Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

Entrei como um furacão no quarto da Emma, fechando a porta com um baque. A garota deu um pulo da cama e um grito assustado, me olhando como se eu fosse um louco.

Isso não estava tão longe de ser verdade.

— Ficou maluco, pai? — Ela arfava com a mão no peito, numa típica pose dramática de uma criança de quinze anos. — Quer me matar?

— Você sabe o que a Dulce tem? — Ignorei seu drama, indo direto ao assunto.

— Do que você está falando? — Fez uma careta, sentando na cama.

Comecei a andar de um lado para o outro, afrouxando a porra da gravata que estava me sufocando. Dulce estava esquisita.

Ponto.

Tinha quase duas semanas desde que ela havia se esgueirado ao meu quarto de madrugada, e desde então ela ficou esquisita pra caralho. E só comigo, era isso o que estava me deixando louco.

Eu pensava que depois daquilo, nós começaríamos a nos ajeitar, mas pelo que eu estava vendo, teve efeito contrário. Ela não parecia furiosa, apenas estava me evitando. Evitando qualquer encontro comigo, ficar sozinha no mesmo lugar que eu, e ignorando minhas tentativas de conversar com ela sobre algo que não fossem as crianças.

E isso estava me incomodando pra valer.

Não era possível que ela tivesse ficado chateada por não termos transado. Pelo amor de Deus, era eu quem andava duro 24/7, e não tinha punheta que pudesse me salvar. Só tinha uma porra de alívio.

E esse alívio estava no quarto ao lado, dormindo com Valentina todas as noites.

Mesmo assim, eu não me arrependia por ter cedido. Óbvio, Dulce teve uma boa noite de sono quando dormiu comigo, enquanto eu fiquei com uma porra de uma ereção pelo atrito da sua bunda em meu pau. Mas, feliz ou infelizmente, eu conhecia Dulce María: nós transaríamos e no dia seguinte, ela se sentiria culpada, diria que foi um erro e a nossa relação que já não era das melhores, estaria um verdadeiro caos.

— Ela está esquisita, Emma. Pelo amor de Deus. — Revirei os olhos, tirando o paletó e jogando na cama da minha filha. — Ela não te disse nada? Vocês estão mais amigas do que nunca.

Pedindo ajuda à minha filha...

Deprimente, eu sei.

Situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

E eu estava muito desesperado.

— Ela está mais séria. — Emma concordou. — Mas esquisita, eu acho que não. Ela só deve estar assustada com toda essa... — Fez um gesto de grandeza com as mãos. — Coisas que estão acontecendo na vida dela.

— Emma, ela não fala comigo há quase duas semanas. — Expliquei. — Tem alguma coisa errada. Tem que ter. — Era isso, ou o fato de Dulce não me querer por perto.

E essa opção doía como o inferno.

— Hã... Eu reparei. Vocês discutiram?

Respirei fundo e coloquei as mãos na cintura, pensando na pergunta. Nós havíamos brigado? Não. No dia seguinte em que Dulce dormiu comigo, ela ainda estava na cama e parecia muito bem. Descansada. Relaxada. O problema começou depois que voltei do trabalho.

— Não. — Respondi depois de uma pausa para pensar. Em fez um beicinho, avaliando a minha resposta.

— Você hesitou. — Acusou.

— Eu pensei na sua pergunta. — Corrigi. — Tentei lembrar de alguma discussão, mas isso não aconteceu. Emma, Dulce te disse algo ou não?

— Não, pai, ela não disse nada. Ultimamente a gente conversa sobre o... — Crispou os lábios e entrei em alerta. — Bom... Eu queria falar com você sobre isso. Você está ocupado agora?

Opa.

Não gostei daquele tom. Havia uma cautela calculada, como se ela soubesse que eu não gostaria daquele assunto.

Pensei em falar que estava ocupado e ir procurar Dulce, mas Emma era a minha filha, e ela era prioridade na minha vida.

Dulce também era, mas Emma parecia quase desesperada, com os olhos arregalados e a postura encolhida.

— O que há? — Cruzei os braços, procurando relaxar.

— Então... — Levantou e começou a andar de um lado para o outro, torcendo as mãos. Ela pegou minha mão e me sentou na cama, e então voltou a andar nervosamente mais uma vez.

— Emma, pelo amor de Deus, diga logo. — Resmunguei.

— Eu quero que você conheça o Ákos. — Olhou-me preocupada.

Ákos? Mas que porra de nome era esse? Quem diabos era Ákos?

