Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
“Christopher,
Eu cheguei na sua casa e na sua vida por motivos completamente errados, mas em nenhum momento me arrependo por cada segundo que tive com os seus filhos, e muito menos com você. Por mais que você não entenda o que eu passei, não te julgo por isso. Minha vida sempre foi complicada.
Conhecer e participar da sua vida, mesmo que só um pouquinho, foi a melhor experiência que pude ter. Você me fez enxergar a mulher que eu era, não o objeto de prazer que passei tantos anos acreditando ser.
Obrigada por ter tido paciência e não ter me demitido quando eu falava besteiras, por ter me enxergado de uma forma diferente. Eu tinha prometido não assumir isso em voz alta, mas eu achava esquisito o jeito que você me olhava. Meus clientes não me olhavam daquele jeito, Dennis não me olhava daquele jeito, ninguém no orfanato me olhava daquele jeito. Você enxergou algo em mim que por mais que eu tenha demorado a entender, eu vi que era algo bonito, e estou feliz por ter sentido isso independentemente do que aconteça comigo daqui para frente.
Eu não sei se te disse, mas eu me apaixonei por você. Também demorei para entender isso, mas não podia ir embora sem deixar você saber. Você me tem, Christopher. Até o meu último suspiro, eu sou sua (perdoa o drama, mas acho que posso me permitir um pouquinho, certo?).
Obrigada por ter me amado, me feito sua, e ter me mostrado que eu também era capaz de sentir coisas boas, merecendo isso ou não.
Valentina vai estar de volta logo. Tenha paciência com ela, e não deixe que ela sinta a minha falta. Não endureça o seu coração, Christopher. Ele é grande o suficiente para amar outra pessoa além de Sophie, e além de mim também. Se permita viver. Mesmo de longe, eu vou estar com você.
Sempre sua,
Dulce!”
Precisei ler a carta quatro malditas vezes para entender o que se passava na cabeça da Dulce. E cheguei a conclusão que se eu não estava louco, estava muito perto de estar. Pulando degraus, cheguei ao quarto em que Alfonso estava, encontrando-o dopado na cama. Angelica havia me dito que foi com muita relutância que conseguiu com que ele tomasse o remédio, mas eu precisava de respostas e encontrar Dulce o mais rápido possível, antes que o tal homem fizesse alguma merda que faria com que eu o matasse.
Sem remorso.
Cutuquei Alfonso, gritei em seu ouvido, mas o homem não acordou. Angelica devia ter dobrado a quantidade. Enchi um copo com água que tinha na cômoda ao lado da cama, jogando no rosto dele. O homem deu um salto, engasgando com a água que entrou no nariz e na boca. Seus olhos me encontraram, e não demorou para que ele viesse para cima de mim, mas dessa vez eu estava preparado.
— Se controla, porra! Preciso encontrar a Dulce. — Sufoquei quando o homem começou a apertar meu pescoço. Querendo assumir ou não, ele era mais forte que eu, e estava visivelmente possesso comigo, mas o que eu disse pareceu ter efeito, porque ele me soltou parecendo perdido, e começou a andar pelo quarto, passando as mãos pelo pescoço. — Alfonso, cadê a Dulce?
— Se eu soubesse já teria ido lá, porra! — Rosnou. — Me passa o endereço do seu pai. Preciso ver o que ele conseguiu.
— Como assim? — Saí da cama, franzindo o cenho. Nunca entendi de onde os dois se conheciam, embora tivesse minhas suspeitas.
— Christopher, olha, confia em mim. Fica fora disso. Você já magoou a Dulce o suficiente, não preciso que ela se ferre mais por sua causa.
Ouvir aquilo de outra pessoa era sufocante. Entreguei a carta para ele, fazendo um sinal para que ele lesse e entendesse o motivo da minha agonia. Com ou sem a ajuda dele eu iria encontrar aquela mulher. O problema era que sem a ajuda dele, eu demoraria mais.
E cada segundo era precioso.
