Fanfics Brasil - Capítulo 73 — Dulce De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 73 — Dulce

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“O resultado estará pronto amanhã de manhã.”


Minhas mãos começaram a suar assim que li a mensagem de George. Eu pedi para enrolarem o máximo possível para que — só talvez — eu tivesse coragem de conversar sobre Christopher sobre o assunto. Não diretamente sobre isso, mas quem sabe descobrir o rumo que o seu ódio pelo assassino da sua esposa.


Isso me daria uma luz de como ele ficaria eu lesse positivo ao invés de negativo.


E o pior: eu não sabia que estivesse negativo ali. Eu passei tanto tempo sem conhecer ninguém com quem tivesse um elo genético, que queria sentir ao menos um pouquinho como era a sensação de ter uma família.


Mesmo que o meu possível pai não valesse merda nenhuma.


Eu estava analisando as possibilidades quando a porta do meu quarto foi aberta, e Emma entrou com um sorriso suspeito. Por reflexo, escondi o celular debaixo do travesseiro, como se tivesse sido pega fazendo algo de errado.


— Está tudo bem? — ela perguntou desconfiada.


— Arrã. — deprimente. Meu tom de voz subiu duas oitavas, entregando a mentira. Emma estreitou os olhos e eu suspirei. — Aconteceu alguma coisa?


— Pensei que já estivesse pronta.


— Pronta...? — tentei lembrar de ter feito algum compromisso com alguém, mas nada me vinha à cabeça. — Não tenho nada marcado.


— Lisa! — Emma berrou. — Dulce não está pronta. Situação de emergência. — voltou a me olhar. — Não fique aí parada, vá tomar um banho enquanto nós arrumamos as suas coisas.


Lisa apareceu ofegante, e fez uma cara de desdém impagável ao me ver.


— Por que você está assim? — perguntou, soando acusatória.


— Porque eu não tenho planos para sair.  — respondi desconfiada.


— Você tem um encontro. — Emma revirou os olhos. — Anda logo.


— Emma, eu não estou entendendo. — retruquei.


— Apenas obedeça. — bateu palminhas enquanto Lisa me levantava e me empurrava para o banheiro. — Você já devia estar pronta. O papai está chegando.


— Papai? — indaguei, mas a mais nova fechou a porta, me deixando sozinha no banheiro. Olhei para o meu reflexo no espelho com as sobrancelhas erguidas e a boca ligeiramente aberta.


Era impressão minha, ou estavam tramando alguma coisa?


Eu não dou conta dessas crianças.


(...)


— E então eu conversei com o papai sobre Ákos e ele topou conhecê-lo. — Emma suspirou enquanto se jogava em minha cama.


Ákos era a paixão platônica de Emma desde que o rapaz se mudara para os Estados Unidos, há dois anos. Por incrível que pudesse parecer, a Uckermann tinha vergonha de puxar papo com ele. Emma. Com vergonha de conversar.


Isso me mostrou o nível de paixão que ela sentia por ele.


Segundo ela, o rapaz tinha um sotaque muito carregado, além de ser do tipo só-quero-saber-dos-estudos, sendo tímido pra caralho. Tímido a ponto de Emma puxar papo com ele na aula de Química e o garoto queimar o cabelo dela sem querer por ficar a admirando com aquele rostinho angelical — só o rostinho.


Ela estava tão afim dele, que sequer se preocupou com o cabelo depois.


Enfim, eles começaram a conversar e ela parecia estar cada dia mais envolvida com ele. Mas, com as férias escolares, viagem e problemas familiares, seus encontros ficaram mais raros. Felizmente, o rapaz pareceu ter recebido uma luz divina e a pediu em namoro.


O problema? Christopher Von Uckermann.


O cara era quadrado demais, Emma esperava um surto ou algo parecido se ele sonhasse que sua menininha estava olhando para algum rapaz — ou vice-versa. Eu também esperava um surto, então achei esquisito ele ter aceitado tão fácil.