— E por que eu conheceria Ákos? Isso é uma mulher ou um homem? — Baixei o tom de voz, numa falsa calma, mas Emma me conhecia muito bem, por isso estremeceu.

— É homem. Ele é húngaro. E estuda comigo... Hã... — Balbuciou. Ákos. — Ele é um cara legal, estuda comigo, tem um papo legal, estuda comigo, muito inteligente, além de estudar comigo e eu queria muito, muito, muito, muito mesmo que você o conhecesse. — Sua voz foi subindo duas oitavas a cada qualidade que ela me dava (e isso incluía as vezes que ela repetiu que eles estudavam juntos).

— Ákos. Isso nem é nome de gente, Emma. — Protestei. — E você é muito nova para pensar em namorar. — Ela me encarou, surpresa. — Pelo amor de Deus, você não ficaria toda tensa por causa de um amigo normal. Eu já tive a sua idade, lembra?

— Pai, qual é, eu faço dezesseis no próximo mês.

— E você vai tirar a sua carteira. Foi o que você pediu. — Argumentei.

— Agora eu tenho que escolher entre a carteira ou o garoto?

Rá.

O garoto nem deveria ser uma opção.

— Emma. — apertei a ponta do nariz, procurando a manter a calma. — Eu só quero te proteger.

Ela respirou fundo a balançou a cabeça.

— Vamos fazer uma troca. — sugeriu.

Perigo!

— Que troca seria essa?

— Eu te ajudo com a Dulce e você conhece o Ákos.

Caralho. Mas que papo insano era esse?

— Só pode estar brincando com a porra da minha cara. — Levantei e dei uma risada incrédula. — Emma...

— Pai, Dulce não vai conversar com você. Fala sério, você é quadrado. Eu sou mulher, e nós mulheres nos entendemos. Mas sou sua filha e estou te propondo um acordo. — estendeu a mão, com um sorriso demoníaco de quem sabia que eu estava nas mãos dela.

Como eu havia dito antes: situações desesperadas pedem medidas desesperadas.

Apertei a mão dela a contragosto. Se tinha alguém que podia me ajudar, aquela garota. Emma tinha uma cabeça maquiavélica, e se fosse para colocar planejar algo, que fosse algo a meu favor.

Eu só esperava que aquilo não desse merda.

Quando voltei ao trabalho, me sentia aliviado por fazer algo em relação à Dulce e preocupado com Emma. Ákos. Que porra de nome era esse? Emma era uma criança. C-r-i-a-n-ç-a. Não tinha que procurar namorados. Eu esperava que ela fosse morrer solteira, cuidando do pobre pai que estaria com o pé na cova.

Meu celular vibrou uma mensagem. Era de Emma:

“Você tem uma reserva para dois no Nobu. Está marcado para às oito. Reservei também uma noite no Marriott. Maggie e eu ficaremos com os meus irmãos. Comprei flores e um diamante. Seja um cara legal. Xo.”

Era missão cupido e eu tinha perdido o contrato?

Eu vendo a Emma juntando nosso casal.

AMORECOOOOS, COMO VOCÊS ESTÃO?

Vamos por partes: eu saí do hospital ontem, e tava sendo muito mimada (mas não me deixam comer nada que engorde, botam fé? Quem vive assim?) por isso não consegui postar. Mas, cá estou eu, e como estou em casa, vou conseguir postar gifs de novo (tava morrendo de saudades, não vou mentir).

Porém, como fiz exames até em canto do corpo que eu nem sabia o nome, só vou saber o motivo das dores, desmaios, quedas de pressão etc, etc, etc, na próxima semana. Então me pediram repouso absoluto e aquelas coisas desnecessárias.

EU NÃO SOU MÁ, GENTE. Eu sou uma florzinha que gosta de finais felizes, não quero vondy separados, eles que insistem em se separar kkk

E assim como vocês, também fiquei p u t a que não teve hot. Tô morrendo de saudade do amor desses dois (risos). Imaginem como vai ser agora que a Dulce vai saber o motivo que o Christopher a olha DAQUELE jeito? Aaaaah, meu coração? Massss, encontro tá chegando aí. Vai que rola, né? 

Por fim e não menos importante: muito obrigada pelo carinho e compreensão de vocês. Estou lendo todos os comentários, e embora ou eu posto, ou eu respondo (vcs também tem uma família exagerada que fica em cima 24 horas por dia?), tô lendo tudo e me divirto pra caralho. É importantíssimo pra mim saber o que vocês estão achado do rumo que a fic está tomando (Alfonso não está morto graças a vocês, viu? Salvadoras oficiais de mocinhos). 

Vocês são demais!