Fanfics Brasil - Quando eu te conheci... Secret Sin

Fanfic: Secret Sin | Tema: Padre, Amor, Romance, Freira, Amor Impossível


Capítulo: Quando eu te conheci...

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Era um ano totalmente novo para ambos, eles estavam cheios de planos, era um ano de mudanças, de experiências novas que os deixavam com medo. Sofia, que tinha seus 18 anos, sempre foi uma aluna exemplar, estudava em um colégio religioso pois desde muito pequena foi criada nas doutrinas da igreja católica pela sua família, que até hoje é muito devota. Rafael, tinha 27 anos, e acabara de se ordenar Padre, ele havia estudado 8 anos para realizar seu sonho de se tornar um sacerdote. Formados, Sofia foi chamada para continuar sendo parte do colégio fazendo trabalho voluntário para crianças carentes e idosos, e Rafael para ter como sua primeira Paróquia a igreja que - por coincidência - era vinculada com o colégio.


Era o primeiro dia de trabalho voluntário de Sofia, ela estava muito animada. De coração puro e humilde, ela amava ajudar o próximo, coisas estas que desde pequena aprendeu que eram essenciais para ser uma boa pessoa. Rafael, naquela mesma manhã, havia chegado na cidade vindo do seminário onde estudava. Ambos, se dirigiam ao colégio em busca de Rita, a Madre Superiora.


Rita que já beirava lá seus 60 anos, diferente das Madres Superioras que vemos nos filmes ou na TV, era um amor de pessoa, fiel a sua fé sempre disposta a ouvir, ajudar e aconselhar todos que precisassem. Sofia a tratava como avó, pois tinham uma relação tal qual. Já no colégio, ambas conversavam na sala da Madre.


— Pode entrar. - disse a Madre interrompendo a conversa após ouvir alguém bater na porta.


E assim que a porta se abriu, Rita se alegrou, como se já estivesse esperando tal visita, fazendo com que Sofia se virasse para ver quem era.


— Bom dia Senhoritas. - disse o rapaz entrando na sala e sorrindo.


— Sofia, este é nosso novo pároco, Senhor Rafael. - Madre explicou enquanto ele a estendia a mão.


— Prazer... - disse Sofia com um sorriso tímido impossível de disfarçar e continou. - Sofia! - cumprimentando-o de volta.


Madre Superiora havia dispensado cerimônias, pois ele havia chego cedo e eles já haviam conversado.


— Pois bem, Sofia, a partir de hoje quero que você administre todo o trabalho voluntário do Colégio Santa Rosa, juntamente com o Padre Rafael. De primeiro, não iria envolver ex-alunas no projeto, mas você é uma exceção, creio que trabalharão muito bem juntos. Já passei mais cedo algumas coordenadas para o Padre, e agora lhe entrego essa pasta com a relação de famílias e tudo o que vocês precisam saber. Qualquer dúvida eu sempre estou aqui nessa sala, que vocês façam um ótimo trabalho. - ela disse sorrindo enquanto me entregava a pasta. 
Dona Rita havia sido curta e direta, depois de mais alguns minutos de conversa, Sofia e Rafael saíram da sala e se olhavam perdidos.


— Então, essa semana temos que separar doações. - dizia Sofia enquanto folheava os vários papeis da pasta. - Roupas que estiverem em condições de uso para serem levadas ao orfanato e alimentos também. - finalizou.


— E onde estão todas estas coisas? - perguntou Rafael.


— No depósito... vem. - respondeu sorrindo e o chamando fazendo com que ele a seguisse caminho ao depósito.


Já no depósito, eles continuavam perdidos em meio a caixas e mais caixas.


— Quanta coisa, Meu Deus. - Rafael disse admirado.


— É muita coisa mesmo. A comunidade aqui é muito amorosa, sempre estão ajudando, eu acho isso tão lindo. - Sofia dizia sorrindo enquanto olhava para as caixas que os cercavam.


