Fanfics Brasil - Capítulo 71 — Dulce De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 71 — Dulce

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Olhei para George, esperando que ele dissesse que era uma brincadeira. Uma brincadeira de muito mau gosto, inclusive.


Muito mau gosto mesmo.


Mas George ficou parado. Me encarando como se estivesse receoso. Ele pensava que eu iria ter um surto?


Ele estava certo, porque puta que o pariu.


Puta! Que! Pariu!


— Você não vai dizer que está brincando? — Abri um sorriso nervoso.


— Entendeu o motivo de eu ter pedido para conversarmos em outro lugar? — O rosto impassível continuava lá. Puta merda, como ele continuava fazer aquela cara como se nada importasse? Eu estava à beira de um colapso.


Certo.


Respirei fundo, procurando clarear as ideias. Quais as chances de o meu sobrenome ser aleatório? A diretora do orfanato havia dito que era o que estava na certidão de nascimento. Eu havia sido registrada. Tudo bem. Certo. Quantos Saviñón tinham nos Estados Unidos? Provavelmente um monte. Quero dizer... Eu esperava que sim.


Mas e se não fosse... E se fosse o meu pai quem tinha matado Sophie? Quem privou sete crianças lindas de terem uma mãe, e um homem de ter uma vida repleta de amor com a mulher que ele era apaixonado desde o colegial — ou até mesmo antes disso, nunca se sabe.


Minha mente maquinava tantas possibilidades, mas nenhuma parecia justificável. Meu pai era um assassino?


Será que isso estava nos genes?


Sacudi a cabeça. Tudo bem, eu podia ter um sobrenome aleatório. Não encaixava a minha certidão não ter o nome dos meus pais e nem avós, o que me fez pensar que quem me registrou trabalhava ou conhecia alguém do cartório.


Podia muito bem ser um sobrenome aleatório, lembrei a mim mesma.


Mas, por que Saviñón?


— Talvez você queira saber que não foi Fernando quem atirou na Sophie. Foi o Pablo. — George tentou amenizar, como se estivesse adivinhando os meus pensamentos obscuros.


Eu precisava de um cigarro. Desesperadamente. Senti meu corpo inteiro começar a tremer e a minha língua ficar grossa, como se aquilo fosse me impossibilitar de formar qualquer frase.


— Onde eles estão agora? — Consegui perguntar depois de tomar várias respirações profundas.


George se recostou na cadeira, me encarando com cautela. Ele tomou o café sem deixar de me olhar, e aquilo só serviu para me deixar mais angustiada. E se Fernando fosse meu pai? Então minha família havia desestruturado a família do Christopher.


Será que Christopher sabia disso?


Cacete, eu queria as respostas para as minhas perguntas, mas quanto mais eu sabia, mais dúvidas eu tinha.


Quais eram as chances de Christopher me perdoar se soubesse daquela história, afinal?


Zero.


Nenhuma. Ele iria até mesmo me proibir de ver as crianças.


Meu coração deu uma pontada, e George colocou a mão sobre a minha num gesto encorajador.


— Não pense nessas coisas agora, Dulce. Uma coisa de cada vez. — Sorriu tristemente. — Nós não sabemos se eles têm mesmo algum grau de parentesco com você.


— Eles estão vivos? — Minha voz saiu cortada. George fez um gesto de mais ou menos com a mão, e eu franzi o cenho em confusão.


— Fernando está cumprindo pena, e não vai sair da cadeia por alguns anos por outros crimes além do assalto à Sophie e ser cúmplice de homicídio. — Limpou a garganta, parecendo desconfortável. — Pablo morreu. Não sei bem como aconteceu, mas parece que ele se meteu em briga na prisão. — Deu de ombros. — Ele fez um favor para nós.


— Eu quero ver o Fernando. — Declarei.


George afastou a mão da minha, o semblante endurecendo a um nível quase assustador. Ele parecia mais com o gângster do que com o empresário opulento.


— Não tenho certeza que isso seja uma boa ideia. Eu pesquisei sobre ele... Amantes... Você sabe o nome da sua mãe?


