Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU
— Bom, isso é esquisito. — Alfonso fez uma careta.
Ele tinha recebido alta pela manhã, e depois de uma discussão desgraçada porque ele não queria ser “um fardo para a família Uckermann”, ele acabou indo para a casa de Anahí com um simples sorriso dela ao convidá-lo.
O fardo de Anahí o cretino podia ser né?
Eu podia jurar que o filho da puta daria em cima dela.
Inacreditável.
Mesmo no estado em que estava, o maldito não conseguia aguentar o pau dentro das calças.
O fato era que, estávamos Alfonso, Christopher, George e eu, na casa de Anahí — que era incrível, inclusive — e eu estava contando sobre o fatídico encontro com Fernando: o doador de espermas.
Christopher fez questão de relatar — e exagerar — a parte em que o homem veio para cima de mim, enquanto eu tentava focar na parte em que ele parecia sequer saber da minha existência.
— Que cara fodido! — Alfonso resmungou, incrédulo. Claro, ele me protegeu a vida inteira, era óbvio que, assim como Christopher, ele só focaria no surto do homem.
— Ei, será que dá pra gente pensar no assunto principal? — franzi o cenho.
— Dulce está certa. — George murmurou, como se estivesse absorto. — Se ele não sabia que você estava viva, então... — hesitou, e então olhou para mim.
— Então o quê? — me inclinei sobre a mesa, arregalando os olhos.
— Pai... — Christopher resmungou, balançando a cabeça.
— George, diga! — pedi.
— Pode ser que a sua mãe não queria ter uma ligação com você. — sussurrou, me olhando com cautela. — O problema, provavelmente, não era com Fernando.
Eu tinha pensado nisso também, mas ouvir isso de terceiros ainda doía. Quem quer ser recusado pela mãe?
— Querida... — Christopher segurou minha mão por cima da mesa.
— Ele está certo. — olhei para Alfonso. — Ele está certo. — repeti.
— Sinto muito. — Alfonso sorriu tristemente. — Você ainda quer seguir com isso?
— Claro. Olha... Eu posso estar me ferrar, mas eu só preciso saber de onde eu vim. Pode ser que eu nem chegue a falar com a minha mãe, mas eu preciso saber quem é. — olhei para Christopher, que estava com a cara fechada. Ele não concordava com isso, obviamente, mas porra, eu precisava saber. Encontrar um motivo plausível para ter passado toda aquela merda. Eu esperava, no mínimo, que a minha mãe quisesse cuidar de mim, mas não podia.
— Ok... — Alfonso disse sem muita convicção.
— Eu sei que você quer me proteger, Alfonso. Assim como Christopher, que foi um cuzão querendo me tirar da cadeia antes que eu visse o Fernando. Eu só preciso descobrir quem é a minha mãe. O Fernando não sabia que eu estava viva. Talvez se eu voltar lá e tentar conversar com ele de novo...
A risada sem humor de Christopher me cortou. Ele levantou e começou a andar de um lado para o outro, até que segurou a parte superior da cadeira que estava sentado com força, até os dedos ficarem brancos.
— Você não vai voltar lá, docinho. — grunhiu. — Ele te agrediu. Não tem a menor porra de possibilidade de você vê-lo de novo.
— Christopher... — o tom de George era de advertência.
— Porra, nem começa você também, pai. — passou as mãos pelos cabelos, agoniado. — Não gosto da Dulce perto desse cara. Ele poderia ser o Papa, o Rabino... Porra, ele poderia ser o próprio Deus. Eu. Não. Quero. Esse. Cara. Perto. Da. Dulce.
O silêncio que seguiu a essa declaração foi absurdamente desconfortável. Alfonso estava com as mãos unidas em cima da mesa, George encarava o filho chocado e o meu cérebro estava em pane.
— Não vou entregar a Dulce de bandeja pra ele. — afundou na cadeira, colocando os cotovelos na mesa e esfregando o rosto com as mãos, nervosamente. — Eu não posso fazer isso.
— Ele está na cadeia. — justifiquei. — Não pode me machucar.
— Não é só disso que eu estou falando. — ralhou. — E você sabe disso. Eu estou tentando te entender, ficar do seu lado... Você já o viu, porra, o que mais você quer?