— Alfonso, meus filhos estão me detestando, eu ainda nem vi Valentina, mas eu preciso garantir que a Dulce fique bem. Vamos deixar a porra do orgulho de fora, porque eu preciso dessa mulher de volta. — Mantive a voz calma, enquanto por dentro eu já estava o socando a cada olhada desconfiada que ele me dava.
— Porra. — Ele soltou depois de ler a carta. — Liga para o seu pai, porra. — Grunhiu. — Peça para ele vir aqui e me empresta algum celular pré-pago. Jason está aqui, pelo menos por enquanto. Ele me deixou sedado a porra do caminho inteiro, e provavelmente cobriu o rosto de Valentina. — Devolveu o papel. — Depois que encontrarmos a Dulce, eu quero você longe dela.
— Isso não é você quem decide. — Retruquei, jogando o meu celular na cama. — Você pode me odiar o quanto quiser, achar a porra que você quiser, mas eu amo aquela mulher, queira você ou não, e eu vou fazer o que for preciso para ela me aceitar de volta.
— Vai sonhando. — Bufou, pegando o celular. — Vá falar com o seu pai. Peça para ele trazer todas as informações que coletou até agora.
Pensei em perguntar o que era, mas o tempo estava passando. Com isso na cabeça, saí do quarto do homem, batendo a porta com mais força que o necessário.
(...)
— Compton. — Alfonso disse, entortando o nariz enquanto olhava atentamente a tela do computador. — Onde fica isso?
— É uma cidade não muito longe daqui. — Me aproximei, curioso.
— Bom, não há celulares rastreados, mas uma van com placa clonada foi filmada por lá, indo... 941 Cressey. Lado oeste. A última filmagem é no Compton Creek Natural Park.
— Puta que pariu. — Resmunguei. Era um dos lugares mais perigosos de Los Angeles, os assassinatos eram muito comuns por ali. Passei as mãos pelos cabelos, procurando manter a calma. — E depois disso?
— Nada. — Crispou os lábios. — Você conhece aquele lugar? De repente para onde eles poderiam ter ido? Porra, Christopher, é a sua cidade, você precisa me dar um norte.
Porra, eu não conhecia nada daquele lugar. Eu sempre andava pelos bairros mais elitizados. Maldita falta de curiosidade que eu tive em conhecer o lugar que morava.
Antes que eu pudesse respondê-lo, a porta foi aberta. As crianças apareceram, junto com uma Valentina cabisbaixa, e assustada. O alívio que percorreu o meu corpo foi imediato por saber que a minha menina estava bem, mas, para ter certeza que era mesmo ela, corri até minha garota a peguei no colo, sentindo os bracinhos miúdos me abraçando de volta.
Minha menina estava ali. Caralho, minha menina estava ali.
Pelo menos um pouco de normalidade no meio da loucura que estava acontecendo.
Cumprimentei os outros garotos, e não demorou para Emma, Lisa e Tyler aparecerem também. Com a cara fechada.
— O que aconteceu? — Adam quis saber.
— Nada. — Resmungou Emma. — A gente teve uma discussão.
Olhei para ela interrogativamente. Ela me lançou um olhar vazio, e voltou a atenção aos irmãos mais novos. Continuei apertando Valentina contra mim, com medo de que a qualquer segundo ela pudesse desaparecer novamente.
— Papai, por que você não ama a Dulce? — Ela perguntou com a voz embargada. — É por que eu chamei ela de mamãe? Me desculpa, eu não chamo mais, mas deixa ela voltar, por favor — Escondeu o rostinho em meu pescoço, e o sacudir do seu corpo indicou o choro. — Traz a Dulce de volta, papai. Aquele homem vai fazer mal para ela. — Soluçou.
Antes que eu pudesse responder, meu pai apareceu, e nunca me senti tão aliviado por tê-lo por perto. Anahí apareceu em seguida, parecendo atordoada.
— Christopher...? — Ela me olhou cautelosa.
— Agora não, Annie. — Meu pai interveio. — Lembre-se: leve as crianças para a sua casa e fique por lá, entendeu? Emma, Lisa e Tyler, ajudem a tia de vocês, pelo amor de Deus.
— Vô, eu não quero ir. — Emma protestou.
