Fanfic: Anahí, a virgem | Tema: Anahí e Alfonso

Anny POV

- Minha filha, meu corpo, já não sinto mais meu corpo - olhei para baixo, eu estava em cima de mim mesma, vendo os médicos darem choques em meu corpo, eu não posso ir, minha filha ela precisa de mim, tentei voltar mas não consegui.           

- Calma querida. - uma mão segurou meu ombro. - Deixarei você voltar no momento certo. - e me tirou da sala de cirurgia, foi então que escutei ao longe o bip novamente, sim eu senti meu corpo de novo, meu coração estava batendo de novo.

 Alfonso POV

Sai da sala chorando, minha filha e minha esposa, que castigo.

- O que eu fiz meu Deus para me castigares assim? - falei me ajoelhando no corredor do hospital e chorando desesperando, ouvi sapatos e senti o abraço de Marichelo.    

- O que houve Alfonso? Me fale, o que ouve? - Marichelo perguntava e eu chorava mais, como uma criança.           

- Minha filha nasceu Marichelo, Anny teve uma parada cardíaca, minha filha nasceu sem vida. - falei em meio ao choro, Marichelo se levantou e se afastou.     

- Não...isso não é verdade, minha única filha, Nãooo - ela gritou no corredor do hospital já chorando também, Henrique abraçou ela.    

- Shiiiii...calma ela era minha filha também, calma vamos esperar o médico Marichelo calma. - levantei minha cabeça e olhei para os dois.   

- Filha? - perguntei me recuperando do choque, dois seguranças me ajudaram a levantar e chegar a sala de espera, me sentei na poltrona. - Como assim filha?           

- Sim Anny é minha filha com Marichelo e depois senhora Marichelo deve me explicar por que eu nunca soube da existência de Anny. - Marichelo assentiu ainda chorando.

Fiquei ali por um tempo, quando uma enfermeira chamou.      

- Senhor Herreira? - estava de cabeça baixa pensando em o que fazer da minha vida sem as duas pessoas que mais amava na vida. - Senhor Herreira? - levantei a cabeça, meus olhos ardiam de tanto chorar.   

- Sim.  

- Vim lhe chamar para conhecer sua filha.       

- Mas ela num nasceu morta?  

- Senhor Herreira, ela realmente nasceu sem respirar, mas mesmo assim não é motivo para ser dada como morta, agora esta na incubadora, venha vou leva-lo até sua filha. - olhei para Marichelo que estava abraçada com Henrique, e sorri pela primeira vez desde que entrei naquele hospital, acompanhei a enfermeira até a UTI Neo Natal, e ela me deu uma especie de bata branca, quando entrei no berçário vi vários bebês chorando, quando ela me levou a minha menina, ela esta quietinha, parecia dormir.

- Ela não se incomoda com os choros? Ela não chora? - perguntei.    

- Sim chora senhor Herreira, mas agora ela adormeceu, por isso fui chamá-lo, vou fazer uma pequena lista das coisas que ela irá precisar nesse mês que ela passará com a gente ok. - assenti, e ela saiu me deixando sozinho com minha filha, fiquei ali todo bobo pensando em Anny, como ela ficaria feliz em ver nossa filha.

O médico entrou na sala onde eu estava com minha menina

- Olá Alfonso. 

- Olá dr. e Anny?        

- Bom conseguimos terminar a operação, e ela voltou com os batimentos cardíacos, mas esta em coma.        

- Em coma? - falei quase caindo para trás. - Como em coma?

- Alfonso, Anny sofreu um acidente, que pôs risco a vida dela e a da criança, se não tivéssemos operado ela naquele instante, o bebê talvez nem sobrevivesse, quando sua filha foi tirada de dentro dela, ela já estava sem nenhum oxigênio por isso não ouve choro, e foi logo trazida para cá, ela agora esta em observação, ela é uma menina forte Alfonso, deve agradecer a Deus por tê-la agora. - olhei pra ele e depois para minha filha.

- E Anny quanto tempo ficará em coma?        

- Alfonso colocamos ela em coma induzido, estamos medicando ela para que fiquei em coma por um ou dois meses, o tempo em que sua filha vai ficar no hospital mais ou menos isso pelo o que sei. - balancei a cabeça assentindo.          

- E?    

- Bom depois aos poucos iremos diminuir as dosagens dos medicamentos para traze-la de volta sem um choque, de despertar e não lembrar de nada.        

- Entendo, mas eu posso vê-la.           

- Bom pode sim e até lhe pediria que conversar-se com ela, ela com certeza estará lhe escutando, apesar de esta num sono profundo.        

- Posso vê-la agora?   

- Sim pode se me acompanhar levo você ao quarto dela. - sorri minha esposa estava bem, bom pelo menos era o que parecia.

Entrei no quarto onde Anny estava, estava tão pálida, diferente da menina corada que conheço, me aproximei da cama.           

- Converse com ela, ela pode lhe ouvir apesar de não sabermos se ela lembrará quando acordar. - assenti e o médico saiu me deixando sozinho com ela. 

- Anny meu amor, esta me ouvindo, se esta ou não eu vou falar, me desculpe por não ser cuidadoso com você meu amor, perdoa-me por não cuidar o suficiente de você, por não esta com você quando aconteceu aquele acidente, Anny quando vi você nos braços de Henrique ensanguentada eu quase morri do coração, eu não sei nem dizer o que sentir naquele momento. - segurei sua mão e beijei-a. - Meu amor nossa menina esta viva, e precisa de você, ela é tão linda agradeço tanto a você por nossa menina.
Eu te amo tanto meu amor tanto, que vou atrás da pessoa que fez isso com você e tirar satisfação com ela pelo o que aconteceu. - me levantei e beijei sua testa, eu estava cansado, precisava deixar que Marichelo e Henrique vissem ela também, sai do quarto e fui até a sala de espera, Marichelo que estava sentada perto de Henrique se levantou assim que me viu.      

- Como minhas meninas estão Alfonso??        

- Anny esta de coma, e a princesa esta na incubadora Marichelo - não consegui conter as lágrimas de alegria por elas estarem bem apesar do acontecido.