Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
Eu tinha plena consciência que era uma pessoa muito medrosa em algumas coisas. Ter que lidar com os problemas era prova disso. Eu era uma verdadeira merda para lidar com qualquer coisa.
E com George não foi diferente. Inventei dores — o que não era totalmente mentira — e dormi a maior parte do tempo por conta dos remédios. Senti a presença dele a maior parte do tempo em que eu fingia estar dormindo, e tinha quase certeza que ele sabia que eu estava fingindo, por isso ficou ali: para mostrar que eu poderia fingir o tempo que quisesse. Eu não tinha escapatória.
O que era uma merda, sejamos sinceros.
Por sorte, o remédio me mantinha desacordada por tanto tempo que eu conseguia mesmo fugir.
Mas, isso não aconteceria para sempre, certo?
Certíssimo.
Eu só não esperava que isso acontecesse tão rápido. E nem que tivesse cheiro de flores.
Abri os olhos, com menos dificuldade do que das vezes anteriores, o que me deixou imensamente grata, e olhei ao redor. Provavelmente eu havia entrado em coma para não ter percebido a movimentação no quarto. O lugar estava com balões de todas as cores, flores bilhetes coloridos colados em fitas grudadas no teto, bichos de pelúcia em armários.
Bom...
— Se não fosse por esse bipe irritante, iria jurar que você estava morta. — Virei a cabeça e encontrei Emma me encarando divertida. — Oi.
Inclinei a cabeça para vê-la melhor, mas ela logo se aproximou, sentando na poltrona ao lado da cama e segurando minha mão, facilitando a minha vida. Estava com dificuldades para encontrar minha voz, então apenas abri um sorriso, plenamente consciente de que era um sorriso débil.
Eu nem sabia que estava com tanta saudade até que a vi. De todos eles, pelo menos, mas ver Emma ali já acalmava um pouquinho o meu coração. Ela parecia radiante em me ver também, embora eu tivesse consciência que não era a pessoa mais apresentável do mundo no momento.
Emma acompanhou o meu sorriso, mas não demorou muito para começar a chorar, e se eu já não tivesse chorado tanto, com certeza estaria aos prantos junto com ela.
Ela escondeu o rosto em nossas mãos, e com a mão livre, acariciei seus cabelos. Eu senti tanta falta dela, das crianças, mesmo que tivesse ficado inconsciente por mais tempo do que poderia contar.
— Está tudo bem, Em. — Falei fracamente.
— Eu pensei que você tinha morrido, Dulce. Eu li a sua carta. — Estendeu o rosto, que agora estava vermelho e molhado. Sorri fracamente. — Como você está?
— Viva. — Brinquei. — O importante é isso. Como você está? E seus irmãos?
— Eles estão loucos para te ver, mas eu sou a mais velha, então tive o privilégio de ter a permissão do papai. — Gabou-se, fungando.
Meu coração apertou à simples menção de Christopher. Ele não tinha ido mais ao meu quarto — não enquanto eu estava acordada, o que era raro —, e por não ter aprofundado mais em nenhum assunto com George, eu não sabia como ele estava.
Preferi acatar a ideia de que ele estava dando atenção aos filhos. Eles deveriam ser a prioridade na vida dele, e não aceitaria se fosse de outro jeito.
Mas, uma parte de mim, mesmo que eu tentasse oprimir, pedia... Não, implorava que ele estivesse por perto em algum momento, querendo saber como eu estava, não se importando com o fato de eu tê-lo mandado embora.
— Dulce...? — Emma me olhava com estranheza. — Está tudo bem? Parece um pouco atordoada.
— Estou bem. — Garanti sem firmeza. — Desculpa, querida, o que você estava falando?
Ela inclinou a cabeça, me avaliando, e logo um sorriso travesso brotou em seus lábios.
— Você e o papai estão meio aéreos ultimamente.
— Besteira. — Olhei a nova decoração, encantada. — Obrigada por isso. Eu estava ficando deprimida com todo aquele branco.
