Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
O aeroporto de Los Angeles era ridiculamente grande. E bonito. Estava lotado, as pessoas corriam e andavam de um lado para o outro exalando riqueza e poder.
– Eu não posso fazer isso, Alfonso. Olha essas pessoas – cravei as unhas em seus braços para não sair correndo e passar vergonha. – Eu juro que se eu for a sua mensageira, não vou usar nenhuma das suas drogas. Por favor, não me deixa aqui.
O infeliz me ignorou e continuou andando. – Não vou te colocar no meu mundo, Dul. É perigoso.
– Como se ser prostituta fosse fácil – revidei.
– Quer se arriscar mais? – ele parou e me encarou.
Não. Eu não queria. Realmente não queria. Eu conhecia alguns caras que trabalhavam com e para Alfonso, e eles me davam pavor.
Alfonso olhou por cima do meu ombro e sorriu. – O pai do seu patrão chegou.
Empertiguei a coluna e arregalei os olhos. Não sabia se estava pronta para lidar com homens tão perto de mim, mas eu não precisaria muito disso. Pelo que Alfonso me disse, o tal Christopher Uckermann mal ficava em casa desde a morte da esposa. Ela e a filha mais nova estavam saindo da aula de balé da criança quando foram abordadas. A mulher reagiu ao assalto para que não pegassem a menina e levou três tiros na testa. Por sorte o barulho chamou a atenção do pessoal, fazendo os assaltantes fugirem. Desde então a menina não falava mais. Coitada!
Virei a cabeça e vi um senhor grisalho se aproximando. Ele não era tão alto, mas ainda assim parecia intimidador.
– Alfonso – saudou o homem. – Essa é a garota, certo?
– Ela mesma – Alfonso sorriu brilhantemente para mim. – Dulce, este é George Uckermann, avô das sete crianças. George, esta é Dulce María. Ela vai ficar sob sua responsabilidade. Você não vai querer que eu volte porque algo de ruim aconteceu com ela, certo?
– A garota está segura – George garantiu e pegou minha mão, beijando-a. – É um prazer, Dulce. Mas devo dizer que é coragem sua querer cuidar dos meus netos.
– Necessidade – o mais gentilmente que pude, soltei minha mão da dele. – Você vai com a gente?
Alfonso balançou a cabeça, e um balde de água fria foi jogada em minha cabeça. – Não. Preciso resolver algumas coisas aqui. Volto para Tampa amanhã – entregou-me um celular. – Esse celular é novo. Joguei o seu antigo num lixo em Tampa para não te encontrarem. Passo na sua nova casa à noite, para nos despedirmos – beijou minha testa, acenou com a cabeça para George e saiu.
Olhei para George, que pegou minhas malas educadamente, guiando-me até o carro. A conversa foi fácil durante o trajeto até a minha nova casa, e ele continuou falando sobre o clima, os pontos turísticos e os melhores restaurantes e bares.
Quando ele estacionou, eu mal pude acreditar no que estava vendo.
– É aqui? – perguntei em choque.
Seu olhar me disse que ele estava se divertindo com minha reação. – É, sim. Vamos? Christopher está esperando com as crianças. Você só vai começar a trabalhar na próxima semana, então tem o resto dessa para ver a rotina dos meninos e se adaptar à cidade. E te aconselho a comprar algumas roupas também.
Olhei para minha saia jeans e a regata cavada com estampa de caveira. Eu usava um sutiã autocolante, então parecia que eu não estava usando.
– O que tem de errado? – fiz uma careta. George riu.
– Olha, filha, com o tempo você vai perceber que o Christopher é rígido. Ele vai ver esses seus machucados e vai me perguntar do que se trata. O que eu digo para ele?
Merda, eu não tinha pensado nisso. Olhei para a casa, tentando imaginar como era o meu patrão. George não era um cara com mais de sessenta e cinco anos, então deduzi que Christopher devia ser jovem, já que tinha irmãos mais velhos, segundo Alfonso.
– Vamos fazer assim. Eu vou dizer que você foi assaltada, mas como não tinha dinheiro, nem nada de valor, eles te bateram para te dar uma lição. Você está com medo de te seguirem lá novamente para continuarem te fazendo de saco de pancadas. O que acha?
– Ótimo – respirei aliviada, porque eu não pensaria numa desculpa tão boa. Então fiz uma careta. – Por que você está me ajudando? Digo, ajudando Alfonso.
George riu. – Alfonso disse que você é uma boa garota. Não vou te contar porque isso vai lhe colocar no mau caminho – olhou de relance para a casa. – Vamos?
Me levar para o mau caminho? Sério? Ele estava realmente achando que poderia levar uma garota de programa para o mau caminho?
Suspirando resignada, porque sabia que George não diria nada, decidi simplesmente assentir com a cabeça e enfrentar a minha nova vida.
Prévia do próximo capítulo
Antes de subirmos as escadarias para George tocar a campainha, a porta se abriu, revelando uma senhora que parecia muito simpática, exceto pelo coque rígido no alto da cabeça, que lhe dava um ar ameaçador. – Sr. Uckermann, que prazer revê-lo – ela sorriu, abraçando George com intimidade. – Christopher disse que voc& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
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lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
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lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
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maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?