— Está brincando comigo, não está? — indaguei, virando a cabeça para encará-la.


— Você vai estragar a maquiagem. — Lisa disse rispidamente, puxando o meu rosto novamente para frente. — Feche os olhos. — obedeci. Qual era a dos Uckermann de serem tão mandões?


— Ainda quero saber o motivo disso tudo. — resmunguei. — Odeio mistérios, Emma e Elizabeth. Vocês sabem disso.


— Odeio que me chamem de Elizabeth. — Lisa retrucou. — Mas você acabou de fazer isso. Nem sempre podemos ter o que queremos, não é?


Abri os olhos, encontrando um sorriso petulante de uma garotinha de treze anos. Ela piscou para mim e mandou um beijo.


— Falsa. — balancei a cabeça.


— O seu cabelo não dá mais para fazer um penteado, mas você ainda está linda. — ela me encarou, encantada. — Papai vai te amar. Quer dizer... Mais do que já ama. — deu uma risadinha sacana, mas logo ficou séria. — Então, você e nosso pai vão voltar?


Comecei a balbuciar algo ininteligível, olhando para a parede atrás dela. Eu não podia prometer algo que talvez não conseguiria cumprir, e não apenas por mim, mas por um maldito exame de DNA que sairia do dia seguinte. Se eu estivesse ligada ao homem que matou Sophie, provavelmente nem mesmo as crianças me aceitariam.


Forcei um sorriso, me inclinando para acariciar o rosto macio da Lisa, e a garota fechou os olhos, sorrindo lindamente.


Cristo, eu era apaixonada por aquelas crianças.


— Eu amo vocês independente do que aconteça entre Christopher e eu. Sempre vou estar aqui por vocês.


— Bobagem. — ouvi a mais velha bufar atrás de mim, mas trabalhei em ignorá-la. — Vocês se amam. Isso tem que significar alguma coisa.


— Em... — apertei os olhos, respirando fundo.


— Nem começa com o papo de “sou muita nova”. Vocês precisam parar de ser babacas e de se torturarem assim.


Olhei para ela com o cenho franzido. O celular dela tocou, e seu semblante se iluminou com a mensagem que lia.


— Papai já está lhe esperando lá embaixo. Vamos?


— Meninas... — chamei-as sem me dar ao trabalho de levantar. — Vocês podem por favor explicar o que está havendo? Quero dizer, o que eu devo esperar disso tudo?


As duas se entreolharam e Lisa piscou para mim com um sorriso travesso, acenando enquanto saía do quarto. Franzi o cenho, encarando a mini adulta diante de mim.


Não que eu não estivesse ansiosa para sair com Christopher, mas gostaria de saber o motivo disso, já que eu mal estava falando com ele nos últimos dias.


— O que há, Dulce? — Emma cruzou os braços. — Papai está te esperando.


— Você não vai mesmo me dizer que está rolando? Isso... — fiz um gesto para o quarto e a porta. — Não está cheirando bem. Seu pai e eu conversamos...


— Ele topou conhecer o Ákos se você saísse com ele. — soltou, não parecendo nada culpada.


Arregalei os olhos.


— Perdão? — eu não podia ter escutado aquilo. Não era possível.


— Meu pai está desesperado, Dulce. — riu baixinho. — Eu devia ter gravado para te mostrar. Ele entrou no meu quarto parecendo um maluco só para perguntar se eu sabia o que estava acontecendo com você. Dá uma chance, Dul. Ele está mesmo mal.


Eu não tinha planos de rejeitar tal encontro. Lisa não viu os meus machucados, mas Emma insistiu em me ajudar a colocar o vestido, e surpreendentemente não ficou chocada, intimidada ou algo parecido com os hematomas e nem os furos. Os hematomas sumiriam com o tempo, mas os furos estariam sempre ali. Sempre. Eu estava odiando ter que aceitar isso, mas não tinha outra opção.