— Eu imaginei. — Riu. — Esse lugar não combinava em nada com você. Bom, ainda não combina. Quando você vai sair?
— Não dá para saber direito. — Me remexi na cama, desconfortável. — Eu passo muito tempo dormindo, então o médico não falou disso ainda. Todas as vezes em que ele veio falar comigo, foi para ver como eu estava...
— E você sabe o que aconteceu com você? — O tom dela agora estava sério, nada do clima descontraído de minutos antes.
Apertei sua mão, encarando-a, com o coração apertado de tanta gratidão que eu tinha pela garota. Não teve ter sido fácil para Christopher ver Emma tirando tanto sangue, mas eu nunca imaginaria que a garota que colocou um sapo no meu closet seria capaz de fazer tanto por mim.
Emma, literalmente, salvou a minha vida!
— Muito obrigada pelo que fez por mim, Em. Foi muito corajoso da sua parte. — Minha voz saiu mais trêmula do que o planejado, e meus olhos lacrimejaram, mas o que ela fez por mim encheu tanto o meu peito de amor que eu precisar de alguma forma. — Eu amo você. Sabe disso, não sabe?
Emma assentiu freneticamente com a cabeça, com um sorriso trêmulo.
— Eu sei. — Fungou. — Eu também amo você. Todos nós amamos. Inclusive o papai.
Epa!
— Diga logo o que está havendo, Em. — Ela não falaria do Christopher em particular se não tivesse planejado nada.
— Vocês não vão ficar mais juntos? — Sutileza não existia na vida dessa garota.
— Como assim? — Franzi o cenho.
— Sabe, juntos. Casal.
— Por que você está me perguntando isso?
— Porque ele está parecendo um zumbi. Ele me pediu desculpas, Dulce, e até xingou na minha frente. Não sei, eu nunca o vi tão abatido. Quer dizer... — Riu nervosamente, torcendo os dedos. — Ele ficou muito mal por causa da mamãe, mas mascarou isso. Ele chorava escondido. Agora ele... Ah, eu não sei. Ele está tão esquisito. — Balançou a cabeça.
— Em, você não pode estar imaginando coisas?
— Ele está um trapo, Dul. — Me olhou como se eu tivesse dito um absurdo. — Eu imagino que você esteja confusa, mas eu sei que você ama o meu pai do mesmo jeito que ele te ama. Então por que você não quer que ele fique com você?
— Emma, é complicado. — Balancei a cabeça.
— Estou com tempo. — Se recostou na cadeira, cruzando os braços.
Parece que alguém é tão teimosa quanto o pai.
— Emma...
A porta foi aberta, e George entrou, não demorando para abrir um sorriso quando me viu acordada.
— Até que enfim, garotinha. Achei que teria que jogar água gelada na sua cara para te acordar. — Brincou, ficando ao lado da neta.
— Psiu, vô. Dulce e eu vamos conversar sobre o papai.
— Ah, vão? Quero participar. — Pegou uma cadeira do outro lado do quarto, sentando ao lado de Emma. — Isso vai ser interessante. Pode começar, Dulce. Dessa vez, você não me escapa.
Jesus Cristo!
Eu vendo o complô do George e da Emma:
Respondendo o face:
Vanessa Aparecida: chegueeeei, lindona. Beijos.
Sabem o que vai ter no próximo capítulo? Quero teorias na minha mesa.
Dulce tá agindo certo? Mandou o cara embora, mas quer que ele continue em cima. Gente, mulher é difícil de entender, viu?
Sobre o Alfonso:
RISOS! Preparados?
Prévia do próximo capítulo
Olhei para os Uckermann ao meu lado, me encarando com expectativa. Bom, Emma com expectativa e George com malícia, se deliciando com aquele momento. Filho da mãe! — Eu não sei o que vocês pretendem com isso. — Resmunguei, me remexendo na cama, tomando o cuidado de não deixar o lençol acidentalmente descobrir alguma parte ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
-
lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
-
maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
-
lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
-
lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
-
lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
-
lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
-
camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
-
camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
-
lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?