— Desde quando você trabalha aqui? Fazendo isso? - ele perguntou.


— Eu me formei ano passado, aqui mesmo no Santa Rosa. Tenho 18 anos, sou tão nova nisso quanto você, tô até com medo de fazer algo errado. - respondeu e riu.


— Recém formada? Que bacana! Eu tenho 27, e essa é minha primeira missão, sabia? Também estou com medo de fazer algo errado, é normal. - Rafael dizia sorrindo. - Você já sabe que carreira quer seguir? - perguntou.


— Tenho algumas coisas em mente, mas nada certo. Sabe aquele pensamento de que talvez não seja o certo? Tenho. - ela respondeu.


— Você nunca saberá se é o certo se não tentar, Sofia. - Rafael completou fazendo com que ela ficasse pensativa.


Em meio às conversas, enquanto separavam alimentos e roupas para doação, eles nem se deram conta que desde o primeiro momento havia surgido uma amizade. Foi uma manhã e uma tarde de novas experiências, e de uma nova amizade. Foram risadas e mais risadas, até almoçar juntos, eles almoçaram. Sofia nunca tinha se sentido tão bem em relação a alguém do sexo oposto, Rafael tampouco. Ali, eles se tornaram amigos, sem nenhum envolvimento e segundas intenções, porém, a conexão havia sido intensa e imediata. Outra coisa que eles não haviam se dado conta também era da hora. Já se passava 20 minutos do horário combinado, quando Sofia percebeu ao pegar o celular que havia nada mais, nada menos que 4 chamadas perdidas de sua mãe.


— A gente precisa ir embora. - disse Sofia. - Já são 18h20.


— Vamos. - disse Rafael enquanto fechava a última caixa do dia.


Assim terminado eles saíram da sala, e Rafael foi a acompanhando até a saída.


— Muito bom trabalhar com você, Sofia. - ele estendeu a mão em um gesto de despedida e ela a apertou.


— Obrigada. Digo o mesmo para o Senhor. - ela sorriu.


E ela realmente tinha gostado de trabalhar com ele.


— Tenho que ir, tchau. - ela continuou.


— Sua casa é longe? Não quer que eu te acompanhe?. - Rafael perguntou.


— É perto e ainda não escureceu, tá tudo bem. Quem sabe uma outra hora. - ela respondeu e os dois sorriram.


— Tudo bem, Sofia. Que Deus te acompanhe. - ele finalizou e seguiu para dentro do colégio novamente, onde ficava sua acomodação.


Sofia seguiu para casa, e não conseguia tirar o pensamento daquele dia que havia passado. Não era nem pelo Rafael - ou talvez era - , e sim pelo fato de que ela havia se conectado com alguém tão de repente e rapidamente. Repassando todo um filme do seu dia na cabeça, é claro que eles haviam trocado seus números de celular, e ela não pensou duas vezes em mandar uma mensagem.


"Obrigada por hoje, foi muito legal, de verdade."


"Eu quem agradeço, você é muito divertida. Boa noite"


Ele havia respondido, mas havia respondido com um "Boa noite"?! Sofia paranóica, já estava problematizando como uma adolescente de 14 anos que sofre pelo crush, já pensando que ele talvez não estivesse querendo conversar com a mesma vontade da tarde que passaram juntos. Mas ela insistiu...


"Sobre o que você me disse mais cedo, sobre tentar fazer algo para saber se é certo... Você tem certeza sobre a vocação que você seguiu?"


SIM, ela enviou. Como ousa?


E ele respondeu, todo sem jeito.


"Muita certeza. Foi o que eu sempre quis fazer. "


"Entendi. Boa noite, Padre"


Dois pontinhos azuis, e depois o offline. Ela totalmente confusa, e ele perdido. Ambos ainda não se davam conta de nada... O que estava acontecendo?



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Autor(a): sopphc

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