todas as forças.

— Christopher...

— Dulce, agora não, por favor. — Estremeci com o tom de voz que ele usara. Nem nas primeiras semanas ele falara daquele jeito, e, definitivamente, não era nada amigável. — Eu só quero que essa viagem acabe logo.

— Não me afaste das crianças, por favor. — Sussurrei apavorada. Ele deu uma risada sarcástica e se levantou, caminhando lentamente até mim com os olhos gélidos e aquela expressão dura.

— A Sophie foi morta, Dulce. Como você espera que eu vá ficar com alguém que matou alguém? Que eu vá deixar os meus filhos ficar com alguém que tem as mãos sujas de sangue, porra? — Sua voz era baixa, mortal, como adagas que lançava em mim lentamente. — Tente entender o meu lado também, inferno. Está sendo uma merda para você, mas parece que eu estou revivendo toda a porra da dor de perder alguém. Entende quão fodido é isso?

— Eu amo as crianças, Christopher. — Implorei sentindo os olhos arderem. — Eu sei que você me odeia, e eu não te culpo...

— Eu não te odeio, Dulce. — Cortou-me e respirou muito profundamente. — Eu disse que estava apaixonado por você, caralho, acha que isso morre assim? Mas eu preciso pensar nos meus filhos antes de tudo, e você precisa assumir que não é o melhor exemplo para eles.

Eu queria retrucar, mas o nó que se formou em minha garganta me impediu, me fazendo engolir dolorosamente. Era a primeira vez que eu sentia que tinha uma família, e estava perdendo isso sem sequer ter o gostinho de aproveitar.

Não estava tendo a oportunidade de falar que estava me apaixonando — ou já estava apaixonada — por ele de forma irredutível. Dizer isso naquele momento daria a entender que eu estava desesperada. Eu estava, de fato, mas não queria usar os sentimentos para confundi-lo.

O celular dele tocou, e ele me lançou um último olhar antes de se afastar para atender. Vi o seu semblante mudar de fúria para assustado em segundos, e o estremecimento em seu corpo me fez estremecer também por puro reflexo. Quando ele desligou, saiu correndo e, óbvio, fui atrás dele.

— Ei, o que está acontecendo? — Puxei seu ombro, fazendo-o olhar para mim.

— Dulce, agora não. — Rosnou.

— O que está acontecendo, porra? É com as crianças? — Berrei desesperada.

— Valentina desapareceu! — Gritou. — Parece que aconteceu tudo muito rápido, e estou indo lá agora para ver o que está acontecendo.

— Eu vou com você. — Senti um frio absurdo, e um pressentimento ruim estava se assolando em meu peito. Mas que droga, por que eu não podia ter um pouco de normalidade? Eu estava apavorada só de pensar na possibilidade de algo acontecer com a minha menina.

— Não, Dulce você não v...

— Olha aqui, Christopher Uckermann. — Me aproximei, apontando o indicador em seu rosto. — Foda-se o que você acha de mim ou não. Eu amo você, mas essas crianças são importantes para mim, então se eu tiver que te enfrentar para protegê-los, eu vou fazer! Eu. Vou. Com. Você. Então cale a sua maldita boca e vamos ver que porra está acontecendo. — Passei por ele, indo até o carro que ele havia alugado no primeiro dia. O maldito ficou estático, me encarando chocado, mas eu não me lembrava de ter dito algo tão absurdo assim. — Anda logo, inferno! — Gritei, com a mão na maçaneta.

Ele pareceu ter saído do transe e foi para o seu canto.

Deus, se você existe, não deixe que machuquem a minha menininha!

Respondendo o face: 

Maria Pimentel: sentiu o impacto? Porque minha gente, o bicho tá pegando. Já basta meu casal separado, ainda tem minha bebê fugindo :( vamos ver se eu consigo escrever o bastante pra uma maratona kkkk beijos

Gente do meu coração, senta aqui comigo e vamos conversar. Algumas manas me acompanham de outras estórias, e vocês sabem que eu tenho o hábito de postar todo dia, até porque eu sei o que é ficar curiosa e tals, bater uma agonia e se eu escrevo o suficiente, eu posto mesmo. Mas, essas últimas semanas eu tenho estado fodidamente enrolada com o trabalho e a faculdade, as viagens, e bla bla bla, então, por favor, tenham paciência. 

Eu não posto porque não quero, me falta tempo, só isso. Inclusive, obrigada sahprado pela indicação da audição que vai rolar em SP, logo menos tô invadindo sua quebrada pra prova (aaaaaah, pois é, fui convocada para a próxima etapa). Assim que os babados voltarem à normalidade, eu volto a postar todos os dias ou mais de um capítulo. Contudo, por enquanto, tenham paciência comigo, por favor. 

Só mais uma coisinha: EU TO FELIZ PRA CARALHO COM O FEEDBACK QUE VCS ESTÃO ME DANDO, MEU DEUS, VCS SÃO MUITO FODA! Acho que a cada 5 capítulos eu agradeço, mas vocês não têm ideia de como eu fico feliz com vcs comentando e sentindo as coisas junto com os personagens. OBRIGADA DEMAIS, PEOPLE DO MEU CORE! 

No mais, até segunda, bebês. 

Beijinhos.