Fanfics Brasil - Capítulo 77 — Christopher De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 77 — Christopher

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Dulce pegou o papel da minha mão com uma impaciência palpável. Leu e releu o papel várias vezes. Ela estava chorando silenciosamente, mas eu não sabia dizer se por um motivo bom ou ruim.


Não que houvesse uma situação boa àquela altura.


Meu estômago estava doendo, assim como a minha cabeça, os meus braços... Na realidade, o corpo inteiro. Eu não conseguia ficar feliz por ela ter encontrado o pai. Porra, eu ainda não tinha entendido direito aquela história, mas pelo que Dulce relatou, o homem foi quem assaltou Sophie, e um tal de Pablo foi quem atirou.


O pai dela. E o irmão.


Porra, que loucura!


— Puta merda! — sussurrou quando se deu conta de que aquilo era sério.


— Pois é...


Ela me encarou. Seu nariz estava vermelho, assim como os olhos e as bochechas. Também não parecia feliz, o que, foda-se, me aliviou pra caralho.


— Meu Deus... Eu não acredito. — amassou o papel, jogando-o no chão. — Merda. — colocou os pés na cama e escondeu o rosto nas mãos.


— Ah, querida. — puxei-a para mim, embalando-a em meus braços. Seu corpo inteiro estava sacudindo violentamente, e seus soluços eram doloridos.


Eu não sabia o que estava em sua cabeça, mas definitivamente devia estar tudo uma bagunça. Se eu, que era um terceiro na história, estava confuso, imagine ela, que passou a vida relativamente sozinha, e encontrou o pai anos depois. E não só isso, descobriu que o pai era um filho da puta.


Não sei quanto tempo ficamos ali, até que comecei a cantar para ela. Costumava acalmar as crianças, e eu esperava que pudesse acalmá-la também. Felizmente, não demorou para que ela se acalmasse um pouco. Seus soluços diminuíram, e não estava mais tão trêmula.


— Me perdoa, Christopher. — sussurrou.


— Perdoar por que, linda? — beijei o alto da sua cabeça. — Não é culpa sua.


— Meu irmão matou a Sophie, Christopher. E eu sei o que essa morte causou a você.


Suspirei pesarosamente, apertando-a mais contra mim.


— A morte dela, de uma forma ou de outra, me trouxe você.


Dulce olhou para mim e fungou. Parecia incrédula com o que eu havia dito, mas quer verdade mais crua que essa?


Tinha sido doloroso perder Sophie, isso eu nunca negaria. Ela foi o meu primeiro amor, e nos anos em que estivemos juntos, eu sabia que era verdadeiro. Eu a amei. Pra caralho. As crianças eram prova de que aquilo fora real.


Mas Dulce? Dulce era o meu presente. Eu a amava tanto que cada segundo longe dela, cada lágrima que ela derramava, cada dia ruim que ela tinha, doía em mim também. Eu queria cuidar dela. Compartilhar momentos, escrever uma nova história.


— Fica comigo, Dulce. Eu sei que a sua cabeça deve estar uma loucura, mas fica comigo. Deixa eu ficar do seu lado em qualquer decisão que você tomar.


Ela assentiu levemente com a cabeça, com a boca ligeiramente aberta e os olhos arregalados, como se estivesse com dificuldade de entender o que eu estava dizendo. Beijei sua testa e a apertei ainda mais.


— Eu amo você. — sussurrei. — Sem surtos. Pelo amor de Deus, sem surtos.


Ela suspirou e o corpo inteiro relaxou.


Ah, sim.


Sem surtos.



— E então...? — Emma me encarou nervosamente. Bebi tranquilamente o café, como se nada de errado estivesse acontecendo.


— O que foi, Em? — perguntei, embora já soubesse o que ela queria.


Ákos.


Ela revirou os olhos, bufando indignada. Respirei fundo, apertando a ponta do nariz.


— Qual o sobrenome do cidadão?


— Égerházi. — Respondeu orgulhosa. — Ákos Égerházi.


Está zoando com a porra da minha cara.


— O quê? Égeázi. — tentei repetir.


— Égerházi. — falou lentamente, realmente levando a sério o tal garoto.


— Está brincando comigo. Isso nem é sobrenome, Emma. Uckermann é um sobrenome. Égerházi, não. Parece que você está tossindo. — zombei. — Égerházi. — repeti, fingindo espirrar.


Emma cruzou os braços e fez um bico, indignada. Senti uma mão em meu ombro e encontrei Dulce ao meu lado, nos olhando com curiosidade. Os seis mais novos estavam pela casa, fazendo o que lhe interessavam, mas Emma precisava acabar com o meu café da manhã com o Égerházi.


Que porra de sobrenome era aquele? Conseguia ser mais esquisito do que o nome do moleque.


— Bom dia, crianças. — deu-me um beijo rápido, antes de beijar a cabeça de Emma e sentar ao meu lado em seguida. — Do que estão falando?


— Papai está zoando o sobrenome do Ákos.