Rolei os olhos.


— Não. Caso não se lembre, eu fui abandonada, George. Não tive tempo para fazer perguntas. — Falei com ironia, não conseguindo conter a amargura em minha voz.


— Façamos o seguinte. — Respirou fundo. — Vamos fazer um DNA, ok? Para ver se bate, e se der positivo, arrumamos um encontro entre vocês, mas nós vamos conversar sobre isso depois, quando tivermos o resultado em mãos.


Eu queria dizer “não”, e dizer que queria conhecê-lo de uma vez. Era de se supor que eu o reconheceria como meu pai ou não. Certo? Quero dizer, eu sempre via nos filmes e livros que os filhos sempre reconheciam seus pais e vice-versa.


Contudo, sabia que George só estava pensando no meu bem, querendo poupar a minha expectativa e uma possível decepção.


E não era como se o homem fosse um exemplo paterno, começando por deixar o filho matar uma mãe de família.


Inclusive...


— Christopher sabe disso? — Consegui perguntar, apavorada com a resposta. George suspirou pesarosamente e negou com a cabeça, e só então eu respirei aliviada.


— Ele estava numa autopiedade tão desgraçada, que eu preferi não mencionar o assunto.


Balancei a cabeça para mostrar que o havia entendido. E entendia, de fato. Quando eu havia chegado à casa, Christopher não parecia nada bem com ele mesmo, nem com as crianças, nem com ninguém. Se eu falasse sobre Deus, até a Ele, Christopher amaldiçoaria.


— Quando podemos fazer o DNA? — Eu estava louca para encontrar meus pais, mas não tinha certeza se queria ter algum tipo de ligação com aquele homem.


Na realidade, eu não queria ter ligação nenhuma com aquele cara.


George suspirou, como se só naquele momento percebesse que eu não desistiria do assunto.


— Até o final dessa semana nós vamos à clínica. Seja cautelosa, Dulce. Não comente nada com Christopher, nem Emma, nem Anahí... Ninguém. Isso pode trazer problemas antes da hora.


(...)


Olhei Valentina adormecida ao meu lado, e suspirei pela enésima vez nos últimos cinco minutos.


Minha mente estava vagando entre George, Fernando e Christopher. Especialmente Christopher. Merda, se ele não tinha aceitado bem o fato de eu ter matado alguém que me estuprou, como seria se ele descobrisse que a minha família havia matado deliberadamente a esposa dele?


Só de pensar naquilo, eu tinha vontade de ficar em posição fetal e chorar como uma menina indefesa. Por que as coisas não poderiam simplesmente ser mais fáceis? Pelo amor de Deus, parecia que tudo conspirava para que nós não ficássemos juntos.


Será que isso era um sinal que nós não éramos feitos um para o outro?


Eu me recusava a aceitar isso, mas e se o destino estivesse mandando alertas?


Cacete!


Desistindo de ficar velando o sono da minha pequena, saí sorrateiramente do quarto, tendo o cuidado de deixar a porta entreaberta para o caso da Val acordar e se sentir desnorteada.


Fui diretamente para o quarto de Christopher, percebi que ele estava acordado. Ele estava deitado, mas levantou a cabeça.


— Dulce? — Chamou com a voz rouca pelo sono, enviando uma correndo elétrica pelo meu corpo. Deus, como eu sentia falta daquele homem. Em todos os sentidos. Tê-lo sobre mim, embaixo, dentro de mim.


Caminhei lentamente até ele, engatinhando sobre a cama até montar sobre ele. O cheiro almiscarado logo invadiu o meu sistema, me fazendo ignorar qualquer medo que eu pudesse sentir pelo que poderia nos separar definitivamente em pouco tempo.


— Dulce? — Suas mãos foram para as minhas coxas, cravando os dedos com força na minha pele, me fazendo soltar um gemido torturado. — O que está havendo?


— Preciso de você. — Sussurrei em seu ouvido, sentindo-o estremecer debaixo de mim. Coloquei as mãos em sua nuca, fazendo-o olhar para mim. — Agora.