— Querida, eu sei. Mas existem coisas que é melhor você não ver. — Meu pai se aproximou da neta, baixando o tom como se estivesse contando um segredo. — Não sabemos como vamos encontrar a Dulce. É melhor você cuidar dos seus irmãos, tudo bem? Nós vamos ligar assim que soubermos de algo.
— Papai, a Dulce vai voltar? — David perguntou.
Olhei para ele sem saber ao certo como responder. Eu queria com todas as minhas forças ter aquela mulher, mas não podia mentir para eles.
— É o que eu mais quero, filho.
— Consciência pesada é uma merda. — Ouvi Emma resmungar baixinho, mas logo se empenhou em levar as crianças junto com Anahí sem me dar uma última olhada.
— Vai ficar tudo bem, Chris. Só encontre a Dulce. — Annie sussurrou assim que todos já estavam no carro, beijando a minha bochecha e me dando um abraço apertado. — Encontre-a, Christopher. Você merece ser feliz de novo. Aquela mulher amoleceu seu coração, não a perca de vista nunca mais.
Assenti fracamente com a cabeça e mal esperei ela dar partida com as crianças quando entrei em casa novamente, encontrando Alfonso e meu pai conversando. Os dois olharam para mim com o cenho franzido.
— Eu preciso encontrar aquela mulher, pai. — Murmurei num fio de voz, e ele suavizou o olhar, assentindo com a cabeça.
— Três cabeças pensando junto provavelmente vai resolver alguma coisa. Venha cá e engula o choro. Você vai ter o momento certo para isso. — Senti uma insegurança em sua voz, e não sabia se ficava aliviado ou mais desesperado ainda por isso.
Sobre esse capítulo:
Respondendo o face:
Wirllyana Santos LS: caaaaaalma, Christopher apareceu. Alfonso nerdzão do computador tá aí pra salvar a sociedade Vondy também!
Vanessa Aparecida: continuei, lindona. Beijos!
Andrea Osiris: caaaalma, mulher. Mozão apareceu e vai fazer alguma coisa a respeito. Se não for ele, vai ser George ou Alfonso que é nerdzão da internet. Já tô roendo as unhas de pura agonia!
Maria Pimentel: vamo rezar pro mozão pensar direito. Vamo rezar. Pelo menos vão ter três cabeças pra pensar aí e tentar encontrar a Dulce.
Oi, people, tudo bem?
Então, eu sei que é chato, mas, meu Deus, OBRIGADA pelo carinho de vocês. Eu chega tô me tremendo aqui vendo os comentários, juro pra vocês, hahahaha. É muito legal ver essa recepção que vocês têm pelo que a minha cabeça cria (por mais que agora seja um clima de tensão).
Sobre o capítulo anterior (AVISO IMPORTANTE): quem leu o cap que mandei por e-mail vai entender melhor o estado da Dulce quando e se a encontrarem. Óbvio, isso não vai afetar o entendimento, mas quem leu vai saber com mais detalhes o que aconteceu. Mandei o e-mail entre ontem à noite e agora de manhã pra quem pediu (ainda tenho, então se alguém quiser, me manda o e-mail).
Por esse motivo, amanhã eu não vou postar. PUTA QUE PARIU, MAS POR QUÊ? AH, VC VAI ME MATAR. Calma, gente, eu quero todo mundo vivo aqui, pelo amor de Deus. Mas, quem vai ler o arquivo no e-mail vai precisar de um tempinho a mais, principalmente os que receberam hoje de manhã, pra conseguir digerir o que houve com a Dulce, o que tá rolando com o Christopher, e o que vai acontecer daqui pra frente.
No mais, até quarta, amores. Beijinhos!
Prévia do próximo capítulo
— Tem um galpão na 430, de uma gangue. — Alfonso anunciou. — Ela pode estar lá. Com as coordenadas das últimas gravações, podemos julgar isso. É o único lugar deserto que encontrei. — Continuou sem tirar os olhos do computador, digitando furiosamente. — Eu vou falar com o Drew. — Meu pai an ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
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lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
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lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
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maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?