E saber que Emma lidava bem com isso — não com pena, apenas compreensiva, como se eu estivesse no meu estado normal —, era um alívio tão grande que eu percebi o quanto estava preocupada com a reação dela e dos outros com as minhas marcas.


— Seu pai vai conhecer Ákos? — cruzei os braços com um sorriso sarcástico, em completa descrença. Emma estava tão esperançosa que nem desconfiou que Christopher obviamente tramava alguma coisa. — Qual é, Em. Impossível.


— Por favor, Dul. — juntou as mãos, arregalou os olhos e fez beicinho.


Maturidade? Risque isso.


Revirei os olhos e levantei, pegando uma bolsa de mão que a Lisa havia comprado para mim mais cedo. Emma deu pulinhos empolgados e me abraçou antes de sairmos do quarto.


Quando desci as escadas, suguei uma respiração ao encontrar a silhueta de Christopher vestido formalmente. Ele estava de costas, conversando com os rapazes, e, infelizmente, meus olhos voaram diretamente para o seu traseiro.


Um belo traseiro, inclusive.


Eu havia batido recorde em falta de sexo, e me sentia muito guerreira por isso quando tinha um espécime masculino maravilhoso bem no quarto ao lado. Eu estava, literalmente, numa seca desgraçada, o que dificultava a minha linha de raciocínio muitas vezes. Passava os dias pensando se Christopher já havia se masturbado, e o que ele havia imaginado enquanto o fazia.


Cristo!


— Tarada! — ouvi Emma sussurrar em meu ouvido. — Vocês são nojentos.


Olhei para ela com um sorriso contido, e os meninos logo me viram, então não demorou para que Christopher fizesse o mesmo. A forma como seus olhos passaram preguiçosamente pelo meu corpo, as sobrancelhas arqueadas e o sorriso sedutor me dizia exatamente o que estava passando em sua cabeça. E, bom, foi o suficiente para fazer o meu corpo inteiro formigar, como se suas mãos e boca estivessem me acariciando de verdade.


— Dulce. — sua voz saiu rouca e profunda, e agradeci aos céus por minhas pernas já estarem juntas, de forma que consegui disfarçar que precisei esfregá-las. Christopher se aproximou, e só quando estendeu uma mão, vi um buquê de flores. — São begônias vermelhas. Significam lealdade no amor. — sorriu nervosamente, e eu peguei o buquê, encantada.


Como eu estava admirada demais não reparei que ele havia aberto uma caixa de veludo até que Emma me deu um cutucão ao meu lado.


Olhei para o conteúdo na caixa: um colar lindo, com dois anéis entrelaçados em ouro rosa, e pequenos diamantes ao redor.


Maravilhoso.


— Christopher...? — ofeguei.


— Vire-se.


Obedeci e ele colocou o colar em mim, passando o dedo pelo meu pescoço e ombro em seguida, enviando uma trilha gostosa até o meu ventre.


Merda!


— Está pronta para ir? — sussurrou em meu ouvido, e tudo o que pude fazer, foi confirmar com a cabeça. — Ótimo. Estou louco para passar um tempo com você.


Senti um sorriso em sua voz, e tudo o que pude pensar era em como eu tinha perdido o apetite.


De comida.


 


Eu com esse capítulo:



Respondendo o face:


Alicia Mariana: cheguei, nenê. Beijos.


 


EU TÔ SÓ ESSE GIF CHEIA DE EXPECTATIVAS PRA ESSE ENCONTRO. Preciso de uma Lisa na vida pra me arrumar também.


O que vocês aguardam desse encontro, afinal? Preciso de teorias pra viver, me ajudem, aaaah!



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Eu estava absurdamente desconfortável. Era a primeira vez que eu aparecia em público com Christopher depois do sequestro, e não sabia direito o que fazer com isso. E tinha toda a bagunça que estava a minha cabeça, e mais ainda o meu corpo. Percebi que algumas pessoas nos observavam, com certeza reconhecendo Christopher Uckermann, o magnata ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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