Fanfics Brasil - Capítulo 60 — Dulce De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 60 — Dulce

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Musiquinha pro capítulo de hoje (não vou colocar aqui porque fica um monte de anúncios no meio do capítulo. A música começa em 1:20, e é uma das versões mais bonitas que já vi). www.youtube.com/watch?v=B7d01K0SUoY


 



— Dulce, você acha que um dia o papai vai se apaixonar?


Olhei para Valentina, que me encarava esperançosa. Fechei o livro da Rapunzel e suspirei, sem saber ao certo o que responder.


— Por que a pergunta, mini Batman?


— Porque aí eu ia perguntar se ele pode se apaixonar por você. — Respondeu cheia de inocência, e meu coração se encheu de amor.


— Amor, eu não sei...


— Eu escutei a Emma falando com a Lisa sobre vocês se apaixonarem. Já pensou em como seria legal se a gente fosse uma família de verdade? A mamãe gosta de você.


Franzi o cenho em confusão.


— Como assim, Val?


A pequena se deitou e ficou olhando nossas mãos, agora unidas.


— Eu sonho com ela. Às vezes é com o dia que ela virou uma estrelinha, mas às vezes ela vem conversar comigo, sabia?


— Não... — Minha voz saiu entrecortada e eu puxei algumas respirações profundas para não chorar.


— Ela vem. Ela disse que o papai do céu está cuidando bem do machucado que fizeram nela aqui na Terra, e que ela está feliz. Pediu para eu cuidar do papai, mas também falou que você é boazinha e que você pode fazer o papai amar de novo, por isso eu estou perguntando. Você amaria o papai? Ele briga, mas cuida de mim, sabia? Ele pode cuidar de você também. — Ergueu os olhinhos esverdeados para mim, e eu me deitei para que ela não visse as lágrimas que eu não conseguia mais segurar. Valentina tinha um coração tão puro, tão bonito, que era difícil acreditar que alguém tão inocente poderia passar por tantas coisas.


Apaguei a luz do abajur na cômoda do meu lado da cama, e a puxei para mim.


— Dul... — A pequena me chamou com a voz sonolenta após alguns minutos de silêncio.


— Oi, meu amor. — Continuei acariciando seus cabelos.


— Promete que nunca vai me deixar? — Mesmo com o ambiente escuro, podia sentir seus olhinhos pesados em mim.


— Eu prometo, mini Batman.


Ela respirou profundamente, e agarrou meu braço.


— A mamãe estava certa. Você vai me amar igualzinho a ela. A mamãe é a minha mamãe no céu, e você é a minha mamãe aqui na Terra. Eu te amo, mamãe. Boa noite.


Aos poucos Valentina sumiu. Assim como a minha cama, o meu quarto. Tudo.


Eu não conseguia me mexer. Não conseguia falar, nem chorar. Eu estava presa.


Por que eu estava presa?


— Ela está de volta! — Ouvi alguém gritando.


— Graças a Deus. — Um sussurro ao meu lado exclamou aliviado.


De onde eu estava de volta? Eu não reconhecia aquelas vozes. Por que eu estava ali?


— Alguém avise ao Sr. Uckermann, antes que ele coloque esse hospital abaixo. — Uma mulher ordenou.


Sr. Uckermann? George ou Christopher? Eu estava num hospital?


Ah, meu Deus! A viagem. O sequestro de Valentina. Jason.


Tentei gritar por socorro, me soltar das garras do que quer que estivesse me prendendo, mas meu cérebro simplesmente não obedecia.


— Precisamos estabilizá-la. Não podemos perdê-la de novo. — A primeira voz gritou, e parecia bem nervoso.


Perdê-la de novo? Mas eu estava morta?


Senti meu cérebro tão desobediente quanto o meu corpo, e aos poucos perdi a consciência.


***


Os bipes constantes me despertaram, mas eu me sentia cansada como se tivesse passado três dias inteiros sem dormir. Tentei abrir os olhos, mas a claridade exagerada me impediu nas três primeiras tentativas. Virei o rosto com dificuldade, e tentei mais uma vez.


Definitivamente eu não estava com Jason, nem na casa de Christopher, nem em meu antigo apartamento e muito menos em algum hospital público.


Eu não conseguia sentir o cheiro de nada, e minha visão estava um pouco embaçada. Sentia que não conseguia abrir completamente os olhos, e na única vez que tentei, senti uma dor absurda na cabeça.


Vi o monitor que controlava os batimentos cardíacos de alguém, e, por estar tão perto de mim, obviamente o alguém eram os meus. Por mais que eu tentasse me lembrar, não conseguia lembrar de nada.  Me lembrava de poucas coisas do tempo em que estive com Jason. Honestamente, depois que ele me colocou na cadeira com pregos, não me lembrava de mais nada.


Foquei no lugar ao meu redor. Completamente branco, exceto pelo sofá, de couro preto em uma parede.


Uma respiração calma chamou a minha atenção, e lentamente virei a cabeça, tentando ignorar as pontadas que estava sentindo. Prendi a respiração quando encontrei Christopher numa poltrona ao lado da cama em que eu estava, parecendo atormentado até mesmo eu seu sono.


Sua roupa estava completamente amarrotada, os cabelos desgrenhados e as olheiras entregavam a noite mal dormida. Ou seriam noites?


