Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Senti algo se chocando fortemente em minhas costas, me fazendo soltar um gemido de dor. Haviam me dopado para me levar para aquele buraco, e o cheiro forte de mofo me fez espirrar repetidas vezes. Tentei mexer minhas mãos, mas elas estavam levantadas e presas por uma corda, e pela dorzinha incômoda, eu estava assim há muito tempo. Minhas pernas também estavam amarradas, impossibilitando qualquer chance de fuga.

De novo algo batendo em minhas costas, e eu gritei pela dor agonizante. E só então percebi que da parte de cima, eu só usava o sutiã. O local tinha uma iluminação muito fraca, limitando a minha vista. Ouvi uma risada, e não era a de Jason, o que foi um alívio. Por ora.

— Olá, princesinha. Achei que não acordaria nunca. — Ouvi uma voz atrás de mim e tentei virar a cabeça, mas senti outro choque em minhas costas. Porra! — Fiquei sabendo que você foi uma garota má e matou o chefe. Chace está furioso por isso, sabia? — O homem apareceu, e de tudo, só consegui focar na cicatriz imensa que ia da têmpora até o lábio. Monstruoso. — Acha esse brinquedinho doloroso? Você não viu nada, princesa. Chace vai acabar com você. — Abriu um sorriso satisfeito, revelando os dentes de ouro. Ele mostrou o chicote de tiras que muitos clientes fãs de BDSM usavam na boate.

Ele deu tapinhas no meu rosto, e por fim apertou minhas bochechas com força, sorrindo como um verdadeiro demônio.

— Espero que tenha conseguido se despedir do seu amiguinho e daquela família patética. Porque daqui você só sai morta! — Piscou e me soltou bruscamente, saindo daquele espaço fétido.

Ah, porra! Eu ia morrer. Tinha certeza disso. Jason devia estar furioso comigo não só por ter matado o pai, mas ter fugido também, fazendo com que ele perdesse muitos clientes não só na boate, mas também na rua.

Merda.

Chorei baixinho ao lembrar dos momentos com os Uckermann. Do gênio de difícil da Emma, mas da forma como ela se tornou minha amiga como se nos conhecêssemos há anos, da vaidade da Lisa, das pinturas e timidez do Tyler, das risadas do Adam toda vez que conseguia tocar uma música sem errar, de David e Daniel reclamando de como Christopher não sabia se vestir e estavam sempre vestidos impecavelmente, e da Val... Ah, minha menina tão doce e risonha. Eu só esperava que ela não ficasse com mais traumas do que já tinha.

Vê-la me chamando aos gritos enquanto eu ia para perto dos homens de Jason e não poder fazer nada a respeito foi mais difícil do que me abrir com Christopher. Os bracinhos estendidos e George a pegando no colo para que ela não corresse até mim.

Merda!

George com certeza foi um grande amigo e me apoiou, além de ter liberado o dinheiro. Ele havia se recusado a dizer sobre os negócios que tinham com Alfonso, mas eu também estava com tanto medo do que aconteceria comigo, que sequer pensei em insistir.

E Christopher? Com certeza ele já tinha percebido que algo estava errado. Será que George havia dito para ele o que estava acontecendo de verdade? E entregado as cartas? A carta dele estava completamente borrada pelas lágrimas, mas eu esperava que ele pudesse ler. Eu estava furiosa com ele, mas isso não negava o fato que eu estava apaixonada, mesmo com ele me falando coisas duras e me rejeitado depois de me abrir com ele, eu ainda era dele.

Feliz ou infelizmente, eu amava aquele imbecil.

Minha garganta ardia, assim como as costas, minha cabeça latejava e a minha boca estava seca. Fiquei pelo que pareciam ser horas na mesma posição, me chutando internamente por ter enfiado a família do Christopher na minha sujeira.

Quando a porta se abriu, pisquei para espantar as lágrimas e a visão do inferno provavelmente me assustaria menos. A luz foi acesa e vi que eu estava num cômodo pateticamente imundo e estéril de móveis, apenas uma mesa com os vários tipos de chicote, alguns objetos que não conseguia identificar o que era, mas que pareciam perigosos para estar perto de um doente como Jason, além de tesouras, facões, mordaças...