— Eu quero saber por que fui abandonada, caralho! Por que é tão difícil pra você entender isso? — ralhei.
Mais silêncio.
Por que eles calavam a boca quando eu queria respostas?
Bufei, irritada.
— George, você acha que o Drew pode... Sei lá... Descobrir alguma coisa com o Fernando? — arregalei os olhos e pisquei repetidamente, com um beicinho forçado. Emma tinha dito que o avô era coração mole, era só fazer cara de inocente e ele cedia.
George riu baixinho, ajeitando o terno.
— Emma te ensinou isso, não ensinou?
— Pode ter certeza que sim. — sorri. George suspirou.
— Certo. Vou conversar com ele.
— Porra. — Christopher grunhiu, balançando a cabeça em desgosto.
♦
— O que está rolando com o papai? — Emma perguntou, me oferecendo um cookie. A garota tinha nascido para isso, sem sombra de dúvidas.
— Como assim? — dei uma mordida enorme no cookie, gemendo em satisfação. — Caramba, Em... Estão cada vez melhores.
— Eu fiz pensando no Ákos. — sorriu apaixonada, e eu quase escutei um grunhido ciumento vindo de Christopher. — O papai está esquisito desde que vocês foram buscar o Alfonso. Inclusive, por que ele foi pra casa da tia Annie?
Por sexo.
— É melhor você não saber. — resmunguei, balançando a cabeça em desgosto.
— Ele é bonitinho. Se eu fosse mais velha, daria em cima dele. — riu.
— Eu vou fingir que não ouvi isso. — fiz menção de pegar outro cookie, mas Emma, a traíra, afastou a travessa, me encarando com a sobrancelha arqueada. — O que foi?
— Você e o meu pai brigaram?
— Cara, você é muito insistente. — afundei no banco, suspirando resignada. — Eu não diria que a gente brigou. — admiti. — O seu pai é meio cabeça dura, e acha que precisa tomar as decisões por mim.
Emma me entregou a travessa, ao qual aceitei muito grata, devorando aquela maravilha mais rápido do que eu poderia dizer.
— O papai sempre foi assim. — deu de ombros. — Lembro que a mamãe sempre falou que tinha que matá-lo com bondade. — sorriu. — Não sei direito o que isso significa, mas você devia tentar.
— Matá-lo com bondade? — franzi a testa, e Emma riu.
— Não fale com a boca cheia. Você vai cuspir biscoito pela cozinha inteira, desse jeito. — zombou, e me limitei a revirar os olhos. — Ela dizia que os homens não podem se sentir ameaçados e que só existem duas formas de fazê-los aceitar a nossa opinião: com gentileza, e a outra coisa eu entenderia quando fosse maior.
Engasguei com o biscoito, tossindo a ponto de me faltar o ar e os olhos lacrimejarem. Eu não sabia como ser gentil — ou achava que não sabia —, mas a outra forma era muito óbvia: com o sexo. Os homens são manipulados facilmente diante de uma mulher nua, sempre soube disso.
Emma começou a bater nas minhas costas, a fim de me ajudar. Quando a tosse foi controlada, a garota me estendeu um copo com água, sorrindo debochada.
— Bom, eu imagino que você sabe o que é a outra coisa. — sugeriu com um sorriso travesso.
Ri de nervoso, colocando o copo novamente no balcão. Olhei para Emma. Ela estava crescendo, mas sejamos francos: o que eu saberia falar com ela sobre isso?
— Em, inclusive o seu pai me pediu pra falar com você sobre isso. — pigarreei quando percebi que minha voz saiu praticamente irreconhecível.
— Sobre sexo? Claro, vocês têm alguma dúvida? — me encarou curiosa, e eu arregalei os olhos. Mas que... Ela riu antes que eu conseguisse pensar numa resposta espirituosa. — Estou brincando, Dulce. De qualquer forma, nós precisamos mesmo conversar sobre isso, mas que tal se você for dar atenção ao seu parceiro primeiro? Estou morrendo de sono e Ákos deve me ligar daqui a pouco. — piscou, beijou minha bochecha e saiu saltitante pela casa.
