Fanfics Brasil - Capítulo 79 — Christopher De repente babá - Vondy

Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU


Capítulo: Capítulo 79 — Christopher

1531 visualizações Denunciar


Ákos sobrenome-esquisito.


Fernando Saviñón.


Esses caras ainda iriam me matar. Por motivos diferentes, claro, mas por causa de mulheres absurdamente importantes na minha vida.


Fernando era escroto. Vê-lo indo para cima de Dulce como um animal possesso, me deixou possesso. Dulce não queria abrir a boca sobre o que eles tinham conversado, mas tinha ficado abalada com o rumo da conversa. Ela mencionou que ele gritou um monte de merdas, mas eu estava tão louco por ver o imbecil tocando nela como se fosse agredi-la a qualquer momento, que não consegui ver e ouvir nada.


Como eu não sabia o que Dulce queria fazer depois desse encontro, e eu prometi que ficaria ao lado dela, estava de mãos atadas esperando a próxima decisão insana que me aguardava.


E isso me assustava como o inferno.


Só o que me faltava era Dulce querer sair de casa em casa por Tampa procurando pela ex de Fernando.


Era só o que faltava.


Mas no maldito dia, o que estava me preocupando?


Ákos.


O moleque franzino e esquisito, cheio de espinhas, o cabelo com tanto gel que parecia ser brilhantina, e que tinha acabado com a porra do gramado que Maggie tinha tanto cuidado em manter, porque não conseguiu parar a bicicleta a tempo.


— Só pode estar brincando comigo, Emma. — olhei incrédulo para ela, mas a garota estava ocupada demais babando no moleque que ajeitava a bicicleta num lugar decente. — Porra. — resmunguei para Dulce.


Dulce estava contendo a risada. Ela queria rir. Rir.


Dava para piorar mais as coisas?


— Comporte-se, pai. — Emma grunhiu no meu ouvido antes de descer as escadarias como uma gazela, atracando o esquisito num abraço.


Revirei os olhos, enfiando as mãos nos bolsos. Senti as mãos de Dulce envolvendo o meu braço, e quando a encarei, ela já estava me observando.


— Ah, meu Deus, isso vai ser tão divertido. — balançou a cabeça, rindo da minha desgraça.


— Ficou maluca? Emma está com um esquisito, como você acha graça disso?


Dulce não respondeu. Virou a cabeça e apontou com o queixo, e seguindo o olhar, vi Emma subir com o esquisito, infelizmente se aproximando.


Deus, aquilo estava mesmo acontecendo.


— Pai, este é Ákos Égerházi, o garoto que te falei. — Emma me olhava hesitante, mas pelo sorriso, estava claro que ela estava satisfeita que eu não havia feito nenhuma besteira ainda. — Ákos, querido, este é o meu pai, Christopher, e a namorada dele, Dulce María.


Querido?


— Querido? — franzi o cenho, ignorando o aperto de Dulce em meu braço. Ah, porra, não fode!


— Pai. — Emma disse entre dentes.


— É um prazer, Ákos. — Dulce se apressou, estendendo a mão para o esquisito. — Emma falou muito de você.


— É um prazer, senhorita. — o esquisito beijou a mão de Dulce, fazendo-a sorrir amplamente.


— Ah, que gracinha. Você nunca fez isso comigo, Christopher. — Dulce cutucou o meu ombro, com um sorriso bobo para Ákos. — Me chame apenas de Dulce, querido. Ou Dul, se preferir.


— Claro, Dulce. — o esquisito riu de um jeito esquisito, meio com saliva, meio ronco.


Deus, o que a minha menina tem na cabeça?


— É um prazer, Ákos. — estendi a mão para o garoto, e ele me olhou hesitante antes de apertar minha mão. Talvez, apenas talvez, eu tenha apertado um pouco demais, sorrindo ao vê-lo tentando esconder uma careta.


Entrando em casa, fomos recebidos pelos garotos em pé, de braços cruzados e uma carranca aparentemente ameaçadora em seus rostos delicados. As meninas estavam sentadas no sofá, mas também com os braços cruzados.


Eu entendo vocês, meninos. O esquisito é uma ameaça.


— Hã... — Emma agarrou o braço do esquisito, estreitando os olhos para nós. — Gente, esse é o Ákos, meu namor... Amigo. — corrigiu-se na hora em que cruzei os braços. — Ele estuda comigo. Ákos, esses são Adam, David, Daniel, Tyler, Lisa e Valentina. — apontou para cada um.


Lisa levantou e apertou a mão do rapaz, que parecia estar prestes a ter um ataque de pânico.


— Bem-vindo à família, Ákos. — Elizabeth (não tinha a menor chance de eu chamá-la de Lisa depois dessa traição) sorriu docemente.


— Vá com calma. — grunhi, ganhando um cutucão de Dulce. — O que foi, merda?


