Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

— Você tem certeza que está bem? Está suando, cara. — Alfonso perguntou pela enésima vez enquanto estacionávamos na tal lanchonete.

— Eu já disse que sim, porra. Preciso da Dulce de volta. — Saí do carro batendo a porta com um baque desnecessário, e respirei fundo. Eu estava muito perto de ter um surto. Muito perto mesmo. Eu não queria imaginar o que aconteceria caso Dulce não estivesse viva. Caralho, eu precisava muito daquela mulher viva.

Sophie, está na hora de me dar uma ajuda aí em cima.

— Christopher, eu posso ir falar com ele. — Alfonso murmurou, mas meus olhos já haviam encontrado os de Drew. Ao menos eu achava que era ele, pela forma como me encarava. O homem abriu um sorriso fraco, falou algo com a garçonete e saiu, logo acendendo um cigarro.

— Christopher Uckermann. — Estendeu a mão para mim, e eu a apertei. — É um prazer te conhecer. Seu pai fala muito sobre você. Sinto muito pelo que aconteceu pela Sophie. — Enfiou as mãos nos bolsos da calça surrada, e eu franzi o cenho.

— Como sabe da Sophie?

— Christopher... — Alfonso avisou.

— Você não sabe? — Drew pareceu surpreso, mas quando viu que eu estava mesmo perdido, apertou a ponta do nariz, balançando a cabeça. — Antes de tudo, o seu pai nasceu em uma periferia como essa. Quando se casou com a sua mãe, aquela mesquinha, não largou as raízes por quase vinte anos Ele fazia parte da Bloods, mas saiu quando se envolveu com uma das minhas garotas. No fim, ele me pediu para fazer a segurança dos seus filhos e encontrar quem matou sua esposa. — Crispou os lábios.

Caralho, como as coisas podiam estar mais bizarras? Meu pai fazia parte de uma gangue? Mas que porra! Eu estava muito curioso sobre essa coisa toda, mas precisava encontrar Dulce. Sabe Deus o que estava acontecendo com ela. Depois eu iria atrás dessa estória, inclusive para descobrir quem matou Sophie.

— Cadê a Dulce? Eu preciso encontrá-la.

— Christopher, antes de tudo, eu preciso que você mantenha a calma.

— Porra, vão matá-la.

— Não, não vão. — Garantiu. — Olha, confia em mim, o meu galpão é grande, mas é usado para drogas, armas, e cuidado dos meus homens. Mortes ocorrem do lado de fora.

— Então ela está viva? — Quase respirei aliviado.

— Viva, sim. Só não posso prometer que está bem. Jason nunca bateu muito bem da cabeça, e ele parecia bem furioso com a garota.

Nada de calma. A calma acabou. Fechei a cara e olhei para o galpão. Mal dei dois passos para o lugar e o corpo de Drew ficou na frente do meu, impedindo a minha passagem.

— Se controle, porra. Você precisa entender que está em vantagem. Só os meus homens fazem a segurança do lugar. Jason está com quatro dos seus lá dentro e qualquer passo em falso é a garota quem vai sofrer. Ele não tem muito a perder.

— Porra, é só chegar, matar todo mundo e eu pego a Dulce em vida. Drew, eu preciso dessa mulher.

Drew respirou fundo e apertou os olhos.

— Eu não quero mortes no meu galpão, Uckermann. Jason alugou o espaço por uma semana, ele ainda mais cinco dias para deixar a garota em vida. Só não sei o estado, que segundo os gritos, não são dos melhores. Olha, estou fazendo isso pelo seu pai, então comece a colocar a merda da cabeça no lugar ou você não vai entrar. — Tragou o cigarro, me analisando. — Alfonso vai ficar com os meus homens na ala oeste, e você vai na leste, assim vai ter mais acesso ao lugar em que Dulce está.

— Mas que porra de galpão é esse? — Perguntei exasperado, passando as mãos pelos cabelos.

— Você vai ver. Mantenha! A! Porra! Da! Calma! Vou tirar os homens do Jason de lá, e meus homens o Jason. Você pode tirar a Dulce de lá e ir embora.

Como se deixar aquele filho da puta vivo fosse uma opção. O desgraçado alugou a porra do lugar por uma semana para fazer o que bem entendesse com Dulce, e aquilo estava me matando por dentro. Aquele desgraçado iria pagar pelo mal que fez à minha família — e isso incluía a Dulce — com a própria vida, nem que eu precisasse morrer para cumprir isso.

Sabendo que Drew não aceitaria o que eu faria, só assenti com a cabeça, torcendo para que as aulas de tiro que meu pai me fez ir valessem a pena, no fim das contas.

Euzinha vendo vocês me dando forças: 

Respondendo o face: 

Vanessa Aparecida: continuei, lindeza, beijos!

EITA PORRA, SERÁ QUE É AGORA QUE O CHRISTOPHER VAI ACOMPANHAR A DUL NOS HOMICÍDIOS? EITA MERDA, EITA MERDA, SOCORRO!