Fiquei observando-o dormindo tão pacificamente, e me perguntei o motivo de ele estar ali. O pensamento que ele pudesse ter visto Jason me fez estremecer e apertar os olhos com força para espantar as lágrimas que já queriam cair. Eu já havia chorado o suficiente naquele inferno, não queria mais passar por aquilo. Só queria sair dali e ir para algum lugar que Jason não me encontrasse.


O pior era ter a sensação que não importava para onde eu fosse, ele sempre me encontraria. Ele me encontrou no Havaí, mas sabia onde eu estava em Los Angeles.


O ruído da porta me fez abrir os olhos, e encontrei George entrando silenciosamente. Christopher permaneceu adormecido, me fazendo pensar que ele estava mesmo exausto.


George se virou e abriu um sorriso ao me ver acordada. Sorriu carinhosamente e olhou para o filho adormecido. Aproximando-se, colocou a mão no ombro do homem, que levantou-se num salto, forçando os olhos a ficarem abertos.


— O que... — Congelou ao me ver. Completamente. E aquele olhar que me aquecia por completo e eu demorei tanto para entender o que significava estava lá. — Dulce? Você está mesmo acordada? — Se aproximou, segurando minha mão. Tentei falar, mas minha garganta estava seca e doía como o inferno. Preferi simplesmente assentir com a cabeça por ora, pelo menos até conseguir ter algum controle sobre a minha voz.


Christopher ficou apenas me encarando pelo que parecia ser longos minutos. Quando ele se ajoelhou ao lado da cama e escondeu o rosto em nossas mãos, demorei para entender o que estava acontecendo.


— Filho...? — George chamou-o.


Não demorou para que eu sentisse algo molhar a minha mão, e quando me dei conta que ele estava chorando, não consegui conter as minhas próprias lágrimas. Tinha tanta coisa acontecendo, eu estava uma bagunça não só por fora — eu nem queria imaginar como estava fisicamente — mas por dentro. O meu psicológico estava abalado, com medo, traumatizado, quebrado. Eu me sentia completamente destruída, e ver que Christopher também estava mal era como um soco no estômago.


— Filho, vai tomar um banho. Eu fico aqui com a Dulce. — George pediu já apertando um botão perto da minha cama.


— Eu. Não. Vou. Sair daqui. — Disse aos prantos, com a voz sufocada, ainda sem erguer os olhos. Os ombros caídos eram algo inédito de se ver em Christopher, e aquilo só serviu para me fazer chorar mais ainda.


— Vá tomar um banho e comer alguma coisa, Christopher. O doutor virá vê-la e seus filhos também precisam de você.


— Eu já disse que não vou sair de perto dela. — E ergueu a cabeça, cravando os olhos em mim. Seu rosto estava vermelho, o lábio inferior tremendo levemente. — Nunca mais eu vou deixá-la.


Virei a cabeça para o teto, fechando os olhos em seguida. Aquela afirmação. Aquele tom de voz. Era como se ele estivesse tentando me consertar, mas eu faria isso sozinha. Eu tive provas o suficiente que homem nenhum poderia me consertar.


Apenas eu.


Sozinha.


Ignorando a dor da agulha que parecia me rasgar a cada movimento brusco, afastei a minha mão da de Christopher, e senti seu corpo se afastando. Mesmo com os olhos fechados, eu quase podia ver seus olhos me olhando confusos.


— Dulce...? — Ouvi a voz dele e apertei mais ainda os olhos, sentindo as malditas pontadas implacáveis na cabeça. — D-Dulce...


Engoli dolorosamente, sentindo a garganta arder.


— Eu preciso... — Não reconheci a minha voz. Estava muito baixa, fraca e rouca ao extremo. Respirei fundo. — Que você vá embora.


Segundos eternos se passaram em um silêncio sufocante. Eu sentia que tanto Christopher quanto George me olhavam completamente perdidos. A porta foi aberta.


— Fiquei sabendo que a minha paciente favorita está acordada, é isso mesmo? — Uma voz masculina, rouca e exageradamente animada praticamente berrou, e eu me encolhi mentalmente, sentindo meu cérebro quase estourar.


— Dulce... — Christopher me chamou novamente.


— Vá. Embora. — Minha voz não saiu, mas ele estava me olhando, e com certeza entendeu. Olhei para ele e preferi ter ficado de olhos fechados. A mágoa estava exalando por todo o seu corpo. — Por favor.


— Mas...


— Christopher... — George se intrometeu, olhando para mim o tempo inteiro. — Vá. Eu falo com ela.


Christopher ainda ficou me olhando, como se esperasse que eu mudasse de ideia ou dissesse que era brincadeira.


— Sr. Uckermann...? — Foquei no médico de meia idade e baixinho olhando-nos com curiosidade. — O senhor vai ficar?


Christopher não respondeu. Apenas continuou me encarando, esperando. Quando ele virou as costas e saiu do quarto, soltei a respiração, me forçando a lembrar dos motivos para não confiar num homem para me consertar.


E isso o incluía.


 


Respondendo o face: 


Anne Caroline Santos Silva: não roa, mulher, já tô de volta, rs.


Vanessa Aparecida: cheguei, baby. Beijinhos!


 


Só tenho uma coisa a declarar: EITA PORRA! 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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