Fanfic: Anahí, a virgem | Tema: Anahí e Alfonso

Henrique POV

Minha filha estava bem e minha neta também, restava agora ela acordar e eu poder dizer o que quanto quero que ela me chame de pai.  

- Podemos ver ela Alfonso? - perguntei.         

- Bom acho que sim, ela esta em coma induzido por causa do pequeno trauma e da hemorragia que teve, algo assim. - Alfonso falava entre os soluços de um garoto feliz por ver a filha e a mulher bem.       

- Vamos Marichelo e Alfonso precisa ir em casa, tomar um banho e trazer as roupas da nossa princesa, leve meu carro. - entreguei a chave do carro para ele e o vi saindo.       

- Henrique acha mesmo que devemos ficar juntos agora? - Marichelo perguntou.       

- E por que não, diabos você sumiu por todas esses anos e com minha filha Marichelo, deveria ter me contado que eu tinha uma filha, Marichelo por que sumiu?   

- Não entenderia nunca meus motivos Henrique.         

- Se me dissesse. - a enfermeira vinha passando e eu chamei-a. - Podemos entrar no quarto de Anahí Portilla.          

- Sim senhor, mas um de cada vez. - então deixei Marichelo ir primeiro, ela demorou por volta de uns 30 minutos e depois eu entrei, Anny parecia tão pálida, me aproximei da cama e sentei na cadeira próxima que tinha.        

- Anny sou eu Henrique, se estiver me ouvindo, eu gostaria de lhe dizer que espero que fique boa logo para podermos conversar e por o papo em dia, tenho tanta coisa pra contar e dizer.

- Anny eu sou seu pai, e procurei tanto por Marichelo durante anos, e só agora encontrei ela, e junto com ela vinha você, até parece coisa de novela eu sei, mas é que foi tanto tempo e dinheiro desperdiçado, eu pensei que sua mãe tivesse morrido ou que a terra tinha engolido ela, e tudo que ela fazia era se esconder de mim para proteger você. - segurei a mão da minha filha estava gelada, olhei no monitor e os batimentos pareciam acelerado demais, corri e chamei a enfermeira.           

- Enfermeira por favor.

A enfermeira veio correndo e viu o bip do aparelho aumentando, colocou um sedativo no soro de Anny, e aos poucos os bips foram voltando ao normal, será que ela realmente tinha escutado o que disse e por isso o coração acelerou tanto, sai do quarto e fui ao encontro de Marichelo.       

- O que houve por que gritou pela enfermeira?

- Anny, os batimentos dela de repente aumentaram, acho que ela realmente escuta tudo o que dizemos a ela Marichelo, eu contei que eu sou o pai dela e isso aconteceu, eu fiquei assustado, não tocarei mais nesse assunto tão cedo com ela.

- Calma querido, ela realmente deve nos escutar, ela esta em coma, induzida por remédios e não por que quer, tenha calma, quando ela estiver realmente bem conversaremos com ela sobre isso. 

- E você ainda tem que me dizer por que sumiu da minha vida.                       

- Isso é uma longa história, sabe que seu pai nunca gostou de mim, e que minha mãe também não apoiava nosso namoro não é?             

- Sim sempre soube disso, mas por que diabos sumiu por tanto tempo?         

- Eu...eu descobri que estava grávida no baile de nossa formatura, e quando fui a sua casa para contar que estava grávida de você, seu pai me recebeu e me ofereceu dinheiro para me manter longe de você e que jamais você soubesse da gravidez, pois na mente dele se você soubesse, não iria para a faculdade e nem faria o que ele tinha em mente, que era por as mãos na revista dos Herreiras, o engraçado foi que nem se quer foi atrás de mim.    

- Mas eu fui bati na sua porta, liguei pro seu celular, foi como se a terra tivesse engolido você, apesar de que fiquei muito chateado quando meu pai no leito de morte disse que você tinha ido embora por causa dele, eu não podia mais procura-la, já tinha procurado em toda parte.       

- Eu estava tão perto que nem imagina. - saímos do corredor e fomos para a lanchonete do hospital.             

- Onde esteve Marichelo?

- Eu estava na antiga casa de sua mãe Henrique, depois que seu pai me ofereceu dinheiro e eu não aceitei, ele disse que eu deveria ao menos aceitar a casa que era da sua mãe, já que carregava no ventre um Portilla e não ficaria desamparado, mas não me queria casada com você, pois eu nunca fui do nível de vocês, e estou lá até hoje.       

- Esteve praticamente na minha vida, e nem se quer se deu ao trabalho de me procurar de novo quando o bebê nasceu?           

- Para que? Eu não iria conseguir falar com você mesmo, e minha mãe achou melhor deixar para lá e criar Anahí sozinha, no fundo ela sempre perguntou pelo pai, e eu disse que ele tinha morrido em um acidente, o pior será quando ela acordar e perceber que o pai dela, é o cara que ela mais odeia, por ter tirado tudo do cara que ela mais ama no mundo.

- Eu tenho que rever meus conceitos, mas não posso devolver nada daquela revista para Alfonso.

- Mas e por que não? Você já tem a sua, então devolva a dele.          

- Quer saber a verdade, Alfonso jamais esteve pobre, só mandei bloquear as contas dele para que ele aprendesse a respeitar Damayanti, e não a trocasse por uma caçadora de fortuna, foi o que pensei quando Damayanti me contou tanta coisa de Anahí.           

- Nunca passou pela sua cabeça que os olhos que ela tem poderia ser idênticos aos seus? Que o jeito de andar dela, é você todo, se ela fosse um menino poderia dizer que era sua cópia perfeita Henrique.         

- Desculpe por não procura-la, por deixa-la sozinha, desamparada cuidando sozinha de uma filha nossa, perdoe-me Marichelo.

Eu pude ver o brilho nos olhos dela, eram lágrimas, seriam lágrimas de perdão, por eu ter sido fraco e nem se quer ter realmente procurado ela depois de formado?  

- Perdoe-me por não tê-la procurado mais vezes, talvez se eu tivesse ao menos uma pista eu tivesse achado você.    

- Acabou achando mas de uma forma estranha pelo menos, quando nossa filha esta numa cama de hospital, o pior é que eu me sinto inútil aqui. - as lágrimas desceram na face dela, e o soluço que seguiu, o descontrole do choro, abracei-a.    

- Calma ela vai sair dessa tenho certeza. - abracei-a forte confortando-a.

- Eu tenho tanto medo da minha única menina morrer. - segurei o rosto dela e olhei em seus olhos.    

- Meu amor nada vai acontecer com ela, logo ela estará saindo desse hospital com a nossa netinha no colo saudável e feliz eu tenho certeza. - ela somente assentiu, e abracei ela novamente, como estaria Alfonso agora em casa? Teria descansado ao menos cinco minutos?