Fanfic: De repente babá - Vondy | Tema: Vondy; DyU

A casa era ridiculamente grande. Não grande, tipo, grandinha. Do tipo pensão, mansão, palácio. Para que doze quartos numa casa, fora os quartos dos empregados, pelo amor de Deus? Fiquei no meu quarto até a hora do jantar, porque ainda estava entendendo como um cara tão bonito quanto o senhor Uckermann podia ser tão rígido. E cego pelo trabalho. Não que isso fosse ruim, mas segundo Alfonso, o cara vivia para isso desde a morte da esposa.

Tinha um quadro enorme dela acima da lareira. Sophie Uckermann era uma mulher linda. Seus cabelos eram loiros e com corte chanel. Seus olhos eram um tom impressionante de verde, e ela parecia ser realmente uma mulher muito elegante.

O despertador em meu celular tirou-me do transe, indicando que faltavam cinco minutos para as sete. Suspirei descendo as escadas e indo para a sala de jantar. Maggie estava colocando a mesa com Angélica, a empregada, e Carmen, a cozinheira. Carmen me chamou a atenção desde quando fomos apresentadas, com seu vestido florido pomposo e a rosa nos longos cabelos castanhos. Fora a maquiagem como se ela estivesse prestes a ir para a noitada.

– Oi, Dulce – Carmen cumprimentou-me sorridente. – Ainda estamos terminando de servir e... Senhor Uckermann, olá – olhou por cima do meu ombro.

Empertiguei o corpo, sentindo um olhar quente percorrendo o meu corpo. A campainha tocou e Maggie se retirou para atender. A casa era sempre movimentada? Onde estavam as crianças, afinal? Virei para o senhor Uckermann e o vi junto com uma menininha linda com olhos verdes fabulosos encarando-me boquiaberta. Olhei para meu chefe e para a menininha linda.

– Dulce, esta é Valentina, a minha caçula – disse ele antes de ficar na altura da menina, olhando-a com atenção. – Querida, esta é a Dulce. Por que não diz “oi” para ela?

Valentina não respondeu. Na verdade ela não fez nada, apenas ficou me encarando, como se me avaliasse e lembrei que ela não falava. Olhei para os lados, desconfortável. Percebi que Carmen e Angélica pararam o que estavam fazendo, observando cada movimento nosso.

A menina soltou a mão do pai e se aproximou de mim. Tá, e o que eu fazia? Eu nem pegava crianças no colo, pelo amor de Deus. Ela segurou a minha mão e forçou-me a ficar na sua altura. Tentei sorrir, mas tenho certeza que saiu uma coisa esquisita.

– Oi, linda – sussurrei. Os olhos dela eram muito mais bonitos de perto. Ela não disse nada. – Eu sou Dulce. Vou cuidar de você quando o papai não puder ficar com você, tudo bem?

Aguardei uma resposta que não veio, mas a julgar que ela começou a acariciar meus hematomas e mexer em meus cabelos, agora castanhos com californianas loiras, ela tinha gostado de mim. Então ela sorriu, e caramba, que menina bonita. E me olhava quase com ternura. Era lindo. O sorriso que abri daquela vez foi realmente sincero, e o sorriso dela se alargou. Então me abraçou.

Retribuí o abraço completamente sem jeito e encarei o senhor Uckermann. Ele parecia chocado com o que estava acontecendo, e eu não sabia se depois já levaria uma reprimenda. Ao lado dele estavam Alfonso e uma mulher com o rosto corado e os olhos brilhantes. E, bom, Alfonso estava muito perto dela.

Pronto, Alfonso satisfez uma mulher que provavelmente é próxima do meu chefe. Ótimo!

Também estavam dois meninos, gêmeos, e dois maiores, que não eram gêmeos. E pelas minhas contas, ainda faltavam dois. Que os deuses me ajudassem a não cair fora.