Choquei minha boca contra a dele, e eu fui levada a alturas vertiginosas que dominavam a vista atrás de mim. Seus lábios chuparam os meus com deliciosos ataques que me puseram fora de equilíbrio, me obrigando a atirar meus braços em volta de seu pescoço e me agarrar com força, tudo um pouco antes de sua língua deslizar para dentro da minha boca.


Era incrível como o mínimo toque dele me acendia por completo. Eu estava tão necessitada dele que chegava a doer. Comecei a rebolar em seu colo, sentindo a ereção começar a aparecer por baixo da calça moletom que ele usava.


Contudo, quando eu levei as mãos à borda da sua camisa para tirá-la, Christopher agarrou minhas mãos, me parando. Quebrei o beijo, ofegante como o inferno e confusa por aquela atitude. Ele estava tão necessitado quanto eu, então por que estava me parando?


— O que há? — Perguntei arfando.


— Não faça isso, Dulce. — Ele sussurrou com a voz torturada, como se aquelas palavras magoassem mais a ele do que a mim. Franzi o cenho e afastei um pouco o rosto para vê-lo melhor através do escuro. A única luz fraca que tínhamos era a do fim do corredor, que sempre deixávamos ligada, já que David e Valentina tinham medo do escuro. — Não faça isso.


— Não estou entendendo. — Tentei não soar magoada, mas foi impossível. Ele estava me rejeitando. Isso nunca havia acontecido. — Há algo de errado? — E então a realidade veio como um tapa na cara. — Você... Você não me quer mais? Por causa dos meus machucados?


— O quê? — Ele soou confuso, e mesmo com a pouca luz, o vi arregalar os olhos, o semblante confuso.


— Você nunca me rejeitou, Christopher. — Senti o pau dele pulsar embaixo de mim, e suspirei em contentamento. Eu o queria tanto dentro de mim que chegava a doer fisicamente.


Ouvi-o praguejar e então apertar mais os meus pulsos.


— Você está louca? Eu te disse que você continua sendo a mulher mais incrível que conheci, Dulce, e isso inclui o seu corpo e as suas marcas. Elas só mostram que você é forte pra caralho, e eu te admiro por isso. Se você soubesse quantas vezes eu precisei me masturbar em cada porra de lugar porque eu lembrava de você, você ficaria escandalizada. — Sorriu suavemente, e de repente tive vontade de vê-lo se masturbando para mim. Era excitante saber que eu ainda mexia com um homem como ele mesmo depois de tudo. — Mas não estou disposto a transar com você essa noite e amanhã você acordar se remoendo em culpa.


— Mas, Christopher... — Choraminguei.


— Eu não vou ser um erro, Dulce. — Me cortou e passou a língua pelo meu pescoço até o lóbulo da minha orelha, me fazendo estremecer. — Nós não somos um erro, entendeu? Quando eu estiver dentro de você de novo, quero que tenha isso em mente. — Sussurrou em meu ouvido, transformando o meu estremecimento num espasmo involuntário. — Te conheço bem o suficiente para saber que tem alguma merda passando pela sua cabeça, e não vou deixar que isso acabe com o mínimo progresso que estamos tendo.


Chupou o meu lábio inferior, e quando mexi os quadris e senti seu pau pulsar novamente, pensei em ignorar aquele papo furado e simplesmente tê-lo dentro de mim mais uma vez, mas antes que eu cogitasse a possibilidade, ele me tirou de cima dele, fazendo-nos ficar de conchinha.


— O que está fazendo? — Perguntei.


— Nos dando uma boa noite de sono. Boa noite, querida. — Beijou meu pescoço e me agarrou mais forte.


Um sorriso involuntário brotou em meus lábios enquanto eu decidia que era melhor não tentar relutar. Eu estava bem ali. Com ele.


Por quanto tempo ele quisesse.


 


Eu só vou declarar uma coisa: RISADAS MALÉFICAS 


Beijinhos, nenês.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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