— Ah... — Dulce me olhou de soslaio. — Égerházi. — fingiu tossir, e eu engasguei com o café.


Definitivamente a mulher da minha vida.


— Dulce. — Emma protestou, incrédula. Dulce era sua salvadora, e a própria estava zombando do pobre rapaz.


— Certo. — Dulce deu uma risadinha, mordiscando um pedaço de bacon. Algo que ela não podia comer em excesso. — Christopher, você precisa conhecer o rapaz.


— Eu preciso? — arqueei a sobrancelha. — Por quê?


— Porque eu quero. — deu de ombros e piscou. — Simples.


— Ah, meu Deus, eu te amo. — Emma beijou a bochecha de Dulce e se levantou. — Ele vai vir depois de amanhã. Pai, tente ser um cara normal, tá legal? Não vá me envergonhar.


Envergonhar? Mas que porra ela estava falando? Eu nunca faria isso.


Não do meu ponto de vista.


Emma saiu da cozinha e eu fiquei encarando Dulce comer despreocupadamente, como se nada pudesse abalá-la.


Porque eu quero. — repeti, forçando uma voz aguda. Ela me olhou, contendo um sorriso e acabando fazendo um beicinho lindo. — Quer me explicar isso?


— Só a verdade. Você tem duas opções: ou aceita esse possível namoro e pode ficar de olho neles, ou ela vai fazer isso escondido.


— Nem fodendo. Emma não faria isso. — bufei, tomando um gole do café. Dulce me olhou debochada, com aquela pergunta silenciosa: sério que você acredita que ela não faria isso?


E não, eu não acreditava.


Mas era foda aceitar que minha menina estava crescendo.


Suspirei resignado. Eu teria que aceitar o nome-esquisito-sobrenome-mais-esquisito-ainda.


— Vai ficar tudo bem, Christopher. Emma é uma garota ótima. — pegou minha mão por cima da mesa.


— Ela colocou um sapo no seu closet. — provoquei.


— Detalhes. — fez um gesto de indiferença com a mão, mas logo o ar descontraído foi embora. — Vou visitar Fernando amanhã. — limpou a garganta e se remexeu na cadeira. — Não que eu esteja ansiosa para esse encontro, mas eu estou tão perto de descobrir o que aconteceu, que mal consigo respirar. Ele pode me falar sobre a minha mãe... Eu nem sei se ela está viva, mas preciso descobrir isso.


Eu sorri, embora por dentro quisesse socar alguma coisa. Qualquer coisa. Eu não queria que Dulce fizesse isso, mas sabia que ela só seguiria em frente se conversasse com o filho da puta.


E, infelizmente, eu não podia dizer que as coisas acabariam bem. Ele podia dizer algo que ela não gostasse, e deixá-la mais fragilizada ainda.


No fim, fiz a única coisa que eu podia:


— Eu vou com você. — beijei sua mão, forçando um sorriso encorajador.


 


Christopher tá sendo um cara legal, vai até conhecer o Ákos, minha gente. Eu tô no chão com esse lado dele: 



Respondendo o face:


Vanessa Aparecida: oieeee, nenê, cheguei! ♥


Andrea Osiris: eu gosto é do bapho, garota, hahahahaha. Se não for pra dar um mini ataque do coração, eu nem venho, hahaha. Os gifs são minha vida kkkk depois que comecei a usar, não consigo parar.


Maria Pimentel: AAAAAAAH não há motivos pra ansiedade. Estou aqui, amoreco ♥ 


 


Oi, amores, como vocês estão? 


Pois bem, eu ia deixar isso quieto, mas vocês são as mulheres da minha vida, e ver que vocês se preocuparam na real comigo me deixou muito chorosa (mozão pode confirmar, eu tô muito sensível esses dias).


NÃÃÃÃO, não estou grávida (por ora, glória aos deuses, porque eu não tenho nem condições de ter uma criança, gente. EU sou um bebê, hahahaha).


Na terça-feira eu busquei o exame e descobri que tenho esclerose múltipla. Pois bem, eu não recebi a notícia muito bem, né? Fiquei mal pra caralho, quase terminei o noivado, enfim... Eu PIREI demais. 


Eu não tinha planos de começar a falar nada aqui até mesmo porque nem eu digeri essa merda ainda, mas eu achei mesmo muito legal ver vocês se preocupando comigo. Quero agradecer do fundo do coração por isso. Tenho leitoras comigo desde a primeira fic, outras na segunda, ou até mesmo nessa, então meio que nós somos sisters, né? Hahahah.


Enfim, só quero agradecer mesmo pelo apoio de vocês. Vocês são foda pra merda, e sou muita grata por ter vocês comigo! 


Beijinhos, amores!



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— Você tem certeza que quer fazer isso? Nós podemos simplesmente voltar pra casa, Dulce. Emma fez aqueles biscoitos que você adora. — Christopher tentou me convencer a desistir daquela ideia pela centésima vez. Olhei para ele e balancei a cabeça. Eu já havia respondido à pergunta, então me limitaria a fazer a ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



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  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


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