Dulce estreitou os olhos, num aviso de “cale a boca”. Emma parecia querer morrer, Ákos estava apavorado. Se fosse qualquer outra pessoa, eu sentiria pena e até o ajudaria, mas porra, ele estava querendo se enfiar nas pernas da minha menina.


Por mim, Emma só namoraria depois dos quarenta. Ponto!


— Bom, que tal se formos dar um mergulho? Christopher está louco pra espairecer a cabeça, não é, querido? — Dulce apertou meu braço, ganhando a minha atenção.


— Estou ótimo.


— A sua aura está escura. — me ignorou completamente, olhando para as crianças. — Crianças, podem ir pra piscina. Matteo já está assando a carne e Maggie está esperando vocês. Eu preciso conversar com seu pai sobre uma coisa que eu esqueci mais cedo.


— É, tomara que acalme a fera. — Emma resmungou, puxando o esquisito pelo braço.


Ei, mas que porra é essa?


As crianças saíram correndo para a piscina, e fiquei olhando-os até sentir um tapa na minha nuca. Levando a mão ao local, encarei Dulce, que estava com as mãos na cintura, deliciosamente furiosa.


— Que merda foi essa? — grunhi.


— Eu pergunto a mesma coisa. O que te deu na cabeça? Está tentando afastar a Emma e ter a mesma relação de merda de quando eu cheguei?


— Mas do que você est...


— Calado. — levantou o indicador, fazendo uma carranca. — Emma é uma garota boa e você sabe disso. Ela não vai... — olhou para o lugar de onde as crianças saíram, para ver se alguém estava vindo. — Ela não vai transar com ele. — baixou o tom de voz. — É um namoro inocente, Christopher.


— Eu não era inocente quando tinha a idade deles, Dulce. — retruquei.


— Ákos não tem nada a ver com você, caso não tenha percebido.


— Você nem o conhece. — protestei.


— Puta merda, cara. — fechou as mãos, respirando fundo. — Ele queimou o cabelo dela na aula de química porque ficou nervoso.


— Bobagem. — apertei a ponta do nariz. Não entrava na minha cabeça que alguém pudesse ser digno da minha garota. — Ela merece mais.


A expressão de Dulce suavizou quando ela sorriu fracamente, envolvendo meu rosto nas mãos.


— Emma está crescendo, Christopher. — sussurrou. — É melhor você ficar ao lado dela, do que perder a confiança e ser deixado do lado de fora.


Trinquei o maxilar, pensando que ela poderia estar certa. Mas isso não significava que eu precisava estar de acordo. Talvez por ter estado num cabo de guerra com Emma desde a morte da Sophie, eu estava tendo dificuldades em aceitar que a menina que estragou a cozinha enquanto brincava de cozinhar, estava crescendo.


E atraindo garotos.


— Dê uma chance ao garoto, amor. — Dulce se aproximou. — Emma está tentando. Faça a sua parte.



— Quais as suas intenções com a minha irmã? — Tyler perguntou, assumindo o papel do mais velho dos rapazes.


Os presentes olharam para o esquisito... Menos Valentina, que estava entretida com a sobremesa.


Ah, aquilo ia ser ótimo.


— Tyler. — Emma grunhiu.


— Deixe o menino, Emma. — cortei-a. — Deixe o Ákos responder.


Emma parecia querer me matar, mas se o garoto não era capaz de responder a uma simples pergunta, então ele não era digno dela.


Infelizmente, o esquisito decidiu fazer contato físico com minha filha, colocando sua mão por cima da dela por cima da mesa, olhando para ela com adoração.


— Emma é a melhor coisa que aconteceu comigo desde que me mudei pra cá. — sorriu para ela, e eu fiz uma careta. — Ela tem o sorriso mais bonito que eu já vi na vida. É inteligente, gosta de astronomia e tem o nariz mais bonito que eu já vi.


Cada vez mais esquisito.


— Ela gosta de astronomia? — perguntei, perplexo.


Emma olhou para mim com um sorriso tímido, e encolheu os ombros.


— Desde que a mamãe foi embora.


Balancei a cabeça em entendimento. Era uma merda não saber disso, enquanto um esquisito espinhento recém chegado no país estava mais ciente da vida da minha garota do que eu.


Dulce apertou levemente o meu braço, me tirando da minha dose de autopiedade mental. Respirei fundo e enrijeci a postura.


— Vamos ao meu escritório, garoto.


— Pai... — Emma protestou, provavelmente pensando que eu ameaçaria o garoto.


Talvez.


— Está tudo bem, coelhinha. — o garoto a tranquilizou.


Coelhinha?


Puta merda, meu amigo!


Olhei com deboche para Dulce, que mordia o lábio para conter a risada. E ignorando o olhar suplicante de Emma.