Definitivamente eu não conseguiria conversar sobre sexo com ela. Ou sobre relacionamentos. Nem mesmo eu sabia o que pensar sobre isso. Claro, sexo eu sabia, mas relacionamento? Christopher era o meu primeiro, e vamos combinar que não foi de um jeito convencional.
Caminhei até o escritório, mas estava vazio. Como não tinha mais movimentação no andar de baixo, presumi que ele já tinha ido para o quarto.
Oi, garotão. O que acha de uma rodada de sexo para te acalmar e fazer concordar comigo, hein? Foi conselho da sua filha.
Poderia ser uma boa forma de abordá-lo. Menos a parte da Emma, claro.
Contudo, quando cheguei ao quarto, ele não estava sozinho. Valentina estava deitada com ele, e meu coração aqueceu ao vê-la adormecida, e ele deitado de lado, acariciando a cabecinha dela.
— Você sabe que eu sei que você está aí, não sabe? — ele me tirou do devaneio, sem tirar os olhos da filha.
Contive o revirar de olhos. A rodada de sexo teria que ficar para outro momento. Troquei de roupa — já que Christopher mudou o meu guarda-roupa para o dele — e deitei na cama, com a pequena entre nós.
— Desculpa por estar te fazendo passar por isso, querido. — coloquei a mão por cima da dele, que estava no braço de Valentina. — A minha intenção não é te machucar. Nunca é.
— Eu sei. — ele admitiu, suspirando. Seu polegar começou a fazer círculos no meu pulso, me fazendo ter pensamentos muito impuros para alguém que tinha uma criança do lado. — Só não quero que você se machuque também.
— Vou ficar bem. Passei quase três décadas sem eles, Chris. Só preciso entender o motivo e juro que podemos seguir em frente.
Ele me encarou. Intensamente. De um jeito quase desconcertante. Por fim, pegou minha mão e a levou aos lábios, dando um beijo rápido.
— Vamos acabar com isso de uma vez. — declarou.
Sem rodada de sexo?
Uau!
Christopher estava ficando mais compreensivo do que eu poderia contar.
Euzinha vendo Christopher e Dulce ultimamente:
Genteney, literalmente postei e saí correndo. Não vou conseguir responder os comentários de vocês, mas eu li e estou amando, ok? Só um comentário aqui que mais de uma pessoa perguntou: eu tô bem, gente kkkk tô viva, isso que importa, né? Brinquei que era a morte que estava me chamando, mas não foi dessa vez (aêê).
Segunda tô aqui linda, firme e forte (e sem imprevistos, então vamos ter mais capítulos semana que vem, tá? Essa coisa de três capítulos por semana é pouco pra mim, não vou mentir kkk).
Só me tirem uma dúvida: os capítulos estão muito longos? Estou dando uma aumentada neles, mas não sei se estou exagerando ou se tá de boa.
Beijinhos, amores.
Prévia do próximo capítulo
Que Deus me ajudasse a não surtar, amém! A semana passou numa bagunça confusa entre o trabalho, garantir que Emma estava dormindo em casa e não dando uma escapada com o namorado esquisito, e que Dulce estava com a cabeça no lugar. Eu não gostava nada, nada, dessa história de Drew ajudá-la. Eu não o conhecia, n& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1003
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lukinhasmathers Postado em 01/05/2021 - 23:24:11
Acabei de ler mais uma vez... So queria saber por onde vc anda
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lukinhasmathers Postado em 08/05/2020 - 20:22:24
Vai fazer 2 anos q vc n posta mais
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maria Postado em 15/04/2020 - 18:58:51
cont.....
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:57:05
Espero que voce volte a postar, beijos
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:56:23
Acabei de ler tudo de novo para matar a saudade
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lukinhasmathers Postado em 03/11/2019 - 10:55:35
Olá ruteeee
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lukinhasmathers Postado em 02/10/2019 - 11:16:13
poxa vey, quero tanto ver esse final, vivo até sonhando com essa web imaginando o final dela
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:30:03
Se vc estiver bem é o importante
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camila_herrera Postado em 08/08/2019 - 17:29:37
Nossa, nem parece que tem mais de um ano que vc ñ postou mais
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lukinhasmathers Postado em 21/07/2019 - 12:49:15
já tem 1 ano sem postar... uma pena Ruth. Cadê você, querida?