Puta! Que! Pariu!       

Engoli em seco, a minha garganta reclamou, e minha atenção foi para Jason, que parecia meio alucinado, mas não seria eu a falar isso para ele. Ele sorriu, mostrando os dentes amarelados e eu estremeci inteira.

— Sentiu saudades, gatinha? — Foi em direção à mesa dos objetos e meus olhos cresceram consideravelmente. Ele virou a cabeça para mim quando não o respondi. — Não vai me responder? — Continuei em silêncio, e seus olhos desceram para os meus seios, o seu sorriso aumentando consideravelmente. — Eu tive uma ideia de gênio, Dulce. O que acha de eu mandar cada pedacinho seu para Christopher Uckermann? Afinal, pelo que eu vi no Havaí, vocês estão juntos. — Minha respiração ficou cortada ao constatar que o homem estava me perseguindo há mais tempo do que eu imaginava. — Você não esperava mesmo que pudesse fugir de mim, não é?

Balançou a cabeça e pegou um pacote de algo que parecia ser algodão e um frasco colorido, me impedindo de saber o conteúdo dentro dele. Jason foi para algo atrás de mim e eu só conseguia escutar a minha respiração que ficava mais pesada a cada movimento que ele dava.

Primeiro foi o barulho, e depois o choque de ter sido açoitada de novo. Várias vezes. E quanto mais eu gritava, mais as suas risadas ficavam escandalosas. Eu tentava me mexer, mas meus pulsos já estavam doendo, meus braços tornozelos não ficavam atrás. Quando Jason se deu por satisfeito, pegou uma mordaça e a colocou em mim, e logo senti as minhas costas arderem como o inferno.

O filho da puta estava colocando sal nas feridas. Desgraçado! Era uma dor tão agonizante, que a qualquer momento eu perderia a consciência, tinha certeza disso. Meus gritos estavam abafados pela mordaça, mas as lágrimas de desespero escapavam dos meus olhos desesperadamente. E ele não parou. Continuou me açoitando e colocando sal em seguida, rindo a cada segundo, se deliciando com aquilo.

Minha cabeça já não obedecia mais os meus comandos, mas de relance vi quando o homem foi à mesa. Ele ficou de frente para mim e eu fiquei encarando os seus sapatos caros, morrendo de medo do que ele poderia estar tramando. Jason ficou parado e enfim a curiosidade me venceu. Foi tão rápido que só senti algo batendo violentamente no lado direito do meu rosto.

Gritei novamente, mas ele largou a palmatória e puxou minha cabeça pelos cabelos, distribuindo tapas pelo meu rosto com aquele sorriso diabólico. Quando ele voltou às chicotadas, não sei exatamente em que momento, mas apenas perdi a consciência.

Me perdoa, Christopher!

Respondendo o face:

Vanessa Aparecida: continuei, lindona!

Maria Pimentel : CADÊ O CHRISTOPHER QUE NÃO SALVA NOSSA GAROTA? 

Andrea Osiris: eu fico agoniada é com essa demora do Christopher em aparecer :( 

Gente do meu core, tudo bem? Eu tinha escrito outra coisa, mas tinha ficado muito detalhado e pesado demais até pra mim, quando fui revisar, então, perdoem, mas preferi pegar um pouco mais leve, passando a mensagem que, sim, a Dul está sofrendo, mas não escrever algumas coisas justamente porque não é todo mundo que tem estômago pra isso, né? Eu meio que tinha empolgado com essa coisa de tortura e tals, mas achei melhor não focar muito NESSA parte! Porém, espero que entendam a gravidade da situação que a Dulce está envolvida.

Aos que querem mais detalhes de qualquer, me mandem mensagem no pv com o e-mail que eu mando o arquivo do capítulo antes da alteração pra deixar algo mais baunilha (tendo consciência do que vão ler, por favor), já que algumas manas tinham me dito no particular que não tinham sangue pra ler essas coisas, e eu preciso encontrar um equilíbrio, né? Hahaha.

No mais, bom fim de semana, amores, e boa leitura. 

Beijos!