Quando chegamos ao meu escritório, o garoto parecia impressionado. Impressionado de verdade. Seus olhos vagavam pelo espaço enquanto eu servia dois copos com uísque.


Teste um.


— Eu não bebo, senhor. — ele sorriu sem graça quando ofereci-lhe um dos copos.


Ponto para espinhento.


Dei de ombros e sentei em frente à minha mesa, fazendo um gesto para que ele se sentasse também. Quando o fez, respirou fundo, esfregando as mãos, como se estivesse tenso.


Teste dois.


— Quais são as suas intenções com a Emma? De verdade, garoto.


— Eu gosto dela, Sr. Uckermann. A Emma foi uma das primeiras pessoas que conversou comigo... Digo, sem ser pra me zoar. — riu constrangido. — Eu conversei com ela sobre isso, e gostaria de pedir a mão dela em namoro.


Juro por Deus, meu coração falhou naquele momento.


— Namorar... A minha filha. — esvaziei o copo, respirando fundo. — E por que eu permitiria isso?


— Porque eu gosto da sua filha, e ela de mim. — respondeu prontamente. — Nós estudamos juntos, conversamos sobre tudo. Emma é uma garota incrível, e acho que o senhor sabe disso. Eu levo a sua filha a sério, senhor. — ergueu a mão direita, como num juramento. — Ela vai ser o meu tesouro. Juro!


Eu quase podia ouvir o suspiro bobo da Dulce. Não estava cem por cento convencido, mas devia ser um bom começo. Contudo, eu ficaria de olho no esquisito.


— Esse namoro precisa de regras. — me recostei na cadeira. — Quero Emma em casa às dez da noite no máximo, e em épocas de provas vocês vão se ver só na escola. Nada de se esgueirarem em quartos, banheiros ou qualquer lugar perigoso, entendeu? — o garoto assentiu freneticamente com a cabeça, mal contendo um sorriso idiota. — Nada de mãos bobas. Dormir na casa um do outro está fora de cogitação. E o mais importante. — me levantei e contornei a mesa, girando a cadeira dele e colocando as mãos nos braços da cadeira e aproximando o meu rosto do dele. — Se eu sonhar que você fez a minha garota chorar, eu arranco esse palito de dentes que você chama de pau, está entendendo?


O moleque assentiu com a cabeça novamente, com o corpo inteiro trêmulo. Endireitei a postura e fiz um sinal para a porta. Apertei a mão dele, disposto a tentar — leiam bem: tentar — aceitar esse namorico.


Voltamos para a piscina e Emma correu até ele, passando os olhos pelo corpo para garantir que ele estava bem. Grandes merdas. Como se eu pudesse fazer uma merda dessas.


— Uau, o garoto está vivo. — Dulce se aproximou, passando as mãos pela minha cintura. Abracei-a, observando as crianças brincarem. — Estou orgulhosa de você. — beijou meu peito, e eu estremeci.


Diabo de mulher provocadora.


— Eu sou um pai legal. — sorri convencido, fazendo-a balançar a cabeça. — Cuidei de fazê-lo entender as regras deste relacionamento. E você vai conversar com Emma. — Dulce me olhou confusa. — Isso é papel da mãe, querida. Não posso conversar sobre isso com ela. — justifiquei.


Os olhos da minha garota marejaram e um sorriso trêmulo brincou em seus lábios quando ela ficou na ponta dos pés e me deu um beijo casto, ignorando os sons de nojo dos gêmeos atrás de nós.


Definitivamente eu poderia viver com aquilo.


 


Euzinha com esse capítulo:



Respondendo o face:


Andrea Osiris: LOUCURA, LOUCURA, LOUCURA, MEU (imagine aqui a voz do Faustão).


 


A gente precisava de um capítulo pra descontrair um pouco, né? E nada melhor do que um pai se sentindo ameaçado, hahahaha. 


Minha gente, perdão pelo atraso. Eu geralmente posto de manhã, mas como fiquei um tempo sem ir trabalhar, tá sendo uma doideira agora pra colocar tanta merda em dia.


Christopher deixou o Ákos sobrenome-esquisito vivo, é ou não é pra glorificar de pé? Hahahaha.


Beijinhos, amores!


 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

— Bom, isso é esquisito. — Alfonso fez uma careta. Ele tinha recebido alta pela manhã, e depois de uma discussão desgraçada porque ele não queria ser “um fardo para a família Uckermann”, ele acabou indo para a casa de Anahí com um simples sorriso dela ao convidá-lo. O fardo de Anahí o cr ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1003



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11

    Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda

  • lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24

    Vai fazer 2 anos q vc n posta mais

  • maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51

    cont.....

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05

    Espero que voce volte a postar, beijos

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23

    Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade

  • lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35

    Olá ruteeee

  • lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13

    poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03

    Se vc estiver bem é o importante

  • camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37

    Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais

  